Telemedicina não pode se limitar a teleatendimento
No Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (Medline, na sigla em inglês) da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, a maior parte dos estudos sobre telemedicina está relacionado a “Diabetologia”, o estudo da diabete. Justamente por esse volume, o estudo “Telemedicina e Diabetes”, destaque da seção Saúde & Tecnologia da última edição do Boletim Científico, buscou detectar como esse tipo de assistência tem se desenvolvido e sua aplicabilidade.
O resultado mostra que a tecnologia é altamente efetiva para o acompanhamento de pacientes com diabetes, mas está longe de ser eficaz para a oferta de assistência direcionada. Ou seja, dados como o nível de glicose são transmitidos para um profissional capaz de interpretá-los, mas não retornam ao paciente ou seu cuidador como medidas que possam ser facilmente aplicáveis ao dia a dia, possibilitando melhora na qualidade de vida do diabético.
Para que a efetividade da telemedicina não se limite ao telemonitoramento, os pesquisadores recomendam o desenvolvimento de ferramentas especiais que permitam a interação entre todos os envolvidos.
Nesse sentido, o trabalho também detectou que é fundamental oferecer treinamento aos cuidadores dos dois lados do processo. Especialmente porque muitos deles foram sujeitos a um incremento expressivo de novas tecnologias e suas rotinas de trabalho sem qualquer assistência para se adaptarem a elas. Por outro lado, os pacientes costumam ser o “elo” mais aberto ao uso da tecnologia devido a praticidade e qualidade de vida que ela pode proporcionar.
Para garantir uma transição mais suave e o melhor aproveitamento da telemedicina, o estudo aponta que as novas soluções deveriam incluir cuidadores ao longo de seu processo de desenvolvimento, o que aumenta sua chance de adoção pelos profissionais de saúde no futuro.
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