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Fevereiro 2021
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Nós já abordamos recentemente os dados da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) sobre o ano de 2020 que mostrou que as instituições ainda não atingiram os patamares pré-pandemia e acreditam na estabilidade da receita e do volume de atendimento em 2021. Você pode acessar alguns números do relatório aqui e também ver melhor alguns dados de finanças nesse outro post. 

Como se sabe, a maior pandemia dos últimos cem anos colocou o setor de saúde em evidência, não só por estar na linha de frente do atendimento aos pacientes com o novo coronavírus, mas também pela escassez de insumos, exaustão dos profissionais e diferentes desafios impostos pelo novo cenário.

Para avaliar o cenário atual e apurar as perspectivas do setor, a Anahp realizou uma pesquisa de opinião com dirigentes de instituições membros da entidade no último ano. No total, 59 executivos participaram da pesquisa online e os resultados foram divulgados na 4ª Nota Técnica – Observatório Anahp, que abordamos recentemente.

Segundo 49% dos participantes, a receita do hospital obtida em 2020 deve se manter estável nesse 2021. Para 35%, haverá crescimento, enquanto 15% estimam algum grau de queda. A expectativa do volume de atendimento também é similar: 53% dos líderes acreditam na estabilidade enquanto 27% prevê um aumento e 20% vê queda neste ano.

Para 73% deles, embora tenha havido uma retomada na realização dos procedimentos eletivos, o número ainda é inferior ao de antes da pandemia. A recuperação dos níveis pré-Covid é importante para que os hospitais equilibrem as finanças e voltem a crescer. Para 42% deles, suas instituições estão preparadas para atender novamente uma alta demanda de pacientes com Covid-19, sendo que 58% dos respondentes percebem que suas instituições estão parcialmente preparadas.

O aumento do número de casos de Covid, observados em novembro e dezembro não impactou a percepção de um cenário de estabilização ou aumento de receita e volume para 2021. Isso porque acreditam estar mais preparados para lidar com fluxos adequados para o atendimento e o tratamento de pacientes com ou sem coronavírus.

A publicação ainda reforça a importância de que as pessoas que precisam de cuidados para suas condições não relacionadas ao vírus continuem buscando consultas, atendimentos eletivos ou nos prontos-socorros, guardadas as devidas medidas de segurança.

O relatório completo pode ser acessado diretamente no site da entidade. Veja aqui.

Janeiro 2021
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O burnout, também conhecido como síndrome do esgotamento profissional, é uma síndrome que afeta milhões de trabalhadores ao redor do mundo. O esgotamento mental severo pode ser identificado como um alto nível de estresse no ambiente de trabalho que tem como motivo número um a sobrecarga, mas outros fatores como o baixo nível de autonomia e de participação nas decisões, corte de gastos, reestruturações na empresa, conflitos internos e outros também pode desencadear esse processo.

Como sabemos, o ano de 2020 foi bastante atípico para todos e, em especial, para os profissionais de saúde, principalmente para os que estiveram na linha de frente contra a covid-19. Um levantamento realizado pelo site Medscape mostrou que o número de médicos com burnout e/ou depressão diminuiu 10 pontos percentuais desde 2018, mas entre os que disseram sofrer com esses transtornos mentais, 59% afirmaram que os problemas se intensificaram com a pandemia. 

A publicação foi divulgada no final de 2020 e contou com a participação de 2.475 profissionais, entre 9 de junho e 23 de agosto daquele ano. Segundo a pesquisa, um em cada 10 médicos afirmou pensar em abandonar a carreira para sempre por conta da gravidade do burnout que sofre, agravado com pandemia. Entre os fatores mais citados para o agravamento do problema estavam o excesso de tarefas burocráticas e muitas horas de trabalho por semana e baixa remuneração. 

O levantamento do Medscape mostra que o grupo entre 25 e 39 anos são os que mais têm Burnout e depressão. Nessa faixa etária, 22% disseram sofrer de Burnout, contra 16% daqueles entre 40 e 54 anos e 8% para quem tem entre 55 e 73 anos.

