A cada 6 beneficiários de planos de saúde, 1 é obeso. De acordo com o Vigitel Saúde Suplementar, em 2016, 17,7% dos brasileiros com plano de saúde eram obesos, ou seja, apresentaram índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30kg/m². A prevalência da condição é maior entre os homens que contam com o benefício do que entre as mulheres. No total, 18,7% dos homens beneficiários de plano de saúde estão obesos enquanto, entre as mulheres, a proporção é de 17%.
Apesar de os números serem alarmantes, a proporção de obesos entre os beneficiários de planos de saúde ainda é menor do que a encontrada no total dos brasileiros. Como já mostramos aqui no Blog, também em 2016, 1 a cada 5 brasileiros tinha IMC igual ou superior a 30 kg/m².
O que mais chama a atenção, contudo, é que, apesar de menor que a média da população brasileira, a prevalência de obesidade entre os beneficiários de planos de saúde tem aumentado consideravelmente. Entre os homens, a prevalência da obesidade subiu de 14,2%, em 2008, para 18,7% em 2016. Um aumento de 4,5 pontos porcentuais (p.p.). Já entre as mulheres, a prevalência avançou ainda mais: 5,8 p.p.. A prevalência da obesidade entre as beneficiárias de planos de saúde avançou de 11,2%, em 2008, para 17% em 2016.
O Vigitel Saúde Suplementar ainda aponta que, entre os beneficiários de planos de saúde, 53,7% estão com sobrepeso, que é caracterizado por IMC maior ou igual a 25 kg/m².
Seguiremos apresentando os dados do Vigitel Saúde Suplementar em nossas próximas publicações. Continue acompanhando e conheça mais o perfil da saúde no país.
Diversos fatores e hábitos impactam diretamente na saúde da população e preocupam órgãos responsáveis, tomadores de decisões e os variados participantes dos setores de saúde em todo o mundo. Envelhecimento populacional, aumento da incidência e prevalência de doenças crônicas, hábitos de vida e alimentação e outros temas estão na pauta dos interesses e preocupações dos principais atores da área.
É com este objetivo que o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acabam de divulgar a pesquisa Vigitel Brasil 2016 - Saúde Suplementar que traz dados sobre os diferentes hábitos dos beneficiários de planos de saúde. Entre eles, informações sobre consumo de alimentos e bebidas alcoólicas, prática de atividades físicas, obesidade e excesso de peso, exames e diagnósticos médicos, entre outros.
O dado alarmante desta nova edição é sobre o número de indivíduos com excesso de peso e obesidade entre os beneficiários de planos de saúde. Segundo o levantamento, a proporção de beneficiários adultos com sobrepeso vem aumentando desde 2008, quando foi realizado a primeira pesquisa: passou de 46,5% para 53,7%. O número de obesos também acompanhou a evolução preocupante, passando de 12,5% em 2008 para 17,7% em 2016.
Este é um dos temas mais recorrentes em nosso blog. No Brasil, uma em cada cinco pessoas está acima do peso e a prevalência da obesidade saltou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016, segundo dados do Ministério da Saúde que alertamos aqui.
Claro que nem todos os números são negativos, como a queda no número de fumantes e de pessoas inativas no país. Esses dados serão apresentados aqui nos próximos dias. Como já dissemos em diferentes momentos e temos como objetivo em nossos estudos e divulgações, iniciativas como a publicação do Vigitel e o monitoramento da saúde no país são de fundamental importância para se pensar ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, bem como de políticas voltadas para a qualidade de vida dos beneficiários de planos de saúde.
Continue acompanhando nosso blog para conhecer ainda mais os dados do Vigitel Brasil 2016 - Saúde Suplementar.
Má alimentação, atividades físicas inadequadas e sedentarismo são fatores determinantes para excesso de peso e obesidade. Como já apontamos aqui, há uma série de fatores que influenciam nos hábitos de vida, alimentares e de consumo. Além disso, eses comportamentos também resultam em doenças crônicas se não houver acompanhamento médico adequado.
