Por meio da telemedicina é possível levar a saúde mais longe, aumentar a qualidade e a eficiência para salvar vidas – ainda mais em tempos de pandemia. E isso fica claro pela quantidade de consultas realizadas ao longo do último ano. Desde o início da crise do novo coronavírus, diversas instituições públicas e privadas de saúde passaram a oferecer atendimento a distância para seus pacientes.
Se considerarmos o potencial deste recurso para levar atendimento assistencial de qualidade para brasileiros em regiões afastadas, como áreas rurais, por exemplo, a iniciativa se torna ainda mais importante não apenas para a Saúde Suplementar, mas também para o Sistema Único de Saúde (SUS).
No entanto, a força de trabalho, a infraestrutura e a cadeia de abastecimento do setor da saúde enfrentam os mesmos desafios de outros segmentos quando o assunto é inovação durante esse período.
Apesar do cenário ser desafiador, a pesquisa “Perspectivas globais do setor de saúde 2021” da Deloitte mostra que este é o momento de todo o ecossistema entender como conseguir avançar nessa jornada de transformação.A publicação destaca algumas questões setoriais urgentes que toda a cadeia deve ficar de olho para este ano como:
- Consumidores e experiências humanas;
- Inovação do modelo de assistência;
- Transformação digital e dados interoperáveis;
- Desigualdade (no acesso ao sistema de saúde)
- Cooperação em todo ecossistema;
- Futuro do trabalho e reserva de talentos.
São pontos que desafiam governos, profissionais, investidores e outros stakeholders para se adaptarem e inovarem rapidamente. Olhando para um período pós-pandêmico, alguns fatores vão impactar a retomada dos gastos no setor, como o envelhecimento da população, aumento da demanda por cuidado, recuperação econômica gradual dos países, avanços clínicos e tecnológicos, custos trabalhistas, expansão do público e dos sistemas de saúde para a população.
São fatores que, ao lado das questões setoriais mais específicas, irão comandar a transformação do setor — mais tecnológica, centrada no paciente e inclusiva.
Iremos apresentar mais detalhes da pesquisa ao longo dos próximos dias, mas você pode acessar por meio do link.
Nós já mostramos aqui que a saúde suplementar tem sido a grande propulsora da criação de empregos nessa cadeia. Dos 4 milhões e 488 mil de empregados em março deste ano, 3,5 milhões eram vínculos do setor privado com carteira assinada, o que equivale a 78%. Para se ter uma ideia, só no mês de março, o segmento privado teve saldo positivo de 46,5 mil vagas, enquanto o público registrou saldo negativo de 7,3 mil vagas.
Além disso, o total de pessoas empregadas com carteira assinada na cadeia da saúde suplementar continua crescendo e atuando como um motor da economia. Em março deste ano, o saldo do emprego no segmento foi responsável por cerca de 22% do total da economia, com mais de 39 mil novas vagas formais de trabalho.
O relatório reforça a tendência de queda do emprego público em saúde puxada pelas vagas federais. Enquanto o resultado total da saúde estadual registrou crescimento de 0,2% e o municipal cresceu 0,6% em relação a dezembro de 2020, a esfera federal teve queda de 2,4% no mesmo período.
A região Nordeste possui o maior número de funcionários estaduais com 132,4 mil. Na comparação de 3 meses, a esfera estadual apresentou crescimento do emprego apenas nas regiões Norte, com alta de 5,4%, e Sudeste, que cresceu em 1,5%. Considerando todo o emprego nos governos estaduais (em todas as áreas) houve aumento de 1,5%.
Os dados das secretarias de saúde dos municípios coletados até o momento contabilizam 508.774 empregos na saúde. Vale lembrar que não existe no Brasil uma base de dados que disponibiliza o total de pessoas empregadas no serviço público municipal na área de saúde. O IESS está levantando informações do emprego na saúde nos sites de cada prefeitura. Até o momento o Instituto conseguiu dados de 292 municípios, cuja população representa 55,8% da população nacional.
Acesse o boletim na íntegra aqui.