Entre todos aqueles que afirmaram sofrer de esgotamento, seis em cada dez afirmou que isso ficou mais intenso com a pandemia de Covid-19. Veja abaixo alguns números do levantamento:

  • 54% gostariam de ter mais reconhecimento pelo seu trabalho pelo engajamento ao combate à Covid-19; 
  • 34% gostariam de ter uma compensação financeira pelas horas extras trabalhadas; 
  • 74% acreditavam que o local de emprego não oferecia um programa para reduzir o estresse; 
  • 47% procuraram ajuda de um profissional;
  • 60% se sentiam para baixo ou triste; 
  • 51% acreditavam que estavam deprimidos por conta do trabalho;
  • 53% dos profissionais normalmente trabalharam mais de 40 horas por semana; 
  • 53% achavam que esses sintomas impactaram no atendimento médico; 
  • 34% apresentavam quadros de depressão grave; 
  • 11% pensavam em abandonar a medicina por conta do burnout; 
  • 79% achavam que a síndrome de burnout interferiu nas relações pessoais; 
  • 33% já tiveram pensamentos suicidas; 
  • 5% já tentaram o suicídio.

No Brasil, desde março de 2020, médicos e profissionais de saúde vivenciam uma verdadeira maratona contra um vírus com uma rotina completamente alterada — longas horas de trabalho, medo de se infectar, folgas cada vez mais distantes e plantões frequentes que geraram uma sobrecarga física e mental.

Nós falamos sobre a importância desses profissionais em diferentes momentos, como aqui ou ainda sobre a vida do médico frente à pandemia

A pesquisa completa do Medscape pode ser acessada aqui. Veja.

 

Janeiro 2021
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A maior pandemia dos últimos cem anos colocou o setor de saúde em evidência, com sua atuação no combate ao novo coronavírus, escassez de insumos, novos protocolos de atendimentos e exaustão dos profissionais foram alguns dos principais desafios dos últimos meses.

Conforme mostramos aqui, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) fez uma análise sobre a saúde em 2020 para entender como devem ser os próximos meses. Para isso, fez comparativos com os dados de 2019 e apresentou uma pesquisa inédita com as perspectivas dos dirigentes para 2021. O documento completo está disponível para download gratuito aqui.

No aspecto financeiro, a publicação mostra que a economia brasileira saiu da chamada “recessão técnica”, caracterizada por dois trimestres consecutivos de queda. No entanto, a alta de 7,7% no terceiro trimestre de 2020, na comparação com o segundo trimestre do ano, não foi suficiente para recuperar as perdas decorrentes da pandemia de Covid-19.

A margem EBITDA, que chegou a ser negativa em abril, mês com o maior número de casos de Covid-19 no País até a publicação do material, em dezembro de 2020, cresceu gradualmente desde então e, em outubro, ficou em 13,1%. A EBITDA é a sigla em inglês para Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization - “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização” em português. É um indicador muito utilizado para avaliar empresas de capital aberto.

Os responsáveis pela análise apontam que o número está um pouco abaixo da média do 3º trimestre de 2019, que foi de 13,7%. Porém, comparando o mesmo período (julho-setembro), em 2020, houve uma queda de 2,5 p.p. No acumulado de janeiro a outubro, o resultado obtido neste ano foi ainda pior: 7,8% x 13,4% (2019).

Seguiremos avaliando os dados e divulgações do setor nos próximos dias. A 4ª edição da Nota Técnica – Observatório Anahp pode ser acessada aqui.

Novembro 2020
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Quem nos acompanha já viu aqui um pouco dos debates e ensinamentos da pandemia de Covid-19 e da palestra de José Cechin, nosso superintendente executivo, “Lições pós-Covid-19: Competência, Criatividade e Consistência”. Para o especialista, é essencial o engajamento das pessoas com a gestão de sua própria saúde e mudanças de comportamento dos gestores, administradores, profissionais, empreendedores e cidadãos após esse delicado momento que atravessamos.

