Já está no ar o primeiro episódio do IESSCast, série de conteúdos em áudio produzida pelo IESS a partir do livro “Saúde Suplementar: 20 anos de transformações e desafios em um setor de evolução contínua”. No programa, dois eixos conduziram a conversa entre os especialistas convidados: a promoção da saúde e a atenção primária à saúde, temas que ganham relevância no setor.
José Cechin, superintendente executivo do IESS, foi quem mediou a conversa com os autores do capítulo 1 do livro, Gustavo Gusso, professor de Clínica Geral e Semiologia da Universidade de São Paulo (USP) e Samuel Ramos Gomes, mestrando da Escola de Administração Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na conversa, eles mostraram como a APS se tornou uma aliada do brasileiro na promoção da saúde e também na prevenção de quadros clínicos agravados.
Os debatedores trouxeram o atual panorama da APS tanto no ambiente acadêmico quanto sua implementação nos serviços de saúde. Além dos benefícios do método, a conversa apresentou também os desafios enfrentados pelas equipes, as estratégias para resultados eficientes, os pontos de melhorias e a forma de atuação nos sistemas público e também privado.
O podcast está disponível nas principais plataformas de streaming de áudio, como o Spotify, Deezer, Google Podcasts, Apple Podcasts e Castbox. O conteúdo também pode ser acessado, a qualquer momento, pelo canal do IESS no YouTube em formato de websérie. Os novos episódios vão ao ar sempre às terças e sextas-feiras. Não perca!
Para baixar o livro “Saúde Suplementar: 20 anos de transformações e desafios em um setor de evolução contínua”, publicação que deu origem ao podcast, clique AQUI.
Mudanças na resolução normativa RN nº 470 referente ao processo de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. A diretoria colegiada da ANS determinou que as propostas de atualização das coberturas obrigatórias para os planos de saúde regulamentados devem ser recebidas e analisadas de forma contínua pela equipe técnica da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS. Até então, havia um período determinado no cronograma para do ciclo de atualização.
Com essa mudança, cada proposta terá o seu próprio percurso a partir de sua data de submissão, elegibilidade e complexidade da análise. No processo anterior, todas seguiam o mesmo cronograma. O que também muda a partir da decisão da diretoria é a revisão do rol que deixa de ser a cada dois anos e passa a ser semestral, sempre nos meses de janeiro e de julho.
Essas alterações preveem: a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde de modo a contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país; atividades de promoção à saúde e de prevenção de doenças; o alinhamento com as políticas nacionais de saúde; a utilização dos princípios da Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS); a observância aos princípios da Saúde Baseada em Evidências (SBE) e a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do setor e a transparência dos atos administrativos.
Saiba mais no portal da ANS.
Hábitos alimentares e estilo de vida em beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares – principais mudanças entre 2013 e 2019
Autora: Amanda Reis
Superintendente executivo: José Cechin
A produção de dados e monitoramento dos hábitos e estilos de vida da população é fundamental para o entendimento das necessidades e orientação da criação de programas, ações e políticas voltadas para a promoção da saúde e prevenção de doenças.
A produção de dados e monitoramento dos hábitos e estilos de vida da população é fundamental para o entendimento das necessidades e orientação da criação de programas, ações e políticas voltadas para a promoção da saúde e prevenção de doenças. E é exatamente esse o objetivo do nosso Texto para Discussão n° 82 “Hábitos alimentares e estilo de vida em beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares – principais mudanças entre 2013 e 2019”.
A publicação analisou os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e comparou informações das edições 2019 e 2013, notando-se que a publicação da pesquisa é bem recente. Com isso, busca descrever a prevalência de hábitos alimentares e estilo de vida de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares no Brasil de acordo com características sociodemográficas das duas edições da pesquisa.
O estudo apresenta detalhes relacionados aos hábitos alimentares, atividade física e sedentarismo, consumo de álcool e tabagismo, entre outros, e ressalta que muitas doenças podem ser evitadas com prevenção primária de riscos como excesso de peso ou obesidade, sedentarismo, hábitos alimentares ruins e alcoolismo, por exemplo.
Os resultados mostram dados positivos e negativos sobre os hábitos dos beneficiários planos de saúde. Vale destacar, por exemplo, o aumento do percentual de pessoas com consumo regular de frutas, que foi de 55% em 2013 para 60% em 2019. Além disso, caiu o percentual daqueles que consomem alimentos doces, 25,5% contra 16,8%, e de carne vermelha, 35,2% para 28,8%.
Por outro lado, aumentou a prevalência do consumo de bebidas alcóolicas entre os beneficiários residentes nas capitais, indo de 46,3% para 53,3%. Já nas faixas etárias, houve avanço de 48,8% para 55% entre 19 e 59 anos, e de 32% para 38% para aqueles acima de 60 anos.
