Mais de 21 mil internações poderiam ter sido evitadas na saúde suplementar
Cerca de 5,2 milhões de internações de beneficiários de Planos de Saúde foram registradas no País, em 2019, conforme dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicados na plataforma Troca de Informações na Saúde Suplementar (TISS). Aproximadamente, 21,4 mil internações (quase 60 por dia) poderiam ter sido evitadas a partir de medidas efetivas de prevenção e mudanças nos estilos e hábitos de vida.
As informações são do Texto de Discussão Nº 87, desenvolvido pelo IESS, estudo que tem como objetivo descrever as características associadas a internações que poderiam ter sido evitadas, a partir de quatro CIDs específicos selecionados: diabetes, hipertensão, insuficiência cardíaca e doença cardíaca congestiva.
Os CIDs considerados são relacionados a doenças crônicas que possuem fatores de risco modificáveis, geralmente associados ao estilo de vida, como hábitos alimentares, sedentarismo, tabagismo e abuso de álcool por estarem de acordo com literatura científica.
Do total de internações potencialmente evitáveis, 83% foram de ordem clínica, e as demais, cirúrgicas. Os perfis mais acometidos são compostos por mulheres (53%) e pessoas com 60 anos ou mais (68%). De acordo com o estudo os procedimentos ocorreram com mais frequência em caráter de urgência ou emergência (71%) com o paciente sendo beneficiário de operadora de grande porte (63%) e da modalidade cooperativa médica (48%).
De acordo com o levantamento, o Estado de São Paulo liderou os números com 6,6 mil casos, seguido pelos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, ambos com registros de 2,8 mil. Contudo, foi Santa Cantarina que registrou o maior número de internações para cada 100 mil pessoas, com 126 internações. Em segundo lugar, Rondônia, com 111 internações.
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