Pesquisa realizada entre abril e maio de 2017, pelo Ibope Inteligência a pedido do IESS, com o objetivo de captar a avaliação dos usuários de planos de saúde sobre os serviços prestados pelas operadoras no País, gerando importantes indicativos de qualidade para que as operadoras de saúde possam trabalhar em prol da contínua melhoria dos serviços oferecidos.
Já apresentamos, aqui no Blog, o resultado da pesquisa IESS/Ibope que aponta que 74% dos brasileiros acreditam que quem tem hábitos saudáveis deveria pagar mensalidades de plano de saúde mais baratas.
A oferta desse incentivo, entretanto, é cercada de uma polêmica. Uma vez que, no Brasil, a lei que regulamenta os planos de saúde não permite discriminar valores conforme sexo, existência de doença antes do contrato ou outras características do beneficiário que influenciem no padrão de utilização do serviço contratado, algumas pessoas acreditam que não seria possível oferecer descontos na mensalidade dos planos em função de hábitos de vida mais saudáveis.
Em nossa avaliação, contudo, há uma diferença bastante clara entre os dois casos. O que acreditamos ser uma prática de promoção da saúde e que gostaríamos de estimular o debate para, no futuro (breve, de preferência), ver por aqui são ações como a que já são praticadas nos Estados Unidos e na África do Sul, de bonificação de beneficiários que comprovadamente apresentam hábitos mais saudáveis.
Nos Estados Unidos, por exemplo, há operadoras que estabelecem metas diárias estabelecidas individualmente para os beneficiários, que juntam pontos por cumpri-las. Ao atingir certas pontuações, a pessoa pode, então, trocar seus pontos por produtos ou descontos na mensalidade. Um modelo que não implica em custos adicionais por qualquer tipo de discriminação e, portanto, poderiam tranquilamente ser aplicadas por aqui.
A ideia é semelhante a adotada pela Vitality na África do Sul: um programa de promoção da saúde focado em bem-estar, que propõe uma série de atividades e confere pontos para engajar os beneficiários na busca por um estilo de vida mais ativo. A medida que os desafios vão sendo cumpridos, aqui também, os beneficiários vão juntando pontos para gastar no site de compras do próprio programa. Além disso, o programa também oferece descontos em comidas mais saudáveis e academias, entre outros serviços.
No Brasil, precisamos incentivar iniciativas como essas, que premiem bons hábitos de saúde ao invés de punir quem não os mantêm.
O Ministério da Saúde tem aberto um amplo debate nacional a respeito da criação de novas modalidades de planos de saúde. A grande repercussão é justificável, pois, vale lembrar, pesquisa realizada pelo Ibope a nosso pedido constatou, no ano passado, que ter um plano é o terceiro maior desejo do brasileiro, atrás apenas de educação e da casa própria. Veja aqui a pesquisa.
De acordo com o levantamento, realizado em oito capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Manaus, Recife, Salvador e Brasília), 74% dos entrevistados que não têm um plano de saúde gostariam de possuir o benefício. Além disso, 86% dentre os não beneficiários consideram o plano “importante ou muito importante”.
A principal justificativa para o desejo de contar com o plano, apontada por 84% dos entrevistados que não possuem o plano, é a qualidade do atendimento, avaliado como rápido e com ótimo atendimento tanto dos médicos quanto dos hospitais. Além disso, 30% de quem não conta com o benefício consideram a saúde pública precária e não gostariam de ter de depender do SUS. No total, 95% dos brasileiros (beneficiários e não beneficiários) consideram a posse de plano de saúde “essencial”.
O levantamento do Ibope/IESS ainda indica quais os principais motivos para brasileiros não contarem com o benefício: a falta de condições financeiras, 74% dos entrevistados; outros 13% afirmam não ter plano de saúde porque perderam o benefício ao serem desligados das empresas onde trabalhavam ou porque a empresa atual não o oferece.
Sem entrar no mérito da proposta do Ministério da Saúde, não resta dúvida de que o plano de saúde está no centro da atenção dos brasileiros e, portanto, é natural o amplo debate em torno do tema.
Pesquisa realizada entre abril e maio de 2015, pelo Ibope Inteligência, com o objetivo de captar a avaliação dos usuários de planos de saúde sobre os serviços prestados pelas operadoras no País, gerando importantes indicativos de qualidade para que as operadoras de saúde possam trabalhar em prol da contínua melhoria dos serviços oferecidos.
Pesquisa realizada em 2013, pelo Datafolha, com o objetivo de captar a avaliação que os usuários de planos de saúde sobre os serviços prestados pelas operadoras no País, gerando importantes indicativos de qualidade para que as operadoras de saúde possam trabalhar em prol da contínua melhoria dos serviços oferecidos.