Com o tema “O Despertar para uma nova Saúde”, o Grupo Mídia realizou a oitava edição do Fórum Healthcare Business (FHCB) de modo 100% digital, transmitido pelo canal do Youtube e também pela página da Healthcare Management no Facebook, que contou com a participação de diferentes especialistas do setor.

O Chefe da Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP, professor Chao Wen, realizou a palestra “A COVID-19 acelera a Telemedicina”, em que mostrou a popularização dessa tecnologia, assim como alguns erros comuns do segmento. “Ouço muitas pessoas falando sobre a telemedicina ser uma ferramenta, mas é um método médico de investigação e cuidados não presenciais. É um braço da medicina que permite criar outro conceito e chegar à saúde conectada 5.0”, apontou.

Já Cechin, falou sobre erros cometidos durante a pandemia e como será o futuro do setor após o atual cenário. “Um fato pouco pensado é que uma pandemia é tanto uma crise médica quanto de comunicação. Precisávamos de uma comunicação clara vinda de um comunicador confiável e seguindo informações baseadas em recomendações científicas”, refletiu.

Ele ainda apontou para a possibilidade de novos surtos virem à tona e a aceitação da crise demorar para ser revertida, além da melhor preparação para outras ocasiões do mesmo tipo. “Resta saber se as autoridades públicas e políticas têm o desejo de arriscar gastos hoje para deixar a sociedade preparada para uma nova possível epidemia ou pandemia que talvez nunca venha a ocorrer”, comentou.

Com importantes palestras e debates, o encontrou reuniu executivos das principais instituições de saúde, educação e pesquisa do país para debater gestão, inovação e desafios para o setor, além dos reflexos e desafios da Covid-19. Juntamente com o Fórum Healthcare Business, aconteceu a edição 2020 do prêmio Excelência da Saúde, que homenageia instituições que mais se destacaram no setor da saúde brasileiro.

Acesse abaixo.

Setembro 2020
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Já falamos nos últimos recentemente como o setor de planos exclusivamente odontológicos tem sentido a pandemia pelo novo Coronavírus. Entre 2016 e início de 2020, o setor se comportou de modo distinto aos da modalidade de médico-hospitalares durante os períodos de instabilidade nacional, registrando elevado ritmo de crescimento. Com o aprofundamento da crise econômico-sanitária, esse segmento também vive os impactos do atual momento.

Apesar de continuar em alta no período de 12 meses encerrado em julho deste ano, com crescimento de 2,7% (675 mil novos beneficiários), a modalidade registrou sucessivas quedas mensais a partir de março, conforme mostra a Análise Especial da NAB “Impacto do isolamento social no número de adesões a planos exclusivamente odontológicos”.  A publicação verifica os números dos planos de saúde exclusivamente odontológicos entre os meses de fevereiro e julho de 2020 e mostra que houve redução de 600,7 mil beneficiários.

Essa queda foi maior entre as mulheres, com 2,5% vínculos a menos, em planos individuais (-6,2%), entre a faixa etária de 00 a 18 anos (-2,5%) e entre 19 a 58 anos (-2,5%) e titulares (-2,6%).

Conforme mostra a Análise, o número de cancelamentos de planos exclusivamente odontológicos permaneceu praticamente estável nos últimos 12 meses, com média de 856 mil antes do isolamento social e de 826 mil durante. Já o número de adesões caiu. Se antes do isolamento social, a média era de 1 milhão por mês, passou para 706 mil durante o isolamento. Ou seja, ao longo desse período, menos pessoas contrataram um plano exclusivamente odontológico.

E isso pode ser resultado da combinação de diferentes fatores. Houve tanto a queda de emprego e renda nesse cenário de pandemia quanto baixa adesão aos planos já que os pontos de venda estavam fechados e há o receio da população em função do momento de instabilidade.

