Marca registrada em agosto deste ano é a maior desde o início da série histórica
A contratação de planos odontológicos teve aumento de 2.536.758 vínculos entre agosto de 2020 e agosto de 2021 e atingiu o recorde histórico de 28.315.635 de beneficiários. No intervalo de 12 meses encerrados em agosto deste ano, o setor registrou alta de 9,8% no número de beneficiários, segundo a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 62, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
O aumento dos vínculos no período ocorreu, principalmente, por planos individuais ou familiares (17,5%). As contratações por coletivos empresariais tiveram avanço de 9,5% no intervalo. Em agosto de 2021, 82,5% dos beneficiários de planos exclusivamente odontológicos possuíam um plano coletivo. Desses, 87,2% eram do tipo coletivo empresarial e 12,7% do tipo coletivo por adesão.
Na análise por faixa etária, o maior avanço foi entre beneficiários acima dos 59 anos (11,9%). Entre os beneficiários de 19 a 58 anos e até 18 anos registraram aumentos de 10% e 8,5%, respectivamente. Em números absolutos, o estado de São Paulo passou a contar com 963.059 novos beneficiários no período analisado. A maior queda ocorreu em Roraima, cuja perda foi de 797 beneficiários.
No recorte regional, a região Sul impulsionou a média nacional ao apresentar crescimento de 17,9%, puxado pelo desempenho de Santa Catarina, com aumento de 32,7% nos vínculos exclusivamente odontológicos entre agosto de 2020 e agosto de 2021. A região Norte do país teve o segundo maior avanço no intervalo, atingindo a marca de 13,1% devido, principalmente, ao estado do Tocantins (39,4%).
A NAB consolida os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, faixas etárias, tipo de contratação e modalidade de operadoras.
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
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O setor de planos privados de assistência exclusivamente odontológica supera seus números a cada ano, o que mostra o crescimento da importância da saúde bucal entre os brasileiros. De acordo com a última Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), nos últimos 12 meses, encerrados em junho de 2021, o aumento registrado foi de 9,35% nas contratações do serviço. Em números absolutos, são 2.543.026 novos beneficiários no período. Somente de maio pra junho de 2021, foram mais de 326 mil novos contratos.
De acordo com José Cechin, superintendente executivo do IESS, o brasileiro atentou-se à importância de priorizar a saúde. “A pandemia fez com que muita gente repensasse as prioridades e colocasse o cuidado bucal também como uma de suas preocupações”, analisa Cechin. Ele ainda atribui o aumento à maior variedade de modelos de planos no mercado, o que permite maior flexibilidade de preços e de serviços contratados. “Muitas operadoras possuem uma variedade cartela (eu usaria variedade ou cartela somente) de produtos, atraindo o desejo de mais gente em aderir ao benefício”, explica.
Em franca expansão, o IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar) avaliou quais as principais características dos brasileiros que aderiram ao serviço nos últimos anos. Eu começaria diferente: O objetivo de se analisar o perfil dos brasileiros com planos odontológicos é descobrir são as características sociodemográficas para contribuir com outras análi¬ses no setor de saúde.
O estudo analisou ainda dados como gênero, escolaridade e renda dos 26,7 milhões de brasileiros (13% da popula¬ção) que possuíam um plano de saúde de assistência odontológica em 2019. Os 183 milhões (87%) que não tinham acesso à odontologia suplementar utilizavam esses serviços por meio do Sistema Único de Saúde ou custeavam do pró¬prio bolso.
Confira os dados da análise:
•Situação de saúde: 85% declaram sua saúde como boa ou muito boa e 74% disseram ter ido ao dentista nos últimos 12 meses da entrevista;
•Sexo: 52% são do sexo feminino e 48%, masculino;
•Faixa etária: 25% têm entre 0 e 19 anos, 35% entre 20 e 39 anos, 29% entre 40 a 59 anos e 10% acima de 60 anos de idade;
•Escolaridade: 34% têm o superior com¬pleto ou incompleto, 33% o médio comple¬to ou incompleto e 24% o fundamental completo ou incompleto e 4% não tinha instrução;
•Renda per capita: 12% ganham mais de 5 salários-mínimos (s.m.), 13% de 3 até 5 s.m., 49% entre 1 até 3 s.m. e 26% declara¬ram não ter rendimento ou até 1 s.m.;
•Raça/cor: 53% se autodeclaram brancos, 36% pardos, 10% pretos, 1% amarelos e 0,3% indígenas;
•Estado civil: 42% disseram ser ca¬sados, 35% solteiros, 6% divorciados, des¬quitados ou separado judicialmente e 5% viúvos;
•Região: 52% estão no Sudeste, 19% no Nordeste, 15% no Sul, 8% no Centro-Oeste e 6% no Norte;
•Situação censitária: 96% estão em meio urbano e 4%, rural;
•Tipo de domicílio: 75% residiam em casas e 25% em apartamentos.
