Vamos premiar com R$ 45 mil os 2 melhores trabalhos (R$ 10 mil para o primeiro colocado e R$ 5 mil para o segundo) de cada uma das três categorias do IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar: Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão de Saúde; Economia; e, Direito.
Mais importante do que o dinheiro, é o reconhecimento que o Prêmio imputa aos seus vencedores e a oportunidade de colaborar para o aperfeiçoamento da gestão, de processos e da qualidade assistencial da saúde suplementar no Brasil.
Para ter ideia da importância da premiação, vale ver o depoimento de alguns dos vencedores em entrevistas publicadas aqui no blog, como os seguintes:
Eulalia Martins Fraga, vencedora da categoria Promoção de Saúde, com o trabalho “Atenção Primária na Saúde Suplementar: estudo de caso de uma Operadora de Saúde de Belo Horizonte”;
Bruno Araújo Ramalho, vencedor da categoria Direito, com o trabalho “Processo decisório e motivação no âmbito das normas sobre o ‘rol de procedimentos e eventos em saúde’: uma análise exploratória”; e,
Luís Carlos Moriconi de Melo, vencedor na categoria Economia, com o estudo “Assimetria de informação a partir da regulação do mercado de saúde suplementar no Brasil: teoria e evidências”.
E esses são apenas os vencedores de 2017. Quer saber a opinião dos vencedores de 2018? Então continue acompanhando o Blog. Vamos publicar essas entrevistas nas próximas semanas.
Se inspirou? Não deixe de ver o regulamento completo e se inscrever. E se o seu trabalho não é de pós-graduação, você ainda pode apresentá-lo em nossa área de exibição de pôsteres. Uma ótima oportunidade para fazer contatos, dividir experiências e mostrar as suas ideias.
Em sua 9° edição, o Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar premiou 45 trabalhos acadêmicos que têm ajudado a aperfeiçoar o setor. Mas quais foram as instituições de ensino em que mais trabalhos vencedores foram produzidos?
Antes de responder essa questão, vale lembrar que os trabalhos são enviados para a comissão avaliadora sem qualquer identificação de autor, orientador ou instituição de ensino. Com essa medida, garantimos a imparcialidade na avaliação, tornando o processo mais justo e equânime, assegurando que o foco dos avaliadores esteja apenas na qualidade acadêmica do trabalho submetido para avaliação.
Consideração feita, rufem os tambores! Vamos à lista das entidades mais premiadas pelo Prêmio IESS:
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é a primeira colocada disparada com 9 trabalhos vencedores. Mas, em prol da transparência – questão que sempre defendemos – valem algumas considerações sobre as posições da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC).
Para chegar ao total de 8 trabalhos vencedores da FGV, e ficar com o segundo lugar no ranking, computamos os ganhadores da FGV-SP (6) e FGV-RJ (2). Algo similar acontece com a PUC. Sendo que o campus do Rio Grande do Sul tem 2 trabalhos laureados e os de Minas Gerais, Paraná e São Paulo têm um cada.
Ou seja, desagregando por Estado, o Ranking manteria a UFMG em primeiro lugar; em segundo, empatados, aparecem FGV-SP e USP, com seis trabalhos; a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em quarto, com 3 vencedores; e, completando as cinco primeiras colocações estão a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), a Faculdade De Direito Milton Campos (FDMC), a FGV-RJ, a PUC-RS, a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) empatadas com dois trabalhos laureados cada.
Gostou do resultado? Quer manter sua instituição no topo da lista? Ou acha que sua instituição poderia ter vencido mais prêmios? Consulte o regulamento, inscreva agora seu trabalho no IX Prêmio IESS e faça parte dessa história.
“O Prêmio IESS é extraordinariamente importante porque atrai gente para trabalhar e pesquisar na área da saúde, fomenta o desenvolvimento do setor, forma pessoas para esta área e produz conhecimento que é disseminado para muita gente.” A opinião é do superintendente executivo do IESS, José Cechin, que acredita que esta é uma iniciativa fundamental para levar conhecimentos aos gestores e entidades do setor, possibilitando uma tomada de decisão com bases sólidas e o aprimoramento da saúde no País. “Além disso, o Prêmio também cumpre o papel de reconhecer o trabalho e o esforço dos pesquisadores dessa área”, comenta.