A expectativa é que o segmento volte a crescer com o retorno gradual das atividades ao longo dos próximos meses, um sinal já observado pelo saldo positivo de 96,8 mil beneficiários entre junho e julho deste ano.

Nos últimos anos, o número de beneficiários odontológicos cresceu e bater recordes a cada ano e ainda há muito espaço para ampliar a cobertura nacional a longo prazo. Vale lembrar que apenas 12% da população brasileira possui um plano odontológico, o que é um pouco mais que a metade da taxa de cobertura dos planos médico-hospitalares, com 22,0%.

Acesse aqui a análise completa. Continuaremos trazendo novidades do setor. Fique ligado.

Setembro 2020
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Nós já mostramos aqui como o segmento de planos médico-hospitalares se comportou nos últimos meses com base na recente edição da NAB. Em três meses, essa modalidade registrou perda de mais de 250 mil beneficiários, o que equivale a uma queda de 0,5%. No total, o setor conta com 46,8 milhões de beneficiários, uma leve queda de 0,2% em relação a julho do ano passado.

Agora é a vez de explorar os dados do setor odontológico, um dos destaques do nosso boletim mensal. Entre 2016 e início de 2020, o setor de exclusivamente odontológicos sempre se manteve à parte da instabilidade nacional, com elevado ritmo de crescimento, ao contrário dos médico-hospitalares que está intimamente ligado às oscilações do mercado de trabalho formal. No entanto, como aprofundamento da crise econômico-sanitária, esse segmento também sente os impactos do atual momento.

Apesar de continuar em alta no período de 12 meses encerrado em julho deste ano, com crescimento de 2,7% (675 mil novos beneficiários), a modalidade registrou sucessivas quedas mensais a partir de março. Só entre abril e julho, o segmento perdeu aproximadamente 320 mil vínculos, ou seja, baixa de 1,2%.

No período de três meses, a maior queda foi registrada entre os planos coletivos. Essa categoria registrou diminuição de 1,3%, o que equivale a 275 mil beneficiários.

Recente publicação da Folha de S. Paulo abordou esse segmento de planos com entrevista de José Cechin, nosso superintendente executivo, e outros especialistas no setor. Diferentemente dos planos de assistência médica, que tiveram redução quase concentrada nos empresariais, a queda nos odontológicos também atingiu planos individuais.

Em entrevista à Folha, Marcos Novais, superintendente do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (Sinog), diz que, apesar de variações, a queda não tem paralelo em outros momentos. Segundo ele, esse tipo de plano tem características diferente dos convênios médicos, com preços menores (de R$ 18 a R$ 25), o que os preservou em momentos anteriores.

"Esses planos não sentiram tanto aquela crise de 2015,2017 [quando os planos de assistência médica perderam 3 milhões de usuários]. Ele até cresceu", afirma. "Mas agora sofremos um efeito diferente. As vendas não aconteceram. Por isso foi uma crise diferente, em que só víamos saída e não víamos entrada."

Veja aqui a reportagem

Acesse o boletim na íntegra

Agosto 2020
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Já falamos um pouco de como é fundamental que todos façam a sua parte neste delicado momento que atravessamos de pandemia pelo novo Coronavírus. E isso inclui indivíduos, empresas, entidades dos diferentes setores etc. Recentemente apresentamos alguns dados sobre o setor de saúde suplementar no cenário atual com base nos números divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Acesse aqui

Ainda nesse objetivo, a nossa publicação “O novo Coronavírus no Brasil e fatores de risco em beneficiários de planos de saúde” utiliza estatísticas nacionais para estimar a quantidade de beneficiários de planos de saúde com risco para a doença em todo o País. 

O Boletim Covid-19, da ANS, também apresentou informações sobre o fluxo de caixa das operadoras, por meio do movimento de entrada (recebimentos) e saída (pagamentos) de recursos, análise da inadimplência, evolução do índice de sinistralidade de caixa e outros dados.