O estudo do IESS trabalha com dados da PNS 2019, o mais amplo inqué¬rito domiciliar de saúde do território brasileiro, realizado entre junho e agosto daquele ano, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para acessar o material completo, clique AQUI.
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
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Perfil dos beneficiários de planos de saúde de assistência odontológica no Brasil
Autora: Bruno Minami
Superintendente executivo: José Cechin
A Pesquisa Nacional de Saúde traz informações de base populacional e permitiu mapear o perfil sociodemográfico dos beneficiários de planos de saúde de assistência odontológica. Espera-se que futuramente, com a posse desses dados, este estudo contribua com outras análises e instigue inferências, projeções e hipóteses sobre o segmento.
Entre janeiro de 2019 e o mesmo mês do ano passado, os planos exclusivamente odontológicos cresceram 6,5%, o que equivale a 1,5 milhão de novos vínculos. No período, o total de planos avançou de 22,8 milhões de beneficiários e chegou a 24,3 milhões de vínculos. Os números constam na nova edição da NAB.
A maior parte deste avanço ficou concentrada no Sudeste do País, onde foram firmados 1,1 milhão de vínculos. Ou seja, 75,6% de todos os novos beneficiários registrados no período. No Estado de São Paulo foram firmados 515,7 mil novos vínculos, alta de 6,4%. O número é maior do que a soma de novos beneficiários em todas as outras regiões do País: 406,7 mil (170,1 mil no Sul; 118 mil no Centro-Oeste; 62,9 mil no Nordeste; e, 55,6 mil no Norte).
No Rio de Janeiro, o total de vínculos registrados entre janeiro de 2019 e o mesmo mês de 2018 também foi maior do que a soma das outras 4 regiões. O estado teve 409,9 mil novos beneficiários, impulso de 14,3%. Completando a lista dos três estados que mais firmaram vínculos no período aparece Minas Gerais, com 164,4 mil novos beneficiários. Avanço de 8,5%.
Fora do Sudeste, o Paraná, no Sul do País, foi o único Estado a fechar mais de 100 mil novos vínculos. Com crescimento de 9,8% nos 12 meses encerrados em janeiro deste ano, o Estado passou a contar com 113,7 mil novos beneficiários.
Por outro lado, Ceará (Nordeste), Amapá e Rondônia (ambos no Norte) foram os únicos Estados em que o total de vínculos com planos exclusivamente odontológicos caiu. No Ceará, foram rompidos 68,4 mil vínculos, queda de 4,5%. Em Rondônia, 8,9 mil beneficiários deixaram de contar com seus planos, o que equivale a retração de 7,9%. E no Amapá, o recuo de 4,7% resultou em 2,2 mil vínculos rompidos.
Os planos de saúde exclusivamente odontológicos fecharam 2018 com 1,4 milhão de vínculos a mais do que em 2017. Avanço de 6,2%. Com isso, o segmento já atende 24,2 milhões de beneficiários.
O motor do crescimento foi a contratação deste tipo de plano na região Sudeste do País. Com crescimento de 8%, foram registrados 1 milhão de novos vínculos. O que elevou o total de beneficiários para 14,3 milhões – 59,1% do total. Na região, o Estado do Rio de Janeiro foi o que apresentou maior crescimento proporcional. A alta de 12,6% representa 359,8 mil novos vínculos.
Por outro lado, apesar de São Paulo ter registrado, proporcionalmente, o menor crescimento de beneficiários da região, “apenas” 6,2%, foi o Estado com maior acréscimo em número absoluto de beneficiários no País: 497,7 mil. Pode parecer claro, mas isso acontece porque a base de beneficiários em São Paulo é muito maior do que a dos outros Estados. São 8,5 milhões de vínculos contra 3,2 milhões no Rio de Janeiro, 2,1 milhões em Minas Gerais e 0,5 milhão no Espírito Santo.
Da mesma forma, mesmo o Sudeste sendo o motor do crescimento deste tipo de planos no País, a região com o maior avanço proporcional de beneficiários foi a Centro-Oeste. Com 8,3% beneficiários de planos exclusivamente odontológicos a mais do que em 2017, a região encerrou 2018 com 117,6 mil novos vínculos. Totalizando 1,5 milhão de beneficiários.
Apenas dois Estados tiveram perda de beneficiários em 2018, Bahia e Amapá. No primeiro, 62,5 mil beneficiários deixaram os planos exclusivamente odontológicos. Um recuo de 4,1%. Já no Amapá, foram 1,9 mil vínculos rompidos, o que significa uma retração de 4,2%.
Os números integram a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB).
