Quem nos acompanha há um tempo, sabe que um dos temas que mais comentamos é sobre os modelos de remuneração no setor de saúde suplementar. A questão é crucial para o desenvolvimento do segmento e evita desperdícios e fraudes em toda a cadeia. Afinal, como já falamos aqui e em diversas outras oportunidades – em nossa Área Temática você pode ver todas rapidamente –, o fee-for-service, o modelo de pagamento mais adotado no Brasil, premia o desperdício ao remunerar por serviço executado e não por desfecho clínico.
Vale lembrar os dados da nossa publicação “Impacto das fraudes e dos desperdícios sobre gastos da Saúde Suplementar”. O estudo mostra que, só em 2017, quase R$28 bilhões dos gastos das operadoras médico-hospitalares do País com contas hospitalares e exames foram consumidos indevidamente por fraudes e desperdícios com procedimentos desnecessários.
É importante ver, portanto, que o setor tem se movimentado cada vez mais sobre a questão. A própria Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem buscado incentivar atualizações nos modelos. E com o Grupo Técnico (GT) de Remuneração que busca identificar, selecionar e acompanhar as operadoras de planos de saúde que já trabalhem ou que estejam implementando modelos de remuneração inovadores e baseados em valor.
E esse é o tema do nosso seminário “360º - Valor em Saúde: Ações práticas, integrativas e inovadoras”, que acontece na próxima terça-feira (01), a partir das 10h, apresentando iniciativas com bons resultados nesse tema:
- Accountable Care Organizations (ACO) de Especialidades – Desafios de implantação no Brasil – Amil
- Remuneração Baseada em Valor na Atenção Primária à Saúde: Novas Perspectivas e Desafios – CEMIG Saúde
- Remuneração Baseada em Valor NotreLife 50+ - Grupo NotreDame Intermédica
Na ocasião, também iremos apresentar os vencedores do X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar nas categorias Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde, Direito e Economia.
Quer saber mais sobre a cerimônia de entrega do Prêmio IESS e do “360º - Valor em Saúde: Ações práticas, integrativas e inovadoras”? Acesse agora, faça sua inscrição e continue acompanhando nosso blog! Estamos preparando um conteúdo especial para você.
A cerimônia de entrega da mais importante premiação de trabalhos acadêmicos com foco em saúde suplementar já está com data marcada. Reserve o dia 01 de dezembro para conhecer os vencedores do X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. Em virtude da pandemia da Covid-19, a série de encontros da Cerimônia de Entrega do X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar
Se você inscreveu seu trabalho de conclusão de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) nas áreas de Direito, Economia ou Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde, não perca esse evento e faça já a sua inscrição para receber nossos materiais.
Além do disputado certificado e da visibilidade deste reconhecido prêmio, o primeiro colocado de cada categoria recebe R$ 15 mil e o segundo, R$ 10 mil. Uma das grandes novidades deste ano é o reconhecimento do trabalho dos orientadores. Sendo assim, decidimos passar a premiar também estes profissionais por sua importância no desenvolvimento de pesquisas de excelência com R$ 3 mil para os orientadores dos trabalhos classificados em primeiro e segundo lugar. Com o aumento do valor e a quantia aos orientadores, a somatória dos prêmios saltou de R$ 45 mil para R$ 93 mil. Alta de 106,7%.
Além de apresentar os vencedores nas categorias Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde, Direito e Economia, também contaremos com o evento “360º - Valor em Saúde: Ações práticas, integrativas e inovadoras”. Na ocasião, traremos cases e iniciativas que priorizam a melhoria da atenção à saúde e, como consequência, a sustentabilidade do sistema, sempre tendo em mente o valor para o paciente.
Na histórica décima edição, o Prêmio IESS teve um novo marco que reforçou a relevância da iniciativa: esse é o terceiro ano consecutivo que a premiação bate o recorde de trabalhos inscritos. Em 2018 e 2019, a principal premiação do setor já havia superado todos os anos anteriores, marca ultrapassada agora em 2020.
Acesse aqui os detalhes e participe desse importante evento.
Já temos datas para apresentação dos vencedores da mais importante premiação de trabalhos acadêmicos com foco em saúde suplementar. Em virtude da pandemia da Covid-19, a série de encontros da Cerimônia de Entrega do X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar será totalmente virtual nos dias 01, 03, 08 e 11 de dezembro.
