Mais de 133 mil vínculos com planos de saúde médico-hospitalares foram rompidos entre julho de 2019 e o mesmo mês do ano passado. Com a queda de 0,3% apontada na última edição da NAB, que acabamos de publicar, o setor passou a atender 46,99 milhões de beneficiários. Esta é a primeira vez desde março de 2012 que as carteiras das Operadoras de Planos de Saúde contam com menos de 47 milhões de vínculos.
Apesar de os números parecerem negativos em uma primeira análise, acreditamos que devam ser encarados apenas como o setor “andando de lado”. Em nossa avaliação, não há uma indicação de que devemos iniciar um período de retração no total de beneficiários como aconteceu a partir de dezembro de 2014. A saúde suplementar, assim como a economia de forma geral, vem ensaiando um processo de recuperação que está demorando mais para engatar do que os analistas de mercado previam, mas, ao menos no momento, há mais indícios de que essa ligeira variação negativa seja um soluço do que uma inversão de expectativas.
Segundo os dados da NAB, dos 133,3 mil vínculos rompidos nos 12 meses encerrados em julho de 2019, 91,1 mil concentram-se no Estado de São Paulo. No mesmo período, a região sudeste perdeu 100,2 mil beneficiários, retração de 0,3%. Também o Sul e o Nordeste tiveram recuo, de 0,9% (-60,5 mil vínculos) e 0,6% (-42,6 mil vínculos), respectivamente. Já o Centro-Oeste registrou alta de 1,7% (+54,3 mil beneficiários) e o Norte, de 0,8% (+13,1 mil vínculos).
A NAB ainda indica que apesar de o total de beneficiários ter caído como um todo, houve aumento de 2,2% na quantidade de vínculos com pessoas de 59 anos ou mais, o que equivale a 147,3 mil novos contratos. Resultado em linha com o que apontamos ontem aqui no Blog.
Para ver mais números e o resultado do mercado de planos exclusivamente odontológicos, além de continuar acompanhando nosso blog, você pode consultar o IESSdata.
Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta semana mostram uma redução de 16% dos casos e óbitos por aids no país nos últimos quatro anos. Segundo as informações divulgadas, fatores como a ampliação da testagem, melhora no diagnóstico e a redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento contribuíram para a queda.
Os números ainda mostram que, de 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de aids no Brasil, uma média de 40 mil novos casos por ano. Se em 2012, a taxa de detecção da doença era de 21,7 casos para cada 100 mil habitantes, em 2017 esse número caiu para 18,3 casos. Nesse mesmo período, a taxa de mortalidade pela doença passou de 5,7 óbitos para cada 100 habitantes para 4,8 óbitos.
A transmissão vertical do HIV – quando o bebê é infectado durante a gestação – também caiu entre 2007 e 2017. Passou de 3,5 casos para cada 100 mil habitantes para 2 casos, ou seja, uma redução de 43%.
A pasta anunciou que a partir de 2019, a rede pública de saúde passa a oferecer o autoteste de HIV para populações-chave e pessoas em uso de medicamento de pré-exposição ao HIV. Ao todo, o ministério prevê a distribuição de 400 mil unidades do teste, inicialmente nas cidades de São Paulo, Santos, Piracicaba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, São Bernardo do Campo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e Manaus.
O boletim divulgado mostra que a maior incidência da doença ainda é nos homens. O público masculino corresponde por 73% das novas infecções por HIV no Brasil, sendo que 70% dos casos é registrado entre aqueles que estão na faixa etária de 15 a 39 anos. O problema é que, como mostramos aqui, os homens ainda vão menos ao médico do que as mulheres.
É importante lembrar que a realização de exames e consultas é fundamental para a prevenção de doenças e, ao mesmo tempo, contribui para a sustentabilidade do setor. Ações de prevenção e promoção da saúde ajudam a identificar enfermidades no seu estágio inicial e reduzem a necessidade de procedimentos mais complexos e emergenciais, muito mais caros e de maior risco para o paciente.
Acabamos de divulgar a nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) que mostra que o mercado de planos de saúde médico-hospitalares encerrou junho de 2018 com ligeira variação negativa no número de beneficiários na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Além da redução no período, o levantamento também destaca a retração do total de beneficiários ao longo dos últimos seis meses, diferentemente do que vinha sendo apontado pelo setor. Como temos alertado, deve-se analisar com cautela as baixas variações divulgadas recentemente, já que a entidade reguladora do setor revê periodicamente os números de beneficiários.
Apesar de as ligeiras variações positivas divulgadas pela Agência Nacional de Saúde (ANS) no primeiro semestre terem sido revisadas, empurrando os números para baixo, o cenário ainda é mais positivo do que o que acompanhamos ao longo de 2017, quando a retração do total de vínculos girava ao redor de 1,5% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS, reforçou os dados apontados pela NAB. “A revisão pode ser encarada como um indicador que as coisas estão um pouco pior do que se imaginava”, diz Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do Iess (instituto de estudos do setor). “Vimos a ANS dizer que houve um aumento pequeno, de 0,1%, e comemorar como se fosse uma melhora, mas recomendamos cautela. O mercado de trabalho formal não está aquecido para dar suporte a uma retomada.”
A coluna Mercado aberto apontou que, apesar do saldo negativo no ano, as entidades acreditam que o pior já passou. “O importante é que as mudanças agora são marginais, não há mais perda de 1 milhão de vidas em um ano.”, diz Marcos Novais, economista da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge). “A taxa de cancelamento de contratos tem mostrado uma redução, o que reforça o entendimento que o setor já atingiu a retração limite”, afirma.
Já para José Cechin, diretor-executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), o setor precisou rever as estimativas de crescimento para o ano. “Imaginávamos 700 mil a 1 milhão de novos beneficiários e hoje trabalhamos com algo em torno de 250 mil em um cenário mais otimista”, afirmou para a reportagem.
De acordo com dados da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo IESS com base em números que acabaram de ser atualizados pela ANS, houve rompimento de 66,5 mil vínculos com planos de saúde médico-hospitalares nos 12 meses encerrados em junho. O que levou o total de beneficiários no País a 47,2 milhões.
Apresentaremos novos dados da análise especial da NAB nos próximos dias. Fique ligado.