Como já alertamos em diferentes momentos, a incidência e prevalência de doenças crônicas tem aumentado nas últimas décadas em todo o mundo por conta de diferentes razões. O estudo Physical Activity and Sedentary Behaviours: Analysis of trends, inequalities and clustering in selected OECD countries (Dieta, Atividade Física e comportamentos sedentários: análise de tendências, desigualdades e agrupamento em países da OCDE selecionados), publicado na 21ª edição do Boletim Científico analisa o perfil e a rotina das pessoas que fazem parte deste grupo a fim de oferecer condições para melhorar a saúde desses indivíduos.
O trabalho foi conduzido por meio de dados disponíveis de outras pesquisas e também de entrevistas individuais sobre o estado de saúde, e revelou que o consumo de frutas e vegetais é baixo nos onze países selecionados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - raramente atinge 40% do consumo individual. Entretanto, a qualidade da dieta pode ser melhorada já que Chile e Espanha apresentam bons resultados neste quesito.
Quanto à frequência das atividades físicas, mais de 50% dos indivíduos analisados alcançaram o objetivo proposto pela Organização Mundial da Saúde. Um resultado chama a atenção na pesquisa: as desigualdades na educação e no status socioeconômico ficaram evidentes para todos os comportamentos de saúde analisados. Aqueles que possuem nível socioeconômico superior têm alimentação mais saudável e rotina de exercícios adequada para o dia a dia.
Portanto, fica clara a necessidade de políticas e ações voltadas especificamente para populações de baixa renda para a garantia de promoção e prevenção de saúde a todos os indivíduos.
Em breve, abordaremos outros trabalhos da 21º edição do Boletim Científico. Fique ligado!
Acabamos de disponibilizar a 20º edição do “Boletim Científico IESS”, publicação periódica voltada para pesquisadores, acadêmicos, gestores e outros profissionais da área de saúde. A nova publicação traz os principais estudos científicos, nacionais e internacionais, publicadas no quarto bimestre deste ano sobre saúde, tecnologia, economia e gestão no setor de saúde suplementar.
O boletim traz atualizações, casos e ferramentas para auxiliar pesquisadores e gestores da saúde suplementar sobre os principais estudos publicados no bimestre. A nova edição apresenta trabalhos relacionados a cuidados de baixo valor e cuidados inadequados, aos modelos de pagamento, obesidade e sobrepeso, medicamentos e outros temas.
Entre eles, os destaques são “Intervenções para reduzir o uso de serviços de saúde de baixo valor: uma revisão sistemática”, que repercute a eficácia das intervenções para reduzir os cuidados de baixo valor, na seção de Economia&Gestão; e, em Saúde&Tecnologia, o estudo “Efeitos do sobrepeso e da obesidade na saúde em 195 países durante 25 anos” aponta que a prevalência de sobrepeso e obesidade está aumentando em todo o mundo.
Nos próximos dias, aqui no blog, vamos analisar esses e outros destaques dessa edição.
Como já falamos em diferentes momentos aqui no blog, a obesidade é um dos grandes perigos modernos e já é considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde. Exatamente por isto, hoje, 11 de outubro, é o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. Uma importante forma de prevenir a obesidade é a adoção de hábitos de vida saudável, e a pesquisa IESS/Ibope mostra distintas características sobre os hábitos de vida de beneficiários e não beneficiários de planos.