Temos divulgado periodicamente sobre o crescimento do número de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos no Brasil. Este aumento mostra que o brasileiro tem se preocupado cada vez mais com sua saúde bucal, mas ainda há muito o que melhorar neste aspecto, como já dissemos aqui. Apenas 11% da população brasileira tem acesso aos planos exclusivamente odontológicos, ou seja, ainda há um grande campo para expansão.
Neste mesmo tema, o artigo “Dental insurance, service use and health outcomes in Australia: a systematic review” (Plano de saúde odontológico, uso dos serviços e seus desfechos de saúde na Austrália: revisão sistemática da literatura), publicado na 19º edição do Boletim Científico verificou a qualidade da saúde bucal dos beneficiários por meio de revisão de 36 publicações. A análise do caso australiano pode auxiliar nas tomadas de decisão no âmbito brasileiro por se tratar de sistemas semelhantes.
Naquele país, o Seguro de Saúde Privado (Private Health Insurance - PHI) desempenha um papel fundamental no financiamento do atendimento odontológico no sistema de saúde. Entre 2012 e 2013, 12% de todos os gastos com serviços odontológicos foram de indivíduos com seguro privado. Bem como no caso nacional, a cobertura odontológica normalmente é fornecida em conjunto com a cobertura médico-hospitalar, porém, também é ofertado planos exclusivamente odontológicos. O seguro odontológico privado tem sido associado a níveis mais elevados de acesso aos cuidados dentários, com maior periodicidade no check-up e padrão dos serviços.
Como já esperado, a evidência consolidada mostrou que adultos que possuem planos odontológicos também tem mais acesso ao dentista. Segundo o estudo, os beneficiários destes planos possuem melhor gerenciamento no tratamento das doenças bucais e de resultados eficazes. No entanto, os autores não chegaram a resultados sólidos quando relacionados a saúde bucal dos pacientes. Fica, deste modo, o questionamento sobre a saúde bucal no caso brasileiro. Nosso TD 66 aponta que a população que não adere a um plano odontológico está mais propensa a descuidar da higiene bucal. O trabalho aponta que 4,2% das pessoas sem plano odontológico afirmaram escovar os dentes só uma vez ao dia, quase o dobro do grupo beneficiário de plano, representando 2,4%. Ainda nesta comparação da saúde bucal entre os dois grupos, a pesquisa aponta que 3,9% dos beneficiários apresentam perda total dos dentes, já para aqueles sem planos odontológicos o número é quase 10 pontos porcentuais maior: 13,4%
Os desafios para a saúde bucal ainda são vários no nosso caso. O debate e adesão aos planos tem aumentado, mas ainda há muito o que se avançar na conscientização e a adesão aos diferentes programas e serviços para a promoção de saúde bucal.
Por mais que o brasileiro esteja se preocupando cada vez mais com seu sorriso e o número de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos sigam em crescimento, como já apontamos aqui no Blog, ainda há muito o que se melhorar quando falamos de saúde bucal no país.
De acordo com o TD 66 – “Comparação de qualidade de saúde bucal de beneficiários com planos exclusivamente odontológico e não beneficiários no Brasil”, elaborado com base no banco de dados da Pesquisa Nacional de Saúde realizada entre junho e agosto de 2013 pelo IBGE, o Brasil tem um Índice de Dentes Cariados, Perdidos ou Obturados (CPO-D) de 2,1, enquanto a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de um índice máximo de 1,1. Apesar de seguir em crescimento, o estudo também aponta que apenas 18,5% da população brasileira tem acesso aos planos exclusivamente odontológicos, ou seja, ainda há um grande campo para expansão. Dentro deste grupo, os jovens na região Sudeste ainda são a maioria. A maior concentração de brasileiros com planos odontológicos se encontra na faixa etária até 18 anos (26,5%). Já a faixa de idade dos 54 anos aos 58 anos possui a menor presença dentro dos planos exclusivamente odontológicos (4,7%).
O TD 66 aponta que a população que não adere a um plano odontológico está mais propensa a descuidar da higiene bucal. Para se ter uma ideia, 4,2% das pessoas sem plano odontológico afirmaram escovar os dentes só uma vez ao dia, quase o dobro do grupo beneficiário de plano (2,4%). Ainda nesta comparação da saúde bucal entre os dois grupos, a pesquisa aponta que 3,9% dos beneficiários apresentam perda total dos dentes, já para aqueles sem planos odontológicos o número é quase 10 pontos porcentuais maior: 13,4%
Os números do TD 66 mostram que ainda há um enorme desafio para o avanço da saúde bucal do brasileiro. Apesar do crescimento de beneficiários de planos odontológicos representar uma maior busca por um sorriso saudável, a conscientização e a adesão aos diferentes programas e serviços para a promoção de saúde bucal são pontos que ainda precisam ser melhor trabalhados.