Verificou-se que em julho houve aumento da sinistralidade, mas ainda abaixo do patamar histórico. Acredita-se que este indicador deve continuar abaixo do nível médio da série por conta do ciclo financeiro do setor (diferença de tempo entre a ocorrência do evento médico e o pagamento dos prestadores). O índice, apurado junto à amostra de 100 operadoras, passou de 60% em junho para 64% em julho.

Os dados relativos sobre inadimplência apontam que em julho, os percentuais continuaram próximos dos níveis históricos: nos planos individuais, foi registrado 11% de inadimplência em julho (no mês anterior foi registrado 10%), enquanto nos coletivos esse percentual ficou em 4% (em junho foi de 5%). Quando são analisadas todas as modalidades de contratação do plano, o percentual de inadimplência manteve-se inalterado de um mês a outro, ficando em 7%. Vale lembrar que esses números da Agência abrangem 101 operadoras.

A ANS também comentou sobre os encontros regionais que tem feito com operadoras de planos de saúde de pequeno e médio porte. De maneira geral, destacam dois fatores: pelo lado dos custos, uma redução observada em todo o mercado devido à baixa procura ou adiamento de atendimentos não relacionados à Covid-19; e, pelo lado da receita, o comportamento do beneficiário no sentido de evitar a inadimplência e preservar a manutenção do seu plano de saúde.

Seguiremos apresentando mais dados do boletim nos próximos dias. Você também pode acessá-lo na íntegra no site da agência.

Agosto 2020
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Nesse delicado momento para os setores de saúde em todo o mundo, é importante que cada um faça sua parte na batalha contra o novo Coronavírus de diferentes formas. Seja no atendimento direto aos pacientes, como os profissionais de saúde na linha de frente ou ainda na criação de pesquisas e dados acerca da doença. Foi com isso em mente que lançamento a publicação “O novo Coronavírus no Brasil e fatores de risco em beneficiários de planos de saúde” que utiliza estatísticas nacionais do número de óbitos e infectados para estimar a quantidade de beneficiários de planos de saúde com risco para a doença em todo o País.

Na última semana, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou os dados atualizados relativos ao monitoramento do setor de planos de saúde durante a pandemia do novo Coronavírus. A publicação apresenta informações coletadas até julho com uma amostra de operadoras. O objetivo é ter dados para o monitoramento da evolução de indicadores assistenciais e econômico-financeiros durante o período da pandemia e evoluindo na transparência do setor.

Ainda traz informações sobre atendimentos em Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico (SADT), que permitem uma análise da utilização de procedimentos eletivos fora do ambiente hospitalar. Os indicadores econômico-financeiros analisam a sinistralidade observada através do fluxo de caixa das operadoras - movimento de entrada (recebimentos) e saída (pagamentos) de recursos em um dado período.

Em julho, a taxa geral de ocupação geral de leitos (engloba leitos comuns e UTI) permaneceu estável em relação ao mês anterior (64% de ocupação, ante 62% em junho) e abaixo da taxa verificada no mesmo período do ano passado (74%). A taxa geral de ocupação dos leitos alocados para Covid-19 manteve o percentual de junho de 59%.

Quando comparado com junho, a quantidade de consultas em pronto-socorro que não geraram internações cresceu 20% em julho. O que ainda representa uma retomada ao nível de consultas que se observava em fevereiro, antes do início da pandemia de Covid-19. No entanto, mantém a tendência de recuperação gradativa que vem sendo verificada desde maio. O mesmo comportamento foi observado em relação às autorizações emitidas para realização de SADT, com crescimento de 22% em relação ao mês de junho. 

Seguiremos apresentando mais dados do boletim nos próximos dias. Você também pode acessá-lo na íntegra no site da agência.

Agosto 2020
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Desde que o novo Coronavírus chegou ao Brasil, uma série de cirurgias, consultas e exames foram cancelados ou adiados em função das medidas restritivas e do isolamento social. Para se ter uma ideia, em junho o Portal UOL mostrou que aproximadamente 70% das cirurgias foram suspensas no País, de acordo com dados do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.