Segundo a pesquisa, ainda é grande a resistência dos brasileiros em seguir as recomendações do médico quanto a hábitos de vida (como alimentação e exercícios). Quando comparados os números de 2015 e 2017, percebe-se que pouco mudou sobre isto dentre os não beneficiários de planos de saúde: em 2015, 43% dos entrevistados disseram que sempre seguem a recomendação quanto a hábitos de vida saudável, 43% dizem que seguem às vezes e 14%, nunca seguem. Já em 2017, caiu o número dos que afirmam sempre seguir as recomendações médicas (40%) e avançou o total dos não beneficiários que às vezes seguem as recomendações (46%). Já a proporção dos que nunca seguem as recomendações médicas se manteve estável em 14%. Entre os beneficiários de planos de saúde, os números apresentam leve diferença: O total de beneficiários que sempre seguem as recomendações caiu de 42% para 40%; o total dos que às vezes seguem as recomendações avançou de 48% para 52%; e, os que nunca as seguem caiu de 10% para 8%.
Mesmo que os beneficiários de planos de saúde sigam um pouco mais as recomendações do médico quanto aos hábitos de vida saudável, ainda é necessária uma mudança de postura entre todos os brasileiros. Pequenas mudanças na rotina, como, por exemplo, a prática de atividade física regular e melhores hábitos alimentares, impactam diretamente na luta contra a obesidade. No Brasil, uma em cada cinco pessoas está acima do peso e a prevalência da obesidade saltou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016, segundo dados do Ministério da Saúde.
Vale ressaltar que hábitos mais saudáveis impactam diretamente não só na saúde de cada indivíduo, mas também para a sustentabilidade do setor de saúde. Prevenção e promoção de saúde são pilares fundamentais para a redução de procedimentos mais complexos e emergenciais, muito mais caros e de maior risco para o paciente.
Como já falamos anteriormente, aqui no blog, a obesidade é um problema mundial. O estudo Fardo Global das Doenças (GBD, na sigla em inglês), do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME) da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, aponta que cerca de 2,2 bilhões de pessoas, ou 30% da população mundial, estavam com sobrepeso ou eram obesas em 2015.
Os dados, publicados recentemente no New England Journal of Medicine, foram coletados em mais de 195 países e territórios ao longo de 30 anos e revelam que 603 milhões de adultos e 107 milhões de crianças se encontram no quadro de obesidade. O que equivale a 12% da população adulta e 5% das crianças.
Ainda segundo o estudo, em 73 nações, os índices de obesidade mais que dobraram entre 1980 a 2015.
No Brasil, também segundo o GBD, os índices de obesidade triplicaram entre as crianças e jovens. A prevalência de obesidade entre as crianças e jovens subiu de 2,3%, em 1980, para 8,6%, em 2015; já o sobrepeso avançou de 8,8% para 16,5%, no mesmo período. Entre os adultos, a obesidade passou de 8,7%, em 1980, para 22,6%, em 2015; enquanto a taxa de sobrepeso avançou de 25,7% para 35,2%.
No total, em 2015, 57% dos brasileiros estavam acima do peso ou obesos. Números que reforçam o sinal de alerta que já acendemos, aqui,quando publicamos o estudo especial “Evolução da obesidade no Brasil”, e indicam que o setor precisa repensar os programas de promoção da saúde com foco em hábitos mais saudáveis, principalmente quando esses números envolvem crianças.
A cirurgia bariátrica, como já temos apontado há algum tempo, não pode ser somente estética, já que há uma série de riscos relacionados ao procedimento.
Contudo, ao longo da última década, a quantidade de cirurgias desse tipo aumentou significativamente e já ultrapassa a marca de 88 mil cirurgias por ano apenas no Brasil. Como também já mostramos aqui no Blog.
O estudo "Aggressive clinical approach to obesity improves metabolic and clinical outcomes and can prevent bariatric surgery: a single center experience", publicado na última edição do Boletim Científico com o título “Abordagem clínica agressiva à obesidade melhora os resultados metabólicos e clínicos e pode prevenir a cirurgia bariátrica: uma experiência única no centro”, indica que esse aumento é resultado, principalmente, de intervenções clínicas mal sucedidas na perda de peso.
