Consultas ambulatoriais e em prontos-socorros caem 14% entre e 2016 e 2021
Em 2021, comparativamente a 2016, foi registrada uma queda de 14% no volume de consultas médicas ambulatoriais e em prontos-socorros no sistema de saúde suplementar do País. O dado extraído da Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil, que acabamos de produzir, indica uma queda de 272,9 milhões de consultas, em 2016, para 234,6 milhões, em 2021. O resultado está diretamente ligado aos efeitos da pandemia mundial de Covid-19 e representou uma espécie de “represamento” de consultas no período pandêmico. Agora – ainda que a pandemia do Coronavírus não tenha sido definitivamente debelada –, os sinais são de que todo esse represamento passado repercute no aumento de demanda, especialmente por conta do elevado índice de vacinação da população brasileira.
O levantamento aponta que as consultas ambulatoriais estão divididas em 25 especialidades. Dessas, a maior parte (17), entre elas pediatria, dermatologia, neurologia e nefrologia, apresentaram variações negativas no período de cinco anos analisados. Apenas oito especialidades tiveram registros positivos, como por exemplo, geriatria (32,9%), hematologia (31,5%) psiquiatria (29,6%), oncologia (13,5%) e mastologia (4,9%).
No período entre 2020 e 2021, referente à pandemia da Covid-19, houve queda nas médias de consultas por beneficiário. Em 2016 e 2017 o registro foi de 5,7, e em 2019 atingiu um pico de 5,9. No ano seguinte as taxas sofreram uma redução e ficaram em 4,4, para apresentar um novo crescimento até 4,8 em 2021, representando um crescimento de 12,8%.
Vale ressaltar que o número médio de consultas ambulatoriais por beneficiário da saúde suplementar brasileira (3,9) é superior ao de países como Grécia (2,7), e Áustria (3,8) de acordo com dados de 2021. No Sistema Único de Saúde (SUS), essa média foi de 1,6 consultas/habitante. No Brasil, a média de consultas médicas por habitante por ano, sugerida nos parâmetros assistenciais do SUS, é de 2 a 3 consultas por habitante/ano.
Clique aqui para conferir, na íntegra, a Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil – Entre 2016 e 2021.