O total de pessoas empregadas com carteira assinada na cadeia da saúde suplementar continua crescendo e atuando como um motor da economia. Em março deste ano, o saldo do emprego no segmento foi responsável por cerca de 22% do total da economia, com mais de 39 mil novas vagas formais de trabalho. De acordo com o Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde, que acabamos de divulgar, este é o nono mês consecutivo com saldo positivo no setor.
O boletim reforça que a saúde suplementar tem sido a grande propulsora da criação de empregos nessa cadeia. Dos 4 milhões e 488 mil de empregados em março deste ano, 3,5 milhões eram vínculos do setor privado com carteira assinada, o que equivale a 78%. Para se ter uma ideia, só no mês de março, o segmento privado teve saldo positivo de 46,5 mil vagas, enquanto o público registrou saldo negativo de 7,3 mil vagas.
Esse montante é resultado do crescimento de 3,3% em relação a dezembro de 2020 (3 meses). Na mesma comparação trimestral, o mercado de trabalho do país registrou alta de 3,2%. Isso porque a economia voltou a mostrar sinais de melhora com desempenho positivo nos três meses da comparação.
O boletim ainda mostra que a região Sudeste continua com a maior quantidade de empregos em saúde, com 2,2 milhões no total, entre público e privado. Já as regiões onde a saúde mais cresceu foram Nordeste e Norte, ambas com taxas de 4,5% em 3 meses. Nessas duas regiões, o crescimento também foi alavancado pelo setor privado, sendo que no Nordeste, o crescimento dos empregos privados foi 7,0%, contra 4,3% na média do Brasil. A esfera pública apresentou redução nas regiões Nordeste, com queda de 1,2%, e Centro-Oeste, com 0,5%.
Os prestadores de serviço respondem pela maior parte do crescimento no mês de março desse ano, com mais de 59 mil novas vagas, seguido por Fornecedores, que registraram 13,2 mil novos postos e Operadoras, com saldo de 2,3 mil empregos.
A íntegra do boletim pode ser acessada por meio do link http://bit.ly/Emprego_IESS.
Como mostramos aqui recentemente, a nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) apontou mais de 2,3 milhões de contratos firmados com planos de saúde nos 12 meses encerrados em março de 2021. No total, cerca de 1,5 milhão de novos beneficiários passaram a contar com planos exclusivamente odontológicos e outras 863 mil pessoas aderiram aos médico-hospitalares. Alta de 6,0% e 1,8% respectivamente. Acesse aqui.
Além disso, mostramos que o setor odontológico atingiu a marca de 27,6 milhões de beneficiários em março deste ano. O destaque ficou para a contratação por parte da população com 59 anos ou mais. Nos 12 meses encerrados em março deste ano, a quantidade de vínculos nesta faixa etária cresceu em 11,5%. Veja mais detalhes aqui.
Agora, a análise especial da NAB detalha o movimento do número de beneficiários médico-hospitalares segundo segmentação assistencial do plano. Dois períodos foram analisados, entre junho de 2020 e março de 2021 e também entre março de 2014 e o mesmo mês em 2021.
No primeiro intervalo analisado, houve crescimento do número de beneficiários em 2,7%, o que representa 1,3 milhão. O maior aumento foi de 3,3%, ou 1,4 milhão, nos planos da segmentação “Hospitalar + Ambulatorial”, equivalente a 89% do total de beneficiários, e de 1,9% (36,7 mil) nos “Ambulatoriais” (4% do total).
Vale lembrar, ainda, que a cobertura “Hospitalar com obstetrícia + ambulatorial” foi o que mais cresceu em números absolutos, 1,3 milhão de beneficiários. Outro ponto que chama a atenção na análise é que todas as segmentações que ofertam a assistência odontológica em conjunto (“+ Odontológico”) apresentaram quedas no número de vínculos. Os planos da segmentação “Hospitalar” e “Referência” tiveram queda de 2,7% e 3,2%, respectivamente.
Já a análise em um período maior de tempo, de março de 2014 até o mesmo mês em 2021, foi possível ver a tendência das movimentações no número de beneficiários segundo segmentações. Os planos “Hospitalar + Ambulatorial” tiveram seu ápice do número de beneficiários em dezembro de 2014, com 42,8 milhões e seu ponto mínimo foi em setembro de 2017, quando caiu para 40,8 milhões.