Os resultados do trabalho indicam, ainda, que 93% das cirurgias bariátricas poderiam ser evitadas se as intervenções clínicas fossem bem feitas. O que não acontece, segundo os pesquisadores, por seis motivos: os medicamentos anti obesidade são tipicamente administrados como monoterapia, mesmo sabendo que nenhum dos medicamentos disponíveis hoje no mercado pode conseguir mais do que 10% da meta de perda de peso; a farmacoterapia não é efetivamente combinada a outras intervenções, como a psicoterapia, vigilância e dieta intensiva; curta duração da farmacoterapia; falta de estratégias para manutenção de perda de peso; mal entendimento da complexa fisiopatológica da obesidade; e sub prescrição dos medicamentos contra a obesidade (o estudo aponta que apenas 2% dos pacientes com IMC superior a 30kg/m² receberam medicação contra obesidade).
Para corrigir essa situação e reduzir o total de cirurgias bariátricas – que, novamente, constituem um tratamento efetivo contra obesidade, mas que deve ser empregado apenas como última alternativa –, os pesquisadores sugeriram uma abordagem mais “agressiva”, corrigindo as falhas usualmente detectadas na abordagem clínica. Os resultados, após dois anos de acompanhamento com pacientes que apresentavam obesidade entre moderada e severa, mostram melhoras significativas, como a perda de 20% da massa corporal por quase três quartos (74,4%) dos pacientes. O que indica que a abordagem clínica intensiva proposta neste trabalho para o tratamento da obesidade pode ser uma alternativa eficaz à cirurgia bariátrica.
Se você se interessa pelo assunto, não deixe de ler, também, o Estudo Especial “Evolução da obesidade no Brasil” e o TD 59 – “Impactos da cirurgia bariátrica”.
Mais da metade dos beneficiários de planos de saúde tem excesso de peso. De acordo com dados do Vigitel Saúde Suplementar de 2015, os mais atuais disponíveis, 52,3% dos beneficiários de planos de saúde têm Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 25kg/m². Em comparação com 2008, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez com esse foco e 46,5% dos beneficiários encontravam-se nessa situação, houve aumento de 3,8 pontos porcentuais (p.p.).
Ainda de acordo com a pesquisa, no mesmo período, também subiu o total de beneficiários considerados obesos (aqueles com IMC maior ou igual a 30kg/m²), de 12,5% para 17%. Sendo que o porcentual é ligeiramente maior entre os homens (18%) e menor entre as mulheres (16,2%).
Os números reforçam o sinal de alerta que acendemos ano passado, aqui no Blog, quando publicamos o estudo especial “Evolução da obesidade no Brasil”, e indicam que o setor precisa repensar os programas de promoção da saúde com foco em hábitos mais saudáveis. Afinal, a obesidade, considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), está relacionada a problemas como hipertensão, intolerância à glicose, elevados níveis de lipídios (colesterol, hipertrigliceridemia isolada, tricliceris etc.), doenças cardiovasculares (como o acidente vascular cerebral), diabetes, osteoartrite e alguns tipos de câncer (endometrial, de mama e cólon).
Uma doença que exige atenção cada vez maior e seu tratamento deve passar por uma reeducação além de poder envolver a utilização de drogas moderadoras de apetite, por exemplo, antes de chegar a realização da cirurgia bariátrica. Um recurso efetivo para combater a doença, mas como última opção, não como primeira. Que é o vem acontecendo no Brasil. Principalmente porque, como mostra o TD 59 “Impactos da cirurgia bariátrica”, também já apontamos aqui, há uma série de riscos envolvidos nesta operação.
Desde a divulgação dos novos estudos do IESS (o Estudo Especial “Evolução da obesidade no Brasil” e o TD 59 “Impactos da cirurgia bariátrica”), que relatam o crescimento da população obesa e do número de cirurgias bariátricas no Brasil, temos alertado sobre o uso excessivo desse procedimento cirúrgico. Claro que ele é efetivo para o combate da doença, classificada como epidemia pela OMS, mas muitas vezes tem sido realizado à revelia dos critérios para determinar quem pode ou não ser operado. Em grande parte pela falta de respeito a esses critérios, hoje, o Brasil já é o segundo País com o maior número dessas intervenções realizadas por ano, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2015, foram realizadas 93,5 mil cirurgias aqui, contra 140 mil, lá.