Ações voltadas para a promoção e prevenção à saúde buscam reduzir a ocorrência de doenças, a mortalidade e combater o aumento da frequência de fatores de risco envolvendo a saúde dos brasileiros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), oito fatores de risco representam 61% das mortes cardiovasculares (consumo de álcool, uso de tabaco, pressão alta, alto índice de massa corporal, níveis elevados de colesterol, altos níveis de glicemia, baixa ingestão de frutas e vegetais e inatividade física).
A pesquisa utiliza os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, pesquisa mais recente disponível. A PNS é um inquérito domiciliar realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em convênio com o Ministério da Saúde (Fiocruz).
Acesse aqui a íntegra da publicação. Continuaremos repercutindo os dados nos próximos dias.
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TD 82 - Hábitos alimentares e estilo de vida em beneficiários de planos (2013 e 2019)
A produção de dados e monitoramento dos hábitos e ...Todo mundo que já tentou, sabe: mudar hábitos é difícil. Mesmo que a mudança seja extremamente necessária e tenha grande impacto na nossa vida. Mudar o nosso comportamento é um desafio como poucos iguais. Falamos de mudanças que se sustentam a longo prazo.
Quer a mudança envolva a adoção de uma dieta saudável, prática de exercícios ou uma série de outras coisas. Não é fácil mudar velhos hábitos, mas novas tecnologias, como análise de big data e inteligência artificial (IA), ajudam a identificar esses padrões e a promover ações preventivas que salvam vidas.
Afinal, padrões de comportamento contribuem com até a metade dos riscos de mortes prematuras e incapacidades provocadas por doenças. A questão é objeto de estudo da gestão da saúde populacional, que busca entender quais fatores influenciam a saúde em segmentos específicos como Estados, municípios ou empresas.
Esse conhecimento auxilia a tomada de decisões que vão desde a caminhada de meia hora por dia ao desenho de políticas que afetam milhões de pessoas. E a saúde tem que se mudar e se adaptar ao novo momento sob o risco de não conseguir garantir a sua perenidade.
É por isso que o setor tem valorizado cada vez mais estratégias preventivas, como apontou reportagem publicado no jornal Valor Econômico que utiliza de dados de nossa pesquisa para ilustrar. A publicação lembra que, anualmente, R$ 28 bilhões são desperdiçados com fraudes e procedimentos desnecessários no Brasil.
Como 70% dos beneficiários de serviços privados estão entre os planos coletivos empresariais, isso coloca as empresas sob pressão de custos crescentes, que incluem a alta inflação médica e o aumento das doenças degenerativas. “Nesse cenário, a gestão da saúde populacional pode contribuir com os setores público e privado, beneficiando não somente pessoas saudáveis, como também pacientes agudos e crônicos”, reforça a reportagem.
“Há uma explosão de startups que nasceram com o olhar da atenção primária em saúde, para evitar o modelo hospitalocêntrico e empoderar o usuário”, comenta o médico-cirurgião Ricardo Ramos, presidente da Aliança para a Saúde Populacional (Asap), para a reportagem. “Grandes empresas e operadoras também estão se movendo nessa direção.” O especialista defende uma agenda de incentivo ao aumento da eficiência, com ações de combate às fraudes, coparticipação na gestão de risco populacional e análise de custo-efetividade.
Acesse aqui a reportagem do Jornal Valor Econômico na íntegra.
Nos últimos dias, publicamos a 28º edição do Boletim Científico IESS, que reúne importantes publicações científicas com foco em saúde suplementar. Os trabalhos analisados foram publicados nas principais revistas científicas do Brasil e do mundo nas áreas de saúde, tecnologia, economia e gestão ao longo do 2º semestre de 2020.
A maior pandemia dos últimos cem anos abalou o curso da história mundial e colocou o setor de saúde em evidência, com sua atuação no combate a um inimigo ainda pouco conhecido, o Sars-Cov-2. A partir da quarta semana de março de 2020, a política oficial do governo do Reino Unido foi uma estratégia de supressão forçada, definida como isolamento de casos e quarentena domiciliar, distanciamento social geral (incluindo proibição de espaços sociais) e fechamento de escolas e universidades.
O estudo “Costing The Covid-19 Pandemic: An Exploratory Economic Evaluation Of Hypothetical Suppression Policy In The United Kingdom” publicado na última edição do Boletim Científico abordou exatamente essa questão com o objetivo de calcular o custo-efetividade relativo das políticas de supressão recomendadas no modelo da Equipe de Resposta COVID-19 do Imperial College para o governo do Reino Unido.
As projeções chaves para a população, como mortes pela doença, dias em unidade de terapia intensiva e dias em unidade de terapia não intensiva relativas a covid19 foram retiradas do relatório da Equipe de Resposta COVID-19 do Imperial College, que influenciou a decisão de introduzir políticas de supressão no Reino Unido.