Além de apresentar os vencedores nas categorias Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde, Direito e Economia, também contaremos com o evento “360º - Valor em Saúde: Ações práticas, integrativas e inovadoras”, que contará com palestras e apresentações exclusivas. Também teremos o espaço dedicado para a apresentação dos pôsteres de trabalhos selecionados.
Na ocasião, traremos cases e iniciativas que priorizam a melhoria da atenção à saúde e, como consequência, a sustentabilidade do sistema, sempre tendo em mente o valor para o paciente. Quem nos acompanha há um tempo, sabe que um dos temas que mais comentamos é sobre os modelos de remuneração no setor de saúde suplementar. A questão é crucial para o desenvolvimento do segmento e evita desperdícios e fraudes em toda a cadeia – o que você pode ver rapidamente em nossa Área Temática.
Na histórica décima edição, o Prêmio IESS teve um novo marco que reforçou a relevância da iniciativa: esse é o terceiro ano consecutivo que a premiação bate o recorde de trabalhos inscritos. Em 2018 e 2019, a principal premiação do setor já havia superado todos os anos anteriores, marca ultrapassada agora em 2020.
Anote aí:
Cerimônia de anúncio dos vencedores e seminário Valor em Saúde
01/12 – Das 10h às 12h
Entrega do Prêmio na Categoria Promoção da Saúde e apresentação dos trabalhos vencedores
03/12 – Das 10h às 11h30
Entrega do Prêmio na Categoria Economia e apresentação dos trabalhos vencedores
08/12 – Das 10h às 11h30
Entrega do Prêmio na Categoria Direito e apresentação dos trabalhos vencedores
11/12 – Das 10h às 11h30
Quer saber mais sobre a cerimônia de entrega do Prêmio IESS e do evento? Continue acompanhando nosso blog! Estamos preparando um conteúdo especial para você. Quer conhecer os trabalhos vencedores de outras edições? Acesse agora http://www.iess.org.br/premio
O setor de planos exclusivamente odontológicos registrou crescimento de mais de 1 milhão de beneficiários no período de 12 meses encerrado em agosto deste ano. De acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), o segmento cresceu 4,1% na variação anual e conta com 25,8 milhões de pessoas.
O resultado foi fortemente impulsionado pela contratação de planos empresariais, especialmente no Sudeste do País. Entre agosto de 2020 e o mesmo mês do ano anterior, 1,1 milhão dos novos contratos são do tipo coletivo, seja empresarial ou por adesão. O que representa um avanço de 5,4%.
Essa é uma ótima notícia para o segmento. Entre 2016 e início de 2020, o setor se comportou de modo distinto aos da modalidade de médico-hospitalares durante os períodos de instabilidade nacional, registrando elevado ritmo de crescimento. Com o aprofundamento da crise econômico-sanitária do novo Coronavírus, passou a registrar sucessivas quedas mensais a partir de março deste ano.
Segundo o boletim do IESS, o crescimento foi puxado pela boa performance das seguradoras, entre os coletivos por adesão e pelos idosos, tanto na comparação trimestral quanto anual. No período de 12 meses encerrado em agosto, os vínculos com as seguradoras especializadas em saúde aumentaram em 37,5%, aproximadamente 592 mil novos contratos. Os coletivos por adesão tiveram aumento de 23,1%, com 514 mil vidas e, por fim, a faixa etária de 59 anos ou mais registrou crescimento de 223, 3 mil beneficiários, o que representa 11,8% a mais.
Vale lembrar, como apontamos aqui, que o setor de planos médico-hospitalares registrou alta de beneficiários pelo segundo mês consecutivo após sucessivas quedas em função da pandemia do novo Coronavírus. Com a leve retomada, o segmento passou a contar com 46,911 milhões de pessoas, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ainda inferior ao registrado no mês de março desde ano, quando ultrapassou a marca dos 47 milhões.
Você pode acessar o boletim completo aqui.
O nosso webinar desta semana também irá abordar a importância da odontologia para a gestão de saúde de modo integral. Veja aqui os detalhes e saiba como participar - https://www.iess.org.br/?p=eventos.