O procedimento não pode ser encarado simplesmente como estético. Antes de se submeter à cirurgia, de acordo com as normas do Ministério da Saúde, o paciente deve se enquadrar em uma das seguintes condições:
- IMC superior a 50 kg/m²;
- IMC superior a 40 kg/m² sem sucesso em tratamento clínico por ao menos 2 anos; ou
- IMC superior a 35 kg/m² com comorbidades como alto risco cardiovascular, Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica etc. que não tenham obtido sucesso em tratamento clínico por ao menos 2 anos.
Além disso, não é recomendado fazer a cirurgia nos seguintes casos:
- Limitação intelectual significativa em pacientes sem suporte familiar adequado;
- Quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso de álcool ou drogas ilícitas; no entanto, quadros psiquiátricos graves sob controle não são contra indicativos obrigatórios à cirurgia;
- Doença cardiopulmonar grave e descompensada que influenciem a relação risco-benefício;
- Hipertensão portal, com varizes esofagogástricas; doenças imunológicas ou inflamatórias do trato digestivo superior que venham a predispor o indivíduo a sangramento digestivo ou outras condições de risco; e
- Síndrome de Cushing (hipercortisolismo) decorrente de hiperplasia na suprarrenal não tratada e tumores endócrinos.
Claro que o procedimento tem pontos positivos, mas a falta de respeito a esses critérios tem posto em risco a vida de pacientes. Além de uma série de complicações associadas ao procedimento, 4,6% das pessoas submetidas à cirurgia bariátrica morrem em até um ano após a operação por decorrência de problemas relacionados a intervenção.
Os riscos relacionados à cirurgia bariátrica são, também, o foco do estudo Vencedor da categoria Promoção da Saúde e Qualidade de Vida do IV Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar (edição 2014): “Impacto da Cirurgia Bariátrica, em médio prazo, na utilização de serviços de saúde, morbi-mortalidade e custo com atenção médica”, que constata que metade dos casos de óbito pós-cirurgia bariátrica estão relacionados à cirurgia. A autora, Silvana Kelles, acompanhou mais de 4 mil pacientes em Minas Gerais e identificou que as admissões hospitalares aumentaram consistentemente após a cirurgia, saltando de 9,74 admissões hospitalares por 1.000 pacientes-ano antes da cirurgia para 16,21 admissões hospitalares por 1.000 pacientes-ano após a cirurgia. Ou seja, a incidência de reinternações hospitalares cresce significativamente entre os pacientes que passam por cirurgia bariátrica. Logo, é muito importante que a cirurgia só seja feita pelos pacientes que realmente necessitam dessa intervenção.
Ainda de acordo com a pesquisa de Silvana, os custos hospitalares e a utilização de serviços de saúde, como internação e consultas ao pronto-atendimento são mais elevados no período pós-operatório, mantendo-se assim por pelo menos quatro anos, o que segundo a autora deve ser visto com atenção devido ao crescimento de demandas e custos no procedimento.
O TD 59 também identifica complicações cirúrgicas nos pacientes, como insuficiência renal, infecção no trato urinário, hemorragia, trombose etc. que se manifestam em 3,5% a 5,1% das operados. A Síndrome de Dumping, ou esvaziamento gástrico, atinge 44% dos operados – há, contudo, estudos que apontam 80% de prevalência desta síndrome em alguns tipos de cirurgia. E distúrbios nutricionais também são comuns: estima-se que apenas 57% das proteínas ingeridas são absorvidas após a cirurgia; e a deficiência de vitaminas B12, D, C e K é outro problema normalmente observado em pacientes que passaram por esse procedimento.