Norte do País tem queda no número de internações por doenças raras
No Brasil, o número de internações em decorrência de doenças raras cresceu 20,4% (de 156.507 para 188.447) entre 2021 e 2022. Este aumento foi observado em todas as regiões do País, com exceção do Norte, que apresentou uma queda de 20%. A informação é do Texto para Discussão 101 “Doenças Raras: Panorama dos gastos com internações nos planos de saúde do Brasil (2021 e 2022)”, lançado pelo IESS no dia 29 de fevereiro, no Dia Mundial das Doenças Raras.
O estudo aponta que os sete estados da região (Amazonas, Pará, Acre, Roraima, Rondônia, Amapá e Tocantins) registraram, em 2021, 2.379 internações em decorrência de doenças raras, enquanto em 2022, os casos caíram para 1.892. O material analisa internações de um conjunto de 50 tipos de doenças com tratamentos específicos e com código CID definido com base em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O Norte foi também a região que apresentou os menores números de internações do País no período. Em contrapartida, o Sudeste liderou a lista de ocorrências com 99.537 (2021) e 122.260 (2022), seguido do Sul que registrou 28.556 casos (2021) e 31.996 (2022). A grande quantidade desses procedimentos nessas regiões pode ser atribuída à oferta de tratamentos e capacidade de diagnóstico que é maior em comparação com o resto do País.
Já em relação às despesas das operadoras relacionadas às internações em decorrência de doenças raras no Norte, o levantamento apontou que no período analisado houve uma diminuição de 9,7%. O gasto total em 2021 foi de R$ 4,1 milhões e, em 2022, R$ 3,7 milhões.
É importante destacar que doença rara é aquela que coloca em risco a vida do paciente ou é cronicamente debilitante e tem baixa prevalência (65 pessoas em cada 10 mil habitantes). No Brasil, cerca de 13 milhões de pessoas são afetadas por essas condições. O estudo está disponível na íntegra aqui.