Inteligência diagnóstica
Inteligência artificial está se tornando, cada vez mais, algo do dia a dia. Especialmente na medicina diagnóstica. Já comentamos, aqui no Blog, projeto colocado em prática pelo Hospital Sírio-Libanês para mapear o risco de câncer de pulmão por meio de varredura em laudos de tomografias de tórax.
Agora, as novas tecnologias estão dando um passo além e prometendo fazer diagnósticos em tempo recorde e sem a necessidade de médicos, ao menos no primeiro contato com o paciente. Na China, a clínica Ping An Good Doctor realiza diagnósticos em até 1 minuto sem a presença de um único funcionário, apenas contando com inteligência artificial e a consulta a um banco de dados com mais de 2 mil doenças comuns. Claro, todo diagnóstico é posteriormente revisado por médicos que, caso necessário, entram em contato com o paciente para dar recomendações complementares. Após a consulta, o sistema já disponibiliza os remédios adequados para o tratamento.
Pode parecer coisa de filme, mas o modelo parece estar dando certo e já atende mais de 50 milhões de pessoas por mês. A BBC Brasil publicou, recentemente, reportagem que detalha essa e outras novas tecnologias empregadas para auxiliar no diagnóstico. Outro exemplo é um aparelho de ultrassom que pode ser acoplado ao celular, tornando seu uso rápido e prático.
Esses avanços ainda têm uma importante função: ajudar a combater a escalada de custos na saúde e combater desperdícios. Afinal, entre 25% e 40% dos exames laboratoriais não são necessários e, além do custo financeiro, podem acarretar riscos para a saúde dos pacientes, como revela o TD 62 – Evidências de práticas fraudulentas em sistemas de saúde internacionais e no Brasil.
Para entender melhor o assunto e o peso dos gastos com exames complementares, recomendamos rever a apresentação que nosso superintendente executivo, Luiz Augusto Carneiro, fez no Seminário SINDHOSP e Grupo Fleury.