Cechin acredita que há inúmeras frentes de estudo possíveis com foco em saúde suplementar, seja na área econômica, na jurídica ou na promoção de saúde, qualidade de vida e gestão em saúde. Analisando o setor, contudo, o executivo acredita que alguns temas são mais prementes para o mercado atualmente. Por exemplo, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), Judicialização e Telemedicina.
A transparência e a criação de indicadores de qualidade são outros temas que, apesar de não terem surgido tão recentemente quanto os mencionados anteriormente continuam muito atuais e mais necessários do que nunca.
Se você tem um trabalho de pós-graduação com foco em saúde suplementar, seja nessas frentes ou em outras, confira o regulamento e inscreva-se para IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar.
Caso seu trabalho seja de graduação (nível universitário) ou você tenha mais de um trabalho, também pode escrevê-lo para a exibição de pôsteres, que acontece durante a cerimônia de premiação. Um importante espaço para a troca de experiências.
Se você apresentou um trabalho de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) relacionado ao setor de saúde suplementar após 1° de janeiro de 2017 ou será apresentado até 31 de dezembro desse ano, parabéns: você pode participar da mais importante premiação de trabalhos acadêmicos do setor, o IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar.
Mas atenção para alguns detalhes.
Podem participar candidatos de qualquer nacionalidade e idade. Não importa a formação acadêmica ou a área do curso em que o trabalho está sendo/foi desenvolvido, desde que o trabalho (de pós-graduação, vale lembrar) seja focado em saúde suplementar e se enquadre em uma das três categorias do Prêmio: Economia, Direito ou Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão de Saúde.
Além disso, os trabalhos inscritos devem estar na língua portuguesa. Ou seja, se você desenvolveu seu trabalho em outro idioma, pode inscrevê-lo desde que o traduza para o português antes.
E claro, temos duas restrições. Apenas um trabalho por pesquisador e trabalhos premiados em outros concursos até o término das inscrições não podem participar.
Caso tenha mais de um trabalho que se enquadre nessas características ou se ele foi apresentado na graduação (nível universitário), você pode optar por inscrever um deles para a exibição de pôsteres que acontece durante a cerimônia de entrega do Prêmio IESS. Outro diferencial para a exibição dos pôsteres é que não há limite de inscrições por pesquisador.
Confira o regulamento para saber mais detalhes e inscreva-se agora!
Nos permitam um momento de auto apreciação: ano passado, uma das ações de que mais nos orgulhamos foi a abertura de espaço para exibição de pôsteres de trabalhos acadêmicos, inclusive de graduação (nível universitário), na cerimônia de entrega do Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, a maior premiação brasileira de trabalhos acadêmicos com foco no setor.
A iniciativa cumpre a importante função de incentivar a pesquisa e o interesse de pesquisadores pelo setor de saúde suplementar desde o começo da vida acadêmica. O que acaba por influenciar (torcemos) o desenvolvimento de pesquisas correlatas ao longo da carreira desses estudantes universitários.
Assim, não poderíamos deixar de manter o espaço para exibição de pôsteres durante a cerimônia de entrega do IX Prêmio IESS. E sem limite de pôster por autor, diferentemente do que acontece com os trabalhos concorrendo ao Prêmio.
Para a inscrição nesta categoria, os candidatos podem ser de qualquer nacionalidade, idade e formação acadêmica. Os resumos dos trabalhos devem estar em língua portuguesa e ser relacionados com o setor de saúde suplementar do Brasil nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde. Serão aceitos resumos de no máximo 2.000 caracteres que contenham os itens Objetivo, Método, Resultado e Conclusão.
Vale reforçar que é possível inscrever um trabalho ao Prêmio e outro, ou outros, para a exibição de pôsteres.
Antes de submeter seu trabalho, consulte o regulamento. Caso já tenha feito, você pode inscrever seu pôster aqui.
Ah, se quiser se inspirar, pode consultar os Anais dos pôsteres do ano passado.
As inscrições para a mais importante premiação de trabalhos acadêmicos com foco em saúde suplementar no Brasil começam hoje (14/06) e vão até 13 de setembro. Já no nono ano, o Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar é muito importante para atrair acadêmicos para a área da saúde e especificamente para a saúde suplementar, fomentando a produção de conhecimento e a realização de pesquisas importantes para o aprimoramento do setor ao mesmo tempo em que promove o justo reconhecimento a esses estudiosos. Atualmente, a premiação conta com cerca de 50 trabalhos laureados e algumas centenas de estudos avaliados.