A perda de anos de vida ajustados pela qualidade individual (QALY) e os dados de uso de recursos orçados foram obtidos de fontes publicadas. As políticas de supressão projetadas pelo modelo do Imperial College reduzem a perda de QALY em mais de 80% em comparação com uma pandemia não mitigada.
Assumindo uma redução máxima na renda nacional de 7,75%, as razões de custo-efetividade incremental para o modelo do Imperial College de supressão versus mitigação estão abaixo de 60.000 por QALY.
Mesmo com resultados condicionados à precisão das projeções do modelo Imperial e sensíveis às estimativas de perda de renda nacional, não se pode afirmar que as políticas de supressão do modelo Imperial são ineficazes em termos de custos em relação às alternativas disponíveis.
Veja outros detalhes desse e de outros estudos na última edição do Boletim Científico.
Ou ainda se quiser conhecer outros resumos de importantes trabalhos nacionais, acesse agora a nossa página com os pôsteres de trabalhos publicados no X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar.
Recentemente divulgamos a publicação “Análise da assistência à saúde da mulher na saúde suplementar brasileira entre 2014 e 2019”, que trouxe um panorama da saúde feminina no período analisado e apontou queda de 12% na taxa de cesarianas e aumento de 5,6% na quantidade de partos normais. Acesse aqui.
Por entender que a população feminina requer programas de prevenção e cuidados específicos de saúde, a análise especial tem o objetivo de acompanhar alguns procedimentos de assistência realizados pelas mulheres beneficiárias da Saúde Suplementar coletados do “Mapa Assistencial da Saúde Suplementar” da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A publicação ainda traz informações relativas ao câncer e métodos contraceptivos. O estudo mostra que a procura por exame diagnóstico preventivo de câncer de colo de útero (Papanicolau) também tem recuado. Em 2014, esse procedimento diagnóstico preventivo foi realizado em 47,9 de cada 100 mulheres na faixa etária entre 25 e 59 anos. Em 2019, essa taxa foi de 46,1 e, em 2018, de 44,2 na saúde suplementar.
Embora mostre um leve avanço entre 2018 e 2019, os números mostram que é fundamental que as mulheres dessa faixa etária fiquem atentas a este importante aspecto da promoção da saúde e prevenção no que se refere ao câncer de colo de útero.
O levantamento ainda aponta que o número de internações para a realização da laqueadura tubária (procedimento de anticoncepção definitivo) e implante de dispositivo intrauterino (DIU) tem crescido exponencialmente.
Na comparação entre 2014 e 2019 houve aumento de 15,4% no número de internações para laqueadura tubária, saltando de 14,9 mil para 17,2 mil. Já o aumento no número de procedimentos de implante do DIU mais que quadruplicou no período, avançando de 50,9 mil para 205,2 mil.
Vale ressaltar que o resultado da análise é especificamente para a saúde suplementar. A publicação pode ser acessada na íntegra aqui.
Acabamos de publicar a 28º edição do Boletim Científico IESS, que reúne importantes publicações científicas com foco em saúde suplementar. Os trabalhos analisados foram publicados nas principais revistas científicas do Brasil e do mundo nas áreas de saúde, tecnologia, economia e gestão ao longo do 2º semestre de 2020.
A publicação conta, por exemplo, com pesquisas sobre a disseminação do novo Coronavírus, como a “Costing The Covid-19 Pandemic: An Exploratory Economic Evaluation Of Hypothetical Suppression" Policy In The United Kingdom”, que aborda o custo-efetividade relativo das políticas de supressão recomendadas no modelo da Equipe de Resposta COVID-19 do Imperial College para o governo do Reino Unido. A publicação é destaque na seção Economia & Gestão.
Entre os trabalhos abordados na área de Saúde, destacamos a análise “Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Fatores de Risco e Proteção em Adultos com ou sem Plano De Saúde”, que analisa as coberturas de planos de saúde no Brasil e compara com a ocorrência de fatores de risco e proteção dessas doenças, morbidade e acesso a exames preventivos na população com e sem planos de saúde.
Voltado para pesquisadores acadêmicos e gestores da área de saúde, o Boletim Científico tem o objetivo de apresentar estudos, atualizações e orientações que forneçam ferramentas para auxiliar na tomada de decisões.
Nos próximos dias, vamos analisar esses e outros destaques dessa edição aqui no blog. Não perca!
Acesse aqui a publicação na íntegra.
A coordenação do X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar divulgou os vencedores da edição 2020. Em uma série de eventos totalmente online e gratuita, a entidade destacou os melhores trabalhos acadêmicos com foco em saúde suplementar no Brasil durante o “Seminário 360º - Valor em Saúde: Ações práticas, integrativas e inovadoras”.