As inscrições para o X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar e também para a exibição de pôsteres de trabalhos científicos (inclusive de nível universitário) já estão abertas. Para este ano, a iniciativa passa a contar com ISSN, o que significa que a apresentação de estudos pode ser inserida no Currículo Lattes dos pesquisadores.
O espaço inaugurado há dois anos é uma oportunidade para pesquisadores apresentarem seus trabalhos na cerimônia de entrega do Prêmio, que acontecerá em dezembro, em São Paulo. A ação busca dar maior visibilidade para pesquisadores e trabalhos de graduação – que não concorrem aos prêmios principais – visando fomentar a produção entre as diferentes esferas do universo acadêmico.
Para apresentar um pouco desse importante iniciativa, entrevistamos Sarah Ramalho Rodrigues, que expôs seu “Estudo de preenchimento e utilização de campo CID-10 relacionados à diabetes, hipoglicemia e intoxicação por hipoglicemiantes na saúde suplementar do Brasil” na cerimônia de premiação em 2018.
Com graduação em Farmácia, Sarah fez Mestrado Profissional Interprofissional Interunidades e nos contou um pouco sobre seu trabalho desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP). Veja abaixo.
Se pretende inscrever um pôster, veja aqui algumas dicas, leia o regulamento e faça sua inscrição por meio do formulário.
Blog do IESS - Como você vê a pesquisa acadêmica com foco em saúde suplementar no Brasil hoje?
Embora ela seja muito necessária, ainda é limitada a alguns espaços. O acesso aos dados ainda é difícil. Eu consegui porque trabalhei em uma empresa da área, diretamente relacionada com a análise de faturamento de contas médicas. E mesmo assim com uma série de requisitos para obter acesso. Ou seja, não são todos os pesquisadores que conseguem permissão para analisar esse tipo de informação.
Acredito que a pesquisa e produção deve se ampliar daqui pra frente, até mesmo por ser um segmento ainda carente de regulação para algumas questões.
Blog do IESS - Seu trabalho pesquisa a padronização e utilização de CID’s de eventos adversos relacionados a diabetes, hipoglicemia e intoxicação por hipoglicemiantes a partir da análise dos registros de contas médicas. Quais os resultados?
Contatamos algo que está bem no centro do debate hoje em dia em função da pandemia ed Coronavírus que é a subnotificação. O preenchimento ainda é muito falho por diversos motivos. O registro de dados de pacientes é um assunto de grande debate no setor e, agora, mais do que nunca. Como lidar com os dados de saúde? Como eles serão utilizados? O que se amplifica tendo em vista a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que tem gerado movimentação em diversos setores.
E o debate é ainda maior, envolve desde a forma como é feito o pagamento do médico, a auditoria dessa conta e seus impactos. Há, por exemplo, campos de preenchimento não obrigatórios e o profissional nem sempre preenche. Isso é diferente em alguns outros países.
A própria característica da prática médica no Brasil é diferente de outros lugares no mundo.
Concluímos que se pode utilizar a base de dados de faturamento para a realização de monitoramento de eventos adversos, mas que há uma subnotificação grave no preenchimento e relato dos dados.
Blog do IESS - Você planeja avançar nessa pesquisa? Quais os próximos passos?
A ideia é expandir para uma base maior de contas médicas, como a do SUS. Mas, para isso, também é preciso uma melhor participação do setor como um todo, da indústria, por exemplo.A maior colaboração dos demais envolvidos na estrutura do sistema de saúde eleva as discussões. Fazer todos esses players conversarem ainda é um grande desafio para o setor como um todo.Esse cenário de pandemia pode servir como um momento de reflexão para o segmento.
As inscrições para a mais importante premiação de trabalhos acadêmicos com foco em saúde suplementar, o Prêmio IESS, acabam hoje à meia noite e não haverá prorrogação!
Então, se você tem um trabalho de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) com foco em saúde suplementar, nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde e Qualidade de Vida e Gestão em Saúde capaz de ajudar no aperfeiçoamento do setor, não perca essa chance. Confira o regulamento e se inscreva gratuitamente.
Os dois melhores trabalhos de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados, que serão entregues em cerimônia de premiação que acontece dia 11 de dezembro na cidade de São Paulo.