Podem ser inscritos trabalhos de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde. Devido ao sucesso, o espaço para exibição de pôsteres durante a cerimônia de entrega do Prêmio IESS, inaugurado em 2018, também está mantido. Nesse caso, além dos trabalhos de pós-graduação podem ser inscritos trabalhos de graduação (nível universitário).
As inscrições para o IX Prêmio IESS e para exibição de pôster são gratuitas. Cada candidato pode inscrever apenas um trabalho ao prêmio, mas múltiplos pôsteres. Veja o regulamento completo.
O primeiro e o segundo lugar de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados que serão entregues em dezembro, durante a cerimônia de premiação, em São Paulo. Não há premiação financeira para os pôsteres.
Continue acompanhando nosso blog para ficar por dentro de todas as novidades.
Hoje é o último dia para se inscrever no Seminário “Decisões na Saúde - Cuidados Paliativos e Nat-Jus: Iniciativas da Medicina e do Direito que geram segurança ao paciente e sustentabilidade ao sistema”. O evento gratuito será na próxima quarta-feira (12/12), das 8h30 às 12h no hotel Tivoli Mofarrej (Alameda Santos, 1.437 – Cerqueira César), em São Paulo.
Além de reunir especialistas para debater os desafios e oportunidades do setor, o seminário irá apresentar os vencedores da mais importante premiação de produção acadêmica do setor, o VIII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. Para esse ano, trouxemos dois temas de grande importância para o futuro desse segmento: a Judicialização da Saúde e a experiência dos NAT-JUS e os cuidados paliativos, cada vez mais necessários frente ao envelhecimento da população e o avanço das doenças crônicas
Além das apresentações da Dra. Luciana da Veiga Oliveira, coordenadora do Comitê Executivo da Saúde do NAT-JUS do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) e do Dr. Daniel Neves Forte, presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, o evento também contará com a revelação dos vencedores do VIII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar e terá espaço para exibição de pôsteres de trabalhos acadêmicos.
As inscrições são gratuitas, mas as vagas são limitadas. Veja abaixo a programação completa e não perca tempo!
Seminário “Decisões na Saúde - Cuidados Paliativos e Nat-Jus: Iniciativas da Medicina e do Direito que geram segurança ao paciente e sustentabilidade ao sistema”
8h30 – Welcome Coffee
9h00 – Abertura
Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS
9h30 – Apresentação dos vencedores do VIII Prêmio IESS
Os avaliadores demonstram, na prática, como esses trabalhos podem auxiliar nas transformações do setor de saúde suplementar
Alberto Ogata, diretor da ABQV e avaliador da categoria Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão da Saúde
Antonio Carlos Campino, economista, professor da USP e avaliador da categoria Economia
Luiz Felipe Conde, advogado sócio do escritório Conde & Advogados e avaliador da categoria Direito
10h10 – Coffee break e exposição de pôsteres
10h40 – Palestra 1: O papel do Núcleo de Apoio Técnico na tomada de decisões do Poder Judiciário em controvérsias do setor de saúde
Dra. Luciana da Veiga Oliveira, coordenadora do Comitê Executivo da Saúde do Núcleo de Apoio Técnico (NAT-JUS) do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR)
11h20 – Palestra 2: Cuidados paliativos e dignidade humana na era da máxima tecnologia na saúde
Dr. Daniel Neves Forte, presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos
12h00 – Encerramento
Encerradas as inscrições para o VIII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. Agradecemos a todos os inscritos na mais importante premiação de trabalhos acadêmicos do segmento e lhes desejamos boa sorte!
Os vencedores do VIII Prêmio IESS serão conhecidos no dia 12 de dezembro. A cerimônia de acontecerá no hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo. Este ano, além dos premiados a cerimônia de entrega também terá espaço para exibição de pôsteres de trabalhos e palestras exclusivas.
Além do disputado certificado e da visibilidade deste reconhecido prêmio, o primeiro colocado de cada categoria recebe R$10 mil e o segundo, R$5 mil. Em breve divulgaremos mais informações sobre o evento.
Quer saber como foi a edição do ano passado? Confira aqui e conheça os trabalhos vencedores e as palestras do seminário “Qualidade e Eficiência na Saúde”.
