Cai número de casos e mortes por aids no Brasil
Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta semana mostram uma redução de 16% dos casos e óbitos por aids no país nos últimos quatro anos. Segundo as informações divulgadas, fatores como a ampliação da testagem, melhora no diagnóstico e a redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento contribuíram para a queda.
Os números ainda mostram que, de 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de aids no Brasil, uma média de 40 mil novos casos por ano. Se em 2012, a taxa de detecção da doença era de 21,7 casos para cada 100 mil habitantes, em 2017 esse número caiu para 18,3 casos. Nesse mesmo período, a taxa de mortalidade pela doença passou de 5,7 óbitos para cada 100 habitantes para 4,8 óbitos.
A transmissão vertical do HIV – quando o bebê é infectado durante a gestação – também caiu entre 2007 e 2017. Passou de 3,5 casos para cada 100 mil habitantes para 2 casos, ou seja, uma redução de 43%.
A pasta anunciou que a partir de 2019, a rede pública de saúde passa a oferecer o autoteste de HIV para populações-chave e pessoas em uso de medicamento de pré-exposição ao HIV. Ao todo, o ministério prevê a distribuição de 400 mil unidades do teste, inicialmente nas cidades de São Paulo, Santos, Piracicaba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, São Bernardo do Campo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e Manaus.
O boletim divulgado mostra que a maior incidência da doença ainda é nos homens. O público masculino corresponde por 73% das novas infecções por HIV no Brasil, sendo que 70% dos casos é registrado entre aqueles que estão na faixa etária de 15 a 39 anos. O problema é que, como mostramos aqui, os homens ainda vão menos ao médico do que as mulheres.
É importante lembrar que a realização de exames e consultas é fundamental para a prevenção de doenças e, ao mesmo tempo, contribui para a sustentabilidade do setor. Ações de prevenção e promoção da saúde ajudam a identificar enfermidades no seu estágio inicial e reduzem a necessidade de procedimentos mais complexos e emergenciais, muito mais caros e de maior risco para o paciente.