Pandemia: despesas assistenciais de planos médicos atingem R$ 206 bilhões
A pandemia de Covid-19 trouxe transformações e consequências diretas e indiretas em diferentes segmentos de atuação no País. Na área da saúde, uma das mais afetadas, não foi diferente. Com isso, entre 2020 e 2021, houve crescimento no volume de despesas assistenciais de planos médico-hospitalares. Os valores saltaram de R$ 166 bilhões para
R$ 206 bilhões no período.
O aumento foi de 24,3%, índice superior à inflação medida pelo IPCA/IBGE que, de junho/20 a junho/21, fechou em 8,6%, e está diretamente relacionado com a retomada de procedimentos médicos pelos beneficiários de planos, a partir de 2021. Os dados são da Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 69, desenvolvida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Em 2020, quando teve início a pandemia, houve grande queda na frequência de utilização em consultas, exames, terapias, internações e tratamentos, que resultaram em menores despesas assistenciais. Por outro lado, no ano seguinte, as pessoas retomaram, de forma acentuada, essas atividades e procedimentos, aumentando fortemente a frequência com que os beneficiários utilizaram os serviços de assistência à saúde, gerando maiores despesas.
O estudo também revela que houve aumento representativo do gasto médio anual por beneficiário. Ao dividir a despesa assistencial médico-hospitalar (em valores nominais) pelo número médio de beneficiários, constatou-se que no período de 2011 a 2021, o gasto médio quase triplicou, saltando de R$ 1.483 para R$ 4.262, respectivamente – alta de 187%. No período, a inflação (IPCA/IBGE) foi de 74,1%.
Para mais detalhes sobre a Análise Especial da NAB 69, clique aqui.