Além de debater os trabalhos premiados nas categorias de Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde, Direito e Economia, o evento também contou com especialistas para apresentar iniciativas inovadoras e bem-sucedidas que priorizam a melhoria da atenção à saúde e, como consequência, a sustentabilidade do sistema, sempre tendo em mente o valor para o paciente.
O Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar tem como objetivo incentivar a pesquisa e valorizar estudos com qualidade técnica e que contribuem para a melhoria do setor. São premiados os dois melhores trabalhos de conclusão de cursos de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) nas três categorias Economia, Direito e Promoção de Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde. Os trabalhos estão disponíveis no portal IESS: www.iess.org.br.
Na categoria Promoção de Saúde e Qualidade de Vida, a grande vencedora foi Christina Aparecida Ribeiro com o trabalho “A inserção da Atenção Domiciliar em um Sistema Verticalizado de Saúde”, realizado na Fundação Getulio Vargas (FGV). O segundo lugar ficou com Cristiane de Melo Aggio, que desenvolveu o estudo “Avaliação do gerenciamento clínico por Telemonitoramento para pessoas com hipertensão arterial e diabetes mellitus em operadora de plano de saúde” elaborado em Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Na categoria Direito, Elaine Gonçalves Vianna conquistou a primeira colocação com “A atividade da agência reguladora de saúde suplementar no Brasil: análise crítica dos casos de excesso de regulação”, dissertação de Mestrado em Direito apresentada à Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Já o segundo lugar ficou com Achernar Sena de Souza, do Mestrado em Direito da Fundação Getulio Vargas (FGV), com o trabalho “Agências reguladoras e a utilização de métodos democráticos para a resolução de conflitos: as práticas adotadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)”.
O estudo vencedor na categoria Economia foi “Concepção dos líderes hospitalares acerca das limitações para implantação do modelo de remuneração baseado em valor”, de Flavia Gomes Francisquini. A segunda colocação foi conquistada por Lucimara Ivizi Buck com o trabalho “Análise do modelo de remuneração médica por produção em cooperativas de trabalho médico com base na teoria dos custos de transação”, desenvolvido no mestrado em Gestão de Organizações de Saúde pela USP - Ribeirão Preto.
Além do certificado e da visibilidade do prêmio, o primeiro colocado de cada categoria recebe R$ 15 mil e o segundo, R$ 10 mil. Uma das grandes novidades deste ano é o reconhecimento da importância dos orientadores para cada um dos trabalhos vencedores com a quantia de R$ 3 mil.
A série de encontros da cerimônia de entrega do X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar pode ser assistida em nosso canal do YouTube.
Acelera o ritmo de queda do número de cesáreas entre as beneficiárias de planos de saúde. Os dados fazem parte da publicação “Análise da assistência à saúde da mulher na saúde suplementar brasileira entre 2014 e 2019”, que acabamos de publicar. De acordo com o estudo, houve queda de 12% na taxa de cesarianas e aumento de 5,6% na quantidade de partos normais no período analisado.
Segundo estudo de 2018 da Universidade de Gante, na Bélgica, publicado na revista Lancet, a América Latina é a região com maior número de cesáreas no mundo, com 44,3% dos nascimentos, e o Brasil é o segundo país que mais realiza esta cirurgia, atrás apenas da República Dominicana.
Claro que a decisão sobre o tipo de procedimento adotado no parto deve ser avaliada caso a caso pela mãe e a equipe médica de sua confiança. Entretanto, a saúde suplementar tem avançado em iniciativas que buscam melhorar a qualidade assistencial durante a gestação, o parto e o período neonatal. E esse debate tem avançado no que diz respeito aos novos modelos de remuneração dos obstetras, resgate do papel essencial das enfermeiras nos partos de baixo risco e mudança de mentalidade em toda a cadeia.
No intervalo analisado em nosso estudo, o número de cesarianas foi de 466 mil em 2014 para 410 mil em 2019, uma queda de 12%. No mesmo período, o número de partos normais avançou de 78 mil para 82 mil, crescimento de 5,6%. Vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera aceitável que 15% dos partos sejam feitos por cesárea. Contudo, os partos desse tipo respondem por 55% do total no país. Embora em queda, o número de cesáreas ainda é muito expressivo. O que reforça uma necessidade premente de campanhas de conscientização sobre os riscos e vantagens de cada procedimento.
Em 2015, a ANS instituiu o programa “Parto Adequado”, que busca reduzir o percentual de cesarianas desnecessárias. Nessa época, a taxa de partos normais no conjunto dos hospitais participantes era de cerca de 20%. Em sua terceira fase, a iniciativa evitou 20 mil cesarianas desnecessárias desde o lançamento.
A “Análise da assistência à saúde da mulher na saúde suplementar brasileira entre 2014 e 2019” também traz dados relativos ao câncer, partos e métodos contraceptivos.
Acesse aqui na íntegra. Seguiremos abordando os números da publicação.