Indústria de transformação impulsiona contratação de planos de saúde no Centro-Oeste
O total de beneficiários de planos médico-hospitalares no Centro-Oeste do Brasil avançou 2,3% entre abril deste ano e o mesmo mês do ano passado. Um resultado bastante expressivo frente a média nacional de 0,01% registrada na última edição da NAB. No total, 71,8 mil novos vínculos com carteira assinada foram firmados na região ao longo do período analisado.
O crescimento da indústria de transformação na região é a principal causa desse resultado. O Centro-Oeste viveu um importante processo de modernização industrial, com a migração de plantas agroindustriais dedicadas a produtos alimentícios passando a participar da produção de biocombustíveis. Segundo a Pesquisa Industrial Anual, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Centro-Oeste foi a região que mais se industrializou no País nos 10 anos entre 2008 e 2017. Além disso, a produção de biocombustíveis figura entre as três mais relevantes da região.
Um movimento que contribuiu para o aumento do saldo de emprego e, consecutivamente, do total de beneficiários. Hoje, o setor responde por 23% do total de beneficiários na região.
Na comparação anual, do total de novos vínculos com planos médico-hospitalares, 54,7 mil são coletivos empresariais (aqueles ofertados pelas empresas aos seus colaboradores) e 20,6 mil são familiares/individuais. O resultado só não foi mais positivo por uma ligeira retração no total de planos coletivos por adesão, aqueles feitos por meio de entidades de classe. Foram rompidos 3,3 mil vínculos desse tipo, um recuo de 0,7%.
Contudo, é possível que uma parcela relevante desses beneficiários tenha deixado os planos coletivos por adesão por passar a contar com planos coletivos empresariais. Infelizmente, não é possível precisar a migração entre os planos.
O aumento da contratação de planos individuais/familiares também está intimamente ligado ao resultado do mercado de trabalho no Centro-Oeste. Isso porque o aumento do emprego tende a proporcionar também mais renda às famílias que, logo que possível, procuram voltar a contar com o plano de saúde, seja para si mesmo, se a empresa não oferecer o benefício, ou para parentes como pais com mais idade. Fato comprovado pelo expressivo aumento no total de beneficiários com 59 anos ou mais, que cresceu 2,5% no País nos últimos 12 meses.