À época, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo (SindHosp) projetava que o prejuízo de hospitais, clínicas e laboratórios chegaria aos R$ 18 bilhões —R$ 6 bilhões ao mês que os planos de saúde deixaram de repassar.

Recentemente, a Associação dos Hospitais Norte-Americanos (AHA) divulgou estimativa que aponta que nos EUA, os estabelecimentos de saúde deverão perder US$ 323 bilhões em receita em 2020 (aproximadamente 29% das receitas de 2019). Desse montante, US$ 203 bilhões consolidados no primeiro semestre do ano e US$ 120 projetados entre julho a dezembro.

Segundo os números da AHA, no primeiro semestre, os estabelecimentos de saúde tiveram um declínio médio de quase 20% no volume de internações e de 35% no de procedimentos ambulatoriais estimados para 2020. O que gerou uma perda de 1,4 milhão de empregos na saúde, dos quais 135 mil em hospitais, até o mês de abril de 2020.

André Medici, economista social e da saúde, se debruçou sobre esses e demais dados em artigo publicado no portal da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), no qual apresenta aspectos do setor estadunidense e ainda aponta as medidas e restrições em relação ao funcionamento dos hospitais.

“A superação da crise financeira dos hospitais tem sido vislumbrada através do uso de ferramentas de inteligência artificial para maior nível de controle das despesas, monitoramento dos contratos e cobrança por serviços. Estas ferramentas permitem rastrear espaços para a geração de receita, ganhos de eficiência, renegociação de contratos, interação com pacientes e estimativas de preços para serviços prestados pelas unidades”, aponta o especialista.

Algumas das questões colocadas pelo autor servem de reflexão e aprendizado para o cenário brasileiro. Confira aqui na íntegra.

Agosto 2020
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Todo o mundo e os mais diversos setores foram impactados pela pandemia do novo Coronavírus. Algumas áreas mais e outras menos. Alguns países mais e outros menos. E por diferentes motivos, circunstâncias, escolhas, características etc. O atual cenário gera muitas dúvidas e ainda é difícil fazer projeções para o futuro dos diferentes segmentos. O de saúde, claro, não poderia ser diferente, sendo diretamente afetado pelo atual momento.

A Covid-19 trouxe grandes mudanças ao setor de saúde e deverá aprofundar ainda mais algumas tendências que já eram observadas. Como mostramos aqui, esse cenário serviu para acelerar em algumas direções como a busca por mais atenção para as doenças crônicas não transmissíveis. Envelhecimento populacional, aumento da incidência e prevalência de doenças, hábitos de vida e alimentação e outros temas estão na pauta dos interesses e preocupações para agora e o pós pandemia.

Além disso, a reorganização da assistência, atualização de protocolos, cuidados com a força de trabalho, imagem da empresa. A parceria entre os setores, privado e público com a união de forças e conhecimentos também podem ser citados.

Ivana Maria Saes Busato, doutora em Odontologia, publicou um artigo recente no jornal Diário de Uberlândia no qual reflete sobre o setor após pandemia e quais os aprendizados deverão ser incorporados na rotina de serviços.

Para ela, é importante entender que a forma como as pessoas irão “consumir” saúde será diferente e os critérios de escolha dos serviços. “O atender tradicional, restrito às paredes dos serviços de saúde, exigirão mudanças na biossegurança, nos processos de trabalho, investimento na estrutura física, espaçamento dos atendimentos, a lógica da produção em escala não fará mais sentindo, por tudo isto, manter as estruturas custará mais caro”, aponta.

A reflexão vale, portanto, para o setor de saúde como um todo, seja ele público ou privado, médico-hospitalar ou odontológico, nos diferentes elos dessa cadeia de serviços. Uma outra questão, no entanto, vem à mente. O setor tem fôlego para se reinventar antes mesmo de chegar o “pós pandemia”? Continue nos acompanhando.

Acesse o artigo da doutora Ivana Maria na íntegra