Último dia para se inscrever no VIII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. Se você tem um trabalho de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado), com foco em saúde suplementar, nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde e Qualidade de Vida e Gestão em Saúde capaz de ajudar no aperfeiçoamento do setor, não perca essa chance e se inscreva gratuitamente até a meia noite de hoje (15).
Este ano, a cerimônia de entrega da mais importante premiação de trabalhos acadêmicos com foco em saúde suplementar também terá espaço para exibição de pôsteres de trabalhos. Para esta categoria, além dos trabalhos de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado e doutorado), também podem ser inscritos trabalhos de graduação (nível universitário).
A ação busca dar visibilidade e fomentar a produção das demais esferas do universo acadêmico. A cerimônia de entrega do Prêmio IESS reúne grandes pesquisadores, gestores e especialistas em saúde suplementar que poderão dar dicas exclusivas aos expositores de pôsteres que contribuirão para o desenvolvimento técnico dos trabalhos. Vale reforçar que a submissão de trabalhos para exposição em pôster não contempla premiação. As inscrições para esta modalidade podem ser feitas por meio do formulário exclusivo. Confira aqui nossas dicas exclusivas para esta categoria.
Os dois melhores trabalhos de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados, que serão entregues em cerimônia de premiação que acontece em dezembro na cidade de São Paulo. As inscrições para o Prêmio IESS e para exibição de pôster são gratuitas e cada candidato pode inscrever apenas um trabalho. Consulte o regulamento completo.
Ainda dá tempo de participar dessa premiação. Não perca essa oportunidade.
Tema latente hoje em dia, o envelhecimento populacional é, sem dúvida, um grande avanço das novas gerações e enorme mérito da medicina. O fato é que o Brasil e o mundo têm passado por uma mudança demográfica, conhecido os impactos dessa questão nos diferentes setores e ampliado a discussão sobre suas repercussões nos sistemas de saúde
Para se ter uma ideia, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimam que, em 2030, o Brasil contará com mais de 223 milhões de brasileiros, sendo 18,62% com 60 anos ou mais. No mesmo ano, as operadoras de planos de saúde devem gastar R$ 383,5 bilhões com assistência de seus beneficiários. O montante representa um avanço de 157,3% em relação ao registrado em 2017 e acende uma luz de alerta para o setor, segundo a “Projeção das despesas assistenciais da saúde suplementar”, que divulgamos recentemente.
Devido à importância do tema e a necessidade de criar e debater ferramentas para o setor, o trabalho “Envelhecimento populacional e gastos com saúde: uma análise das transferências intergeracionais e intrageracionais na saúde suplementar brasileira” foi o 2º colocado no VII Prêmio IESS na categoria Economia.
Resultado da pesquisa de Mestrado de Samara Lauar Santos na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o trabalho analisou as transferências intergeracionais (entre indivíduos de diferentes grupos de idade) e intrageracionais (entre indivíduos de um mesmo grupo de idade) na saúde suplementar brasileira. A análise compreendeu uma amostra de 11 operadoras de planos de saúde com aproximadamente 780 mil beneficiários no ano de 2015.
Confira, a seguir, nossa conversa com Samara Lauar sobre o trabalho e a importância da premiação. Não deixe de se inscrever gratuitamente, até 15 de outubro.
A premiação é voltada para trabalhos de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) com foco em saúde suplementar nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde. Veja o regulamento completo. Os dois melhores de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados, que serão entregues em cerimônia de premiação em dezembro deste ano.
A edição desse ano conta com uma novidade. A cerimônia de entrega também terá espaço para exibição de pôsteres de trabalhos a nível de graduação e pós-graduação. Se o estudo – não necessariamente acadêmico – gerou um artigo, ele pode ser inscrito nessa categoria. No entanto, os pôsteres não concorrem aos prêmios.
Blog do IESS - Como surgiu o interesse pela premiação?
Samara Lauar - Atuo no mercado de saúde suplementar já há alguns anos, e considerando a relevância do prêmio no setor, surgiu o interesse em participar. Vejo que o prêmio é de suma importância para o mercado, primeiro porque a saúde suplementar carece de pesquisas acadêmicas, e também por se tratar de um "link" entre mercado e academia.
A recepção foi muito produtiva e recebida de uma boa forma pelos "players" de mercado. Vários colegas da área se interessaram pelo meu trabalho, buscaram conversar sobre o tema e sugerir ideias para continuação da pesquisa.