Com forte crescimento, quando comparado aos meses anteriores, essa modalidade alcançou 42,7 milhões de vínculos, próximo ao número encontrado em dezembro de 2014. Outra segmentação que está com tendência de crescimento são os planos “Ambulatoriais”. Esse tipo de plano conta com 1,51 milhão em março deste ano, enquanto o menor número foi registrado em março de 2017, com 1,40 milhão, e o maior no mesmo mês em 2017, atingindo os 1,51 milhão. Já as segmentações “Hospitalar” e “Referência” estão em constante queda do número de beneficiários.
Vale lembrar que a pandemia de Covid-19 encerrou um período de altas consecutivas registrado entre setembro de 2017 e março de 2020. No entanto, a partir de junho, houve aceleração no crescimento de vínculos, com acréscimo de 3,3% no total de beneficiários.
O boletim pode ser acessado na íntegra em https://bit.ly/NAB_IESS
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57ª NAB
Mais de 2,3 milhões de contratos foram firmados co...Como mostramos aqui recentemente, a nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) apontou mais de 2,3 milhões de contratos firmados com planos de saúde nos 12 meses encerrados em março de 2021. No total, cerca de 1,5 milhão de novos beneficiários passaram a contar com planos exclusivamente odontológicos e outras 863 mil pessoas aderiram aos médico-hospitalares. Alta de 6,0% e 1,8% respectivamente. Acesse aqui.
Com isso, o boletim reforça que o brasileiro tem se preocupado com a saúde em tempos de pandemia e buscado contar com um plano privado de assistência, mesmo frente aos desafios impostos pelo atual momento de crise sanitária e econômica.
Entre os planos exclusivamente odontológicos, o destaque ficou para a contratação por parte da população com 59 anos ou mais. Nos 12 meses encerrados em março deste ano, a quantidade de vínculos nesta faixa etária cresceu em 11,5%. No total, a região Sul foi a que registrou o maior aumento, com alta de 8% no período. Em números absolutos, o estado de São Paulo apresentou o maior crescimento, com 887,5 mil beneficiários a mais.
Com isso, o setor atingiu a marca de 27,6 milhões de beneficiários em março deste ano. No mesmo mês, 21,8 milhões (82,9%) de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos possuíam um plano coletivo. Desses, 88,4% eram do tipo coletivo empresarial e 11,6% do tipo coletivo por adesão
Em números absolutos, a maior queda ocorreu no Rio de Janeiro, cuja perda foi de 72,4 mil beneficiários no período de 12 meses. O Estado de São Paulo apresentou o maior crescimento, com alta de 887,5 mil beneficiários no mesmo intervalo de tempo.
A NAB consolida os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, faixas etárias, tipo de contratação e modalidade de operadoras.
O boletim pode ser acessado na íntegra em https://bit.ly/NAB_IESS
Mais de 2,3 milhões de contratos foram firmados com planos de saúde nos 12 meses encerrados em março de 2021. De acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), 1,5 milhão de novos beneficiários passaram a contar com planos exclusivamente odontológicos e outras 863 mil pessoas aderiram aos médico-hospitalares. Alta de 6,0% e 1,8% respectivamente.
Com isso, o boletim reforça que o brasileiro tem se preocupado com a saúde em tempos de pandemia e buscado contar com um plano privado de assistência, mesmo frente aos desafios impostos pelo atual momento de crise sanitária e econômica.
O comportamento registrado em março dá continuidade à tendência observada no segundo semestre de 2020 e esperada para este ano, com uma ligeira recuperação do total de vínculos médico-hospitalares à medida que haja uma maior imunização da população adulta e a retomada da atividade econômica. Precisaremos observar o mercado, a sociedade e os resultados do empenho contra a pandemia, mas os números têm reforçado a busca do brasileiro por planos de assistência à saúde, sejam médico-hospitalares ou exclusivamente odontológicos.