Além disso, o prazo para a inscrição de pôsteres durante o evento também acaba hoje. Vale lembrar, para os pôsteres, não há limite de trabalho por autor e nem a necessidade de vinculação à instituição de ensino.
Continue acompanhando o nosso blog para as novidades sobre a cerimônia de entrega, as palestras e debates que teremos na ocasião.
O prazo para inscrições na mais importante premiação de trabalhos acadêmicos com foco em saúde suplementar, o Prêmio IESS, está acabando e não teremos novas prorrogações. Até 15 de outubro, contudo, há tempo de inscrever seu trabalho e ajudar a criar novas bases para o desenvolvimento do setor.
Está com dúvidas? Não sabe direito qual a relevância do Prêmio IESS? Então confira a opinião do presidente da Comissão de Saúde Suplementar da seccional Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) e avaliador da categoria Direito do Prêmio IESS, Luiz Felipe Conde.
Blog do IESS – Qual a importância do Prêmio IESS para o mercado?
Luiz Felipe Conde – Estamos na 9° edição do Prêmio e ele tem, cada vez mais, revelado talentos e produções que engrandecem a academia de saúde suplementar. Estamos formando uma literatura de saúde suplementar, quer seja no campo jurídico, econômico ou no de atenção e gestão.
É preciso notar que o País ainda conta com poucos centros acadêmicos focados nestes temas. O que acaba fazendo com que a produção acadêmica com foco em saúde suplementar também não tenha um volume tão grande quanto julgamos adequado. O Prêmio IESS tem estimulado a produção de conteúdo nessas áreas e acredito que é isso que torna essa iniciativa tão importante.
O Prêmio IESS está levando a pesquisa acadêmica com foco em saúde suplementar à idade da razão.
Blog – E para os pesquisadores, qual a importância desta iniciativa?
Conde – O Prêmio dá uma grande visibilidade aos vencedores, seja aos 1° colocados, 2° ou àqueles que recebem uma menção honrosa. Quem alcança uma dessas láureas é erigido a um patamar diferenciado. O mercado e a academia já reconhecem isso.
Então, o laureado recebe uma publicidade e uma mídia espontânea ao vencer o Prêmio que é muito importante para sua carreira, seja para continuar na academia ou para avançar com outros projetos.
Se você fizer uma retrospectiva, todos os vencedores do Prêmio se destacaram em suas áreas nos anos seguintes à premiação.
Blog – Um diferencial dos trabalhos vencedores é analisar questões muito importantes para o futuro do mercado, sugerindo opções para lidar com problemas atuais. Nesse sentido, que temas você espera ver nas próximas edições do Prêmio IESS?
Conde – A Lei da Liberdade Econômica, recém aprovada, introduz uma série de mudanças no mercado nacional e precisamos entender quais as relações que a nova legislação irá modificar no arcabouço regulatório do setor de saúde. Quais serão os efeitos da nova lei?
Especialmente, como se converge a questão da liberdade econômica com uma regulação excessiva como a que existe na saúde suplementar?
Claro que ninguém terá tempo de avaliar essa questão para o Prêmio deste ano, mas para o próximo, certamente é um assunto que espero ver bastante explorado. Outro tema importantíssimo é a nova Lei Geral de Proteção de Dados, que entra em vigor em agosto de 2020.
Eu acredito que muitas das respostas que o mercado está ansioso por obter com relação a estes assuntos virão de trabalhos vencedores no Prêmio IESS.
E então, se resolveu? Não perca mais tempo. Consulte o regulamento e inscreva-se agora!
O prazo para inscrições no IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar está acabando – há só mais 10 dias! – e, tanto para demonstrar a importância da iniciativa quanto para estimular a produção acadêmica no setor, temos publicado entrevistas com alguns dos vencedores de edições passadas. Hoje, contudo, entrevistamos um dos avaliadores: Alberto Ogata, conselheiro da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), presidente da International Association for Worksite Health Promotion (IAWHP - Associação Internacional de Promoção da Saúde no Ambiente de Trabalho) e responsável por julgar os trabalhos inscritos na categoria Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde.