Blog - Quais suas motivações para pesquisar o tema do envelhecimento populacional e dos gastos com saúde?
Samara - Como atuária, tive oportunidade de prestar serviço para várias operadoras, especialmente em relação aos processos de subscrição (cálculos de precificações, reajustes, dentre outros), e por diversas vezes perguntei-me como, de fato, ocorrem os processos de transferências intergeracionais, e como o envelhecimento populacional (aumento da proporção de idosos) poderia impactar na sustentabilidade das operadoras. Neste contexto, optei por aprofundar ainda mais minhas pesquisas em prol de algumas respostas que, no meu ponto de vista, embora simples, poderiam contribuir para o nosso mercado ainda tão carente de produções científicas.
Blog - E quais os resultados da pesquisa ao analisar as transferências intergeracionais e intrageracionais?
Samara - Em suma, a pesquisa demonstra que o saldo das transferências de recursos ainda é positivo, ou seja, na amostra analisada ainda há um equilíbrio entre as receitas e as despesas. Destaca-se que, no entanto, ao analisar a evolução da sinistralidade (relação entre as despesas assistenciais e mensalidades), considerando apenas o efeito das transformações etárias, há um constante aumento, sobretudo nos planos individuais, que possuem uma massa mais envelhecida e regulamentações mais restritivas no que tange às políticas de cancelamento e reajuste.
Blog - Em sua opinião, quais os fatores que mais impactam no aumento das despesas? Por quê?
Samara - Há diversos fatores que impactam no aumento das despesas assistenciais, entretanto penso que há dois muito relevantes e que devem ser estudados e acompanhados pelo setor: os avanços tecnológicos e o envelhecimento populacional.
Os avanços tecnológicos tendem a substituir técnicas mais baratas por procedimentos de maior custo, bem como trazem soluções para situações nas quais ainda não haviam procedimentos especializados. Embora também haja possibilidade de redução de custos em alguns casos
Em relação ao envelhecimento populacional penso que, em função do modelo de financiamento atual do mercado de saúde suplementar (repartição simples), poderá haver impactos relevantes ao longo do tempo. Isso porque a maior proporção de idosos tende a gerar cada vez mais seleção adversa, aumentando cada vez mais a probabilidade de insolvência da operação de planos
Blog - Com uma baixa margem de diferença entre as despesas e as receitas, acredita que o setor está ameaçado no médio prazo? Por quê? Como o segmento pode mudar para equilibrar estas contas?
Samara - Penso que não é apenas o envelhecimento populacional o fator agravante deste contexto, sendo este apenas um dos elementos que merecem atenção dos “players” do mercado. Acredito que as ações iniciais devem ser focadas no aprimoramento da gestão das despesas (redução dos desperdícios e risco moral), além de repensar o modelo de remuneração entre operadoras e prestadores (aplicação de modelos baseados em qualidade, ao invés de fee-for-service).
Blog - Como a regulação do setor pode aperfeiçoar para garantir a sustentabilidade nos próximos anos?
Samara - Hoje, a regulamentação imposta aos planos de saúde pode fazer com que os beneficiários com menor risco (mais jovens) arquem com as despesas excedentes das pessoas em idades mais avançadas, pagando valores superiores à sua utilização esperada.
Esse tipo de arranjo pode tornar o plano de saúde uma opção desinteressante financeiramente, caso reduza o incentivo à entrada de pessoas jovens aos planos, ocasionando seleção adversa
É importante salientar, que antes de pensarmos em alterações regulamentares, é de extrema importância a atenção do mercado em relação à “gestão das despesas assistenciais”. Acredito que grande parte da insolvência observada hoje poderia ser contida por melhorias neste aspecto.
Ainda permanecendo um contexto de insolvência, penso que alguns aspectos poderiam ser repensados, tais como o modelo de financiamento atual dos planos de saúde, e os limites de variação por faixa etária. Hoje o sistema é financiado por um modelo de repartição simples (pay as you go), no qual não há constituição de reservas individuais.
Por fim, saliento que o processo de transição demográfica, e o consequente envelhecimento da população, é um fato consumado, uma verdade vivenciada em todo mundo. No Brasil, bem como em demais países da América Latina, este processo tem ocorrido de forma mais rápida do que o observado na Europa. Neste contexto, independente das ações que serão tomadas, é importante agirmos rápido, e nos adaptar da melhor forma para o contexto que está por vir.