Dados do IBGE mostram que a taxa média de desemprego no Brasil foi de 14,4% no trimestre de dezembro a fevereiro. Isso significa que 14,4 milhões de pessoas estão na fila por um trabalho no país, o maior contingente desde 2012, quando começou a série histórica. Mesmo assim, o setor de saúde tem registrado sucessivos aumentos no número de vidas, o que reforça a preocupação da população brasileira em ter um plano de saúde nesse momento.
Sendo assim, os números de março na NAB foram impulsionados pela contratação de planos coletivos, com destaque para os empresariais. Naquele mês, 38,9 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares possuíam um plano coletivo, 81,1%. Desses, 83,9% eram do tipo coletivo empresarial e 16,1% do tipo coletivo por adesão.
Já entre os planos exclusivamente odontológicos, o destaque ficou para a contratação por parte da população com 59 anos ou mais. Nos 12 meses encerrados em março deste ano, a quantidade de vínculos nesta faixa etária cresceu em 11,5%. No total, a região Sul foi a que registrou o maior aumento, com alta de 8% no período. Em números absolutos, o estado de São Paulo apresentou o maior crescimento, com 887,5 mil beneficiários a mais.
A NAB consolida os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, faixas etárias, tipo de contratação e modalidade de operadoras.
O boletim pode ser acessado na íntegra em https://bit.ly/NAB_IESS
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57ª NAB
Mais de 2,3 milhões de contratos foram firmados co...Como falamos há um tempo, por meio da telemedicina é possível levar a saúde mais longe, aumentar a qualidade e a eficiência para salvar vidas – ainda mais em tempos de pandemia. E temos buscado auxiliar nessa construção de conhecimento e bases por meio de diferentes iniciativas.
Se considerarmos o potencial deste recurso para levar atendimento assistencial de qualidade para brasileiros em regiões afastadas, como áreas rurais e a Amazônia, por exemplo, a iniciativa se torna ainda mais importante não apenas para a Saúde Suplementar, mas também para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Há um ano foi sancionada a Lei 13.989/2020 que instituiu o uso da telemedicina durante a crise sanitária atual do coronavírus (SARS-CoV-2) no Brasil. Como a regulamentação prevê a adoção em caráter emergencial enquanto durar a pandemia, ainda será necessária uma emenda com extensão do prazo ou criação de uma nova lei para ter continuidade.
Segundo artigo publicado no Estadão, de autoria de Régis Corrêa, a pandemia de Covid-19 apenas acelerou uma transformação na medicina que já era necessária há algum tempo. “A população teve de se adaptar e entender esse novo momento e as organizações de saúde tiveram de se adequar de forma segura e robusta para poder dar essa resposta no que a legislação permitiu”, aponta.
A publicação ainda lembra o professor Chao Lung Wen, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sempre aponta que a telemedicina é um método de trabalho em que o médico tem autonomia para determinar se um procedimento é aplicável ou não. “Nesse aspecto, a teleconsulta tem muitos pontos positivos, principalmente pensando na problemática da pandemia, na dificuldade de deslocamento, no isolamento social, todas essas limitações que as pessoas passaram a conviver, além de introduzir protocolos desde o monitoramento, o acompanhamento de pacientes, diagnóstico, de modo que acredito que é uma modalidade que provavelmente veio para ficar”, reforça. Acesse aqui o artigo na íntegra.
E é exatamente em função da crise sanitária que muitos pacientes de planos de saúde começaram a utilizar o serviço. Segundo a Federação Nacional de Saúde Complementar (Fenasaúde), as operadoras associadas chegaram a fazer em média 250 mil teleconsultas por mês em 2020, e 88% dos atendimentos foram resolvidos dessa forma.
Como mostramos aqui, para o aumento das iniciativas de enfrentamento à COVID-19, o Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou nota ao Ministério da Saúde reconhecendo a utilização do recurso em três situações: Teleorientação, que permite que médicos realizem a distância a orientação e o encaminhamento de pacientes em isolamento; Telemonitoramento, que possibilita que, sob supervisão ou orientação médicas, sejam monitorados a distância parâmetros de saúde e/ou doença; e, Teleinterconsulta, que permite a troca de informações e opiniões exclusivamente entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.