Em nossa conversa, Ogata ponderou a importância do Prêmio para o mercado de saúde brasileiro e para os pesquisadores fazendo pós-graduação, além de apontar temas que, na opinião dele, devem entrar no radar de estudiosos e gestores do setor.
Confira.
Blog do IESS – Como você vê a pesquisa acadêmica com foco em saúde suplementar no Brasil hoje?
Alberto Ogata – A saúde suplementar tem assumido uma importância cada vez maior no sistema de saúde brasileiro. Apesar disso, ainda hoje se sente uma carência de estudos acadêmicos brasileiros bem feitos com foco nesse setor. Claro, essa carência é muito menor do que já foi no passado e eu acredito que um fator preponderante para tanto é o Prêmio IESS, que está estimulando a produção nesse campo em todo País e ajudando a preencher uma importante lacuna.
Blog – Ainda que falte quantidade de estudos no setor, como você avalia a qualidade dos que são produzidos?
Ogata – Muitos dos estudos premiados pelo IESS tiveram enorme repercussão no sistema de saúde nacional, influenciando tanto a tomada de decisão quanto a formulação de políticas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) quanto a formatação de programas de Operadoras de Planos de Saúde (OPS) ou mesmo a prática de profissionais da área.
Eu acredito que o IESS traz uma enorme contribuição para o Brasil com a manutenção desse Prêmio já por quase uma década.
Blog – E para os pesquisadores, qual a importância desta iniciativa?
Ogata – O Prêmio IESS é único. Ele realmente apresenta uma oportunidade enorme para os pesquisadores de nosso País divulgarem seus trabalhos acadêmicos.
E mais do que isso. Como o Prêmio tem essa capacidade de ligar o que se produz no campo acadêmico com o dia a dia das organizações, o pesquisador sente que seu trabalho é importante e faz diferença para o futuro do setor. É um estímulo muito importante.
Blog – Como garantir que essa ligação continue existindo e gerando interesse dos dois lados?
Ogata – O grande diferencial do Prêmio IESS é que ele não é oferecido por uma instituição acadêmica. O Instituto tem a natureza de fazer estudos aplicados para a realidade de mercado. O Prêmio é a tradução desse espírito, dessa missão, aplicado à pesquisa acadêmica.
Para assegurar que essa conexão entre a prática das operadoras e a produção acadêmica permaneça afiada, há um trabalho que começa com o regulamento da premiação, mas que se estende até a avaliação dos trabalhos.
É comum que pesquisas acadêmicas estejam muito focadas nas questões metodológicas e não na sua aplicação prática. Mas aqui, na avaliação do Prêmio IESS, um aspecto muito considerado é a possibilidade de adoção e utilização do estudo dentro do sistema de saúde suplementar. É nítida a relação entre a prática e a teoria nos estudos submetidos ao Prêmio. Certamente, as questões metodológicas têm muita relevância e são fundamentais para garantir a qualidade do trabalho, então é necessária uma sintonia muito fina.
Blog – Pensando nessa ligação entre o mercado e a academia, quais temas você espera ver nas próximas edições do Prêmio IESS?
Ogata – Ao longo do tempo, temos observado vários estudos relacionados à saúde populacional, modelos de cuidado e de remuneração. O que não deve mudar pois esses são assuntos muito caros ao setor e que ainda precisam de aperfeiçoamento. Mas acredito que outro assunto que precisamos debater é como aumentar o acesso da população aos serviços de saúde e qual a função da telemedicina, big data e machine learning nesse processo
O prazo para inscrições no IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar acaba em 30 dias, em 13 de setembro. A mais importante premiação de trabalhos de pós-graduação com foco no setor irá conceder R$ 45 mil em prêmios aos melhores estudos de três categorias: Economia; Direito; e Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde. São R$ 10 mil a cada um dos primeiros colocados e, R$ 5 mil para os segundos.
Não perca tempo! Veja o regulamento e inscreva-se agora.
