Assistência à mulher na saúde suplementar brasileira
A “Análise da assistência à saúde da mulher na saúde suplementar brasileira entre 2011 e 2017” que acabamos de divulgar mostra que, após sucessivos aumentos nos últimos anos, cai o número de mamografias entre beneficiárias de planos de saúde na faixa etária prioritária, de 50 a 69 anos.
De acordo com o estudo inédito, o número de mamografias realizadas pelos planos de saúde a cada grupo de 100 beneficiárias vinculadas a planos médico-hospitalares da faixa etária definida como prioritária pelo Ministério da Saúde registrou ligeira queda de 48,6, em 2016, para 47,9 em 2017.
No mesmo período, no entanto, as internações relacionadas ao câncer de mama feminino aumentaram de 36,5 mil internações para 40,9 mil, ou seja, crescimento de 12,1%. O tratamento cirúrgico de câncer mama feminino na saúde suplementar atingiu 17,4 mil cirurgias em 2017, um aumento de 8,3% quando comparada com o ano anterior. Importante lembrar que o estudo que fizemos no último ano mostrou avanço considerável no número de exames para diagnóstico do câncer de mama entre 2011 e 2016, provavelmente em função de campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa.
Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), 59,7 mil novos casos de câncer de mama serão registrados no biênio 2018/2019. O número é ainda mais preocupante porque a taxa de mortalidade é alta: no proporcional por câncer em mulheres, os óbitos por câncer de mama ocuparam o primeiro lugar no país, representando 15,7% do total de óbitos entre 2011 e 2015.
Aumentar a conscientização, o autoexame e a detecção precoce é fundamental no combate à doença. Além de aumentar as chances de cura do paciente, o diagnóstico precoce diminui a necessidade de tratamentos mais agressivos, o tempo e os custos da recuperação. Para o sistema de saúde a vantagem é que o ganho de eficiência, não o sobrecarregando, gerando maior qualidade de atendimento e segurança ao paciente. Para a mulher que está enfrentando este momento, que é ainda mais importante, significa qualidade de vida.
A “Análise da assistência à saúde da mulher na saúde suplementar brasileira entre 2011 e 2017” também apresenta outros dados sobre a assistência à mulher na saúde suplementar, como relativos ao câncer, partos e métodos contraceptivos. Seguiremos apresentando nos próximos dias!