Seguindo a experiência internacional, o Brasil deve caminhar para uma regra mais geral e abrangente, que garanta segurança jurídica para as empresas e para a saúde dos pacientes. Esses são alguns dos cuidados que devem estar na pauta da futura regulamentação da telemedicina no país, além de assegura a proteção, preservação e sigilo dos dados de atendimentos, pessoais e de saúde dos indivíduos, e a confiança entre pacientes, prestadores e operadoras.
Falando do professor Chao Lung Wen, líder do grupo de pesquisa USP em Telemedicina, Tecnologias Educacionais e eHealth no CNPq/MCTI e um dos maiores especialistas do País no tema, publicamos recentemente um artigo em que ele aborda o assunto desde sua criação até o uso atual no Brasil. Veja aqui.
Além disso, também fizemos um Texto para Discussão que mostra a experiência internacional com o uso do recurso em sete países além do Brasil (Albânia, Austrália, Bangladesh, China, Estados Unidos, México e Noruega). Acesse.
Quer saber ainda mais sobre o tema. Assistia ao nosso webinar abaixo.
Cada vez mais o setor de saúde tem se movimentado no que diz respeito à Telessaúde. Além de entender que a solução está na vanguarda da Medicina, tornou-se cada vez mais importante a ampliação dessas práticas para manter a segurança dos pacientes ao mesmo tempo em que se mantêm o acompanhamento assistencial.
Por saber dessa necessidade, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) lançou a campanha “Telessaúde: Mais Saúde para o Brasil”, iniciativa que conta com uma série de ações de, incluindo uma página própria. O projeto visa ampliar a discussão sobre a importância da telessaúde e garantir que essa modalidade tenha uma regulamentação definitiva, diminuindo a desigualdade no acesso à saúde.
Como já apontamos em outros momentos, também nos dedicamos em verificar as utilizações da telemedicina no Brasil e em outros países. E os resultados mostram a ampliação do acesso à saúde para pessoas que estão longe das instituições e tecnologia mais modernas. A telemedicina vem para levar a tecnologia à lugares afastados e os médicos decidem se querem se valer deste recurso de consulta à distância ou não. Mas para muitas pessoas isso é resolutivo.
Autorizada a partir de abril do ano passado como uma alternativa para garantir atendimento de saúde durante a pandemia, reduzindo o risco de contaminação, a modalidade permite que médicos, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde realizem atendimento de pacientes a distância. No entanto, só está autorizada no Brasil enquanto durar o estado de emergência em função da pandemia do novo Coronavírus.
Como falamos aqui, no último ano, mais de 1,6 milhão de teleconsultas foram realizadas pelas 15 operadoras associadas à FenaSaúde. Em 90% delas, o paciente teve seu caso resolvido pelo atendimento virtual, evitando que muitas pessoas saíssem de suas casas à procura de cuidados médicos, lotando ainda mais as instituições de saúde.
O que falta, portanto é a regulamentação definitiva para a modalidade para garantir ainda mais acesso à população brasileira, o que levou inclusive à criação de uma Frente Parlamentar Mista no Congresso Nacional.
Abordar o potencial da tecnologia na medicina é um assunto urgente, que ganha ainda mais relevância em meio à maior crise sanitária da nossa geração. O recurso é de grande importância para ofertar atendimento assistencial aos brasileiros, especialmente considerando as proporções continentais do País e as diferenças estruturais entre suas diversas regiões
O recurso também foi tema de webinar IESS que você pode conferir abaixo. Além disso, publicamos o artigo “Telemedicina do presente para o Ecossistema de Saúde Conectada 5.0”, de Chao Lung Wen, professor líder do grupo de pesquisa USP em Telemedicina, Tecnologias Educacionais e eHealth no CNPq/MCTI e um dos maiores especialistas do País no tema. Acesse aqui.
Também fizemos um Texto para Discussão que mostra a experiência internacional com o uso do recurso em sete países além do Brasil (Albânia, Austrália, Bangladesh, China, Estados Unidos, México e Noruega). Veja agora.
Como mostramos recentemente, os hospitais privados chegaram em dezembro de 2020 com resultados financeiros inferiores aos de 2019. As instituições fecharam o ano com despesa elevada e receita reduzida sob o efeito da segunda onda de casos de Covid-19, nos últimos dois meses de 2020. Acesse aqui a publicação.