Já na nona edição, o Prêmio IESS é uma importante ferramenta para ligar a academia e a produção de conhecimento técnico intrínseco a este ambiente ao processo de gestão do setor e àqueles responsáveis por tomar decisões, motivando, inclusive, a elaboração de políticas nas Operadoras de Planos de Saúde (OPS) e na própria Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Além do reconhecimento no mercado, também há um reconhecimento das instituições de ensino, que têm uma disputa saudável para permanecer no topo da lista de vencedores. Hoje, liderada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com nove trabalhos laureados. No segundo lugar aparece a Fundação Getulio Vargas (FGV), com 8 premiações (6 para a FGV-SP e 2 para a FGV-RJ); e, em terceiro, a Universidade de São Paulo (USP), com 6 trabalhos vencedores. Confira a lista completa.
Claro, vale lembrar que a avaliação é imparcial. Os trabalhos são entregues para os avaliadores sem qualquer indicação de autor, orientador ou entidade, para evitar conflitos de interesse e manter o foco na qualidade técnica do estudo desenvolvido. Independentemente das instituições em que os trabalhos vencedores deste ano estão sendo conduzidos ou de como essa lista irá se alterar, não nos resta dúvida que a grande vencedora da competição é a saúde suplementar.
Além de concorrer ao Prêmio IESS, pesquisadores (de graduação e pós-graduação) e empresas também podem se inscrever (relembrando, até 13 de setembro) para a exibição de pôsteres de trabalhos e artigos. Uma oportunidade para trocar conhecimento e contato entre gestores e acadêmicos.
Divulgamos, hoje (12/12), os vencedores do VIII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. A premiação destacou os melhores trabalhos acadêmicos com foco em saúde suplementar no Brasil durante o seminário “Decisões na Saúde - Cuidados Paliativos e Nat-Jus: Iniciativas da Medicina e do Direito que geram segurança ao paciente e sustentabilidade ao sistema”, em São Paulo.
O evento desse ano também marcou a mudança de formato com a apresentação de pôsteres de trabalho, inclusive de graduação. A iniciativa possibilita o contato de especialistas com novos pesquisadores da área, auxiliando na melhoria e aprofundamento dos trabalhos e, consequentemente, no aperfeiçoamento da saúde suplementar no País.
O Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar tem como objetivo incentivar a pesquisa e valorizar estudos com qualidade técnica e que contribuem para a melhoria do setor. São premiados os dois melhores trabalhos de conclusão de cursos de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) nas três categorias que compõem o prêmio: Economia; Direito; e, Promoção de Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde.
Na categoria Promoção de Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde, o grande vencedor foi Jorge Aguiar De Andrade Neto com o trabalho “Os desafios da interoperabilidade em operadoras de medicina de grupo, nas percepções dos médicos assistentes, gestores de unidade de atendimento assistencial e gestores de TI”, apresentado no mestrado da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV). O segundo lugar ficou com Gabriela Herrmann Cibeira, que desenvolveu o “Estudo epidemiológico de estilo de vida e fatores de risco cardiovascular de trabalhadores da indústria brasileira” para o Programa de Pós-Graduação em Medicina Cardiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A pesquisa vencedora na categoria Economia foi “A regulação como propulsora de práticas de controle interno na saúde suplementar”, de Marília Augusta Raulino Jácome, do Mestrado no Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Já a segunda colocação foi conquistada por Lucas Manoel Marques Clemente, do Mestrado na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) com o trabalho “Práticas administrativas para a sustentabilidade financeira de operadoras de planos de saúde médico-hospitalares: um estudo de múltiplos casos”.
Na categoria Direito, José Maria dos Santos Junior conquistou a primeira colocação com “O debate da qualidade regulatória em saúde suplementar a partir da implementação da metodologia de análise de impacto regulatório”, dissertação de Mestrado apresentada na Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF). O segundo lugar ficou com Antonio José Accetta Vianna, do MBA da Universidade Católica de Petrópolis, com a pesquisa “A saúde suplementar e a cobertura de medicamentos sem registro na Anvisa”.
A programação do seminário “Decisões na Saúde” também contou com as palestras especiais “O papel do Núcleo de Apoio Técnico na tomada de decisões do Poder Judiciário em controvérsias do setor de saúde”, da Dra. Luciana da Veiga Oliveira, coordenadora do Comitê Executivo da Saúde do NAT-JUS do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), e “Cuidados paliativos e dignidade humana na era da máxima tecnologia na saúde”, apresentada pelo Dr. Daniel Neves Forte, presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos.