Considerada uma preocupação mundial, a alta taxa de geração de lixo, bem como a sua destinação, é sempre foco de discussão em todo o mundo. Os resíduos ligados a saúde, no entanto, necessitam de atenção especial, já que depois dos radioativos, são considerados o segundo mais perigoso do mundo aponta uma das publicações contidas na primeira edição de 2022 do Boletim Científico do IESS.
A pandemia da Covid-19 causou aumento significativo nas internações e, consequentemente, de geração de resíduos sólidos de serviços de saúde – um paciente pode gerar cerca de 3,4 kg de resíduos por dia. O estudo tem como objetivo investigar as estratégias e práticas de gestão desse tipo de resíduo em diferentes países a partir de diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e procura explorar os desafios no gerenciamento de resíduos relacionados a pandemia no ano de 2020.
Dados da publicação revelam, por exemplo, aumento de 600% no volume de resíduos em Hubei, na China (de 40 para 240 toneladas/ano), situação que sobrecarregou a infraestrutura de transporte e descarte existente. A mesma tendência foi observada na França e Holanda que registraram aumento de 40% para 50% e 45% para 50%, respectivamente.
Os resíduos são produzidos principalmente por hospitais, unidades de atenção primária, laboratórios, necrotérios, centros de autópsia, bancos de sangue, entre outros. O estudo
foi conduzido pelos pesquisadores Atanu KumarDas, Md. Nazrul Islam, Md Morsaline Billah, Assim Sarker.