Mais dados sobre a rede privada na batalha contra a pandemia. Na última semana, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nova edição do Boletim Covid-19 com dados sobre a utilização dos planos de saúde. Para tanto, a entidade compila informações assistenciais e econômico-financeiras coletadas com uma amostra de operadoras, número de exames relacionados à Covid-19 realizados pelos planos de saúde e demandas dos consumidores.
Em janeiro, a taxa de ocupação geral de leitos (com e sem UTI) nos hospitais da amostra ficou em 68%, assim como em dezembro, abaixo do observado para o mesmo mês em 2020 (71%). Essa informação considera a ocupação tanto para o atendimento à Covid-19 quanto para demais procedimentos não relacionados à doença, e engloba leitos comuns e de UTI dos hospitais próprios das operadoras da amostra, que representam aproximadamente 10,5% do total de leitos disponíveis na rede assistencial de planos privados.
Houve um aumento na alocação de leitos dos hospitais da amostra para atendimento à Covid-19, passando de 29% para 32%. Esse aumento foi mais expressivo na proporção de leitos com UTI alocados para Covid-19, passando de 41% em dezembro para 48% em janeiro. Vale destacar, ainda, o aumento das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave, atípico para a época, com crescimento de 483% em relação a janeiro de 2020.
A publicação mostra que a quantidade de atendimentos em pronto-socorro que não geraram internações segue apresentando retomada lenta e gradual. Em janeiro, houve um crescimento de 1,4% em relação ao mês anterior, mesmo assim, ainda abaixo do observado antes do início da pandemia.
Por um lado, os dados mostram que o setor continua se preparando para evitar problemas de ocupação nas instituições, de outro, o aumento das internações por problemas respiratórios nessa época do ano acende um alerta preocupante.
Seguiremos monitorando os dados do segmento. Você também pode acessar o material na íntegra no site da Agência.
Apesar dos desafios impostos pela pandemia e da batalha contra os efeitos da crise trazida pelo novo Coronavírus, os hospitais privados chegaram em dezembro de 2020 com resultados financeiros inferiores aos de 2019. As informações estão na 5ª edição da Nota Técnica (NT) do Observatório da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e se baseiam na análise dos indicadores de seus 118 hospitais.
A publicação revela que as instituições fecharam o ano com despesa elevada e receita reduzida sob o efeito da segunda onda de casos de Covid-19, nos últimos dois meses de 2020. Além dos resultados do último trimestre e comparativo com períodos anteriores, a Nota Técnica também traz um balanço preliminar de 2020.
O material ainda mostra o crescimento no número de pacientes atendidos na urgência e emergência com suspeita de Covid-19, que vinha em queda desde junho e passou a registrar aumento a partir de outubro.
Para se ter uma ideia, a taxa de pacientes com suspeita de Covid-19 atendidos no pronto-socorro com diagnóstico positivo para a doença passou de 30,5% em outubro para 35,4% em novembro, chegando a dezembro com 41,2% – valor muito próximo do pico da pandemia, em junho, com 41,5%. Os casos convertidos em internação acompanharam a tendência de crescimento e, de 1,7% em outubro, foram para 2,8% em dezembro.
Mesmo somando as internações em decorrência da Covid-19 com as de outras enfermidades, os hospitais apresentaram uma queda de mais de 9 pontos percentuais (p.p.) na taxa de ocupação de leitos em relação à 2019, passando de 77% para 67,7% em 2020. Isso se justifica, principalmente, pelo adiamento de procedimentos e cirurgias eletivas, que ocorreu a partir de abril pelo receio da pandemia.
No total de internações, verificou-se um aumento nas relacionadas às doenças infecciosas em 2020, onde está classificada a Covid-19, e diminuição naquelas relacionadas a enfermidades que afetam os aparelhos respiratório, digestivo e circulatório, por exemplo.
A análise de outros indicadores de gestão operacional, econômica e financeira, em esferas nacional e regional, pode ser conferida na versão completa da 5ª edição da Nota Técnica (NT) – Observatório Anahp.