Análise Especial - Impacto do isolamento social no setor odontológico
Já falamos nos últimos recentemente como o setor de planos exclusivamente odontológicos tem sentido a pandemia pelo novo Coronavírus. Entre 2016 e início de 2020, o setor se comportou de modo distinto aos da modalidade de médico-hospitalares durante os períodos de instabilidade nacional, registrando elevado ritmo de crescimento. Com o aprofundamento da crise econômico-sanitária, esse segmento também vive os impactos do atual momento.
Apesar de continuar em alta no período de 12 meses encerrado em julho deste ano, com crescimento de 2,7% (675 mil novos beneficiários), a modalidade registrou sucessivas quedas mensais a partir de março, conforme mostra a Análise Especial da NAB “Impacto do isolamento social no número de adesões a planos exclusivamente odontológicos”. A publicação verifica os números dos planos de saúde exclusivamente odontológicos entre os meses de fevereiro e julho de 2020 e mostra que houve redução de 600,7 mil beneficiários.
Essa queda foi maior entre as mulheres, com 2,5% vínculos a menos, em planos individuais (-6,2%), entre a faixa etária de 00 a 18 anos (-2,5%) e entre 19 a 58 anos (-2,5%) e titulares (-2,6%).
Conforme mostra a Análise, o número de cancelamentos de planos exclusivamente odontológicos permaneceu praticamente estável nos últimos 12 meses, com média de 856 mil antes do isolamento social e de 826 mil durante. Já o número de adesões caiu. Se antes do isolamento social, a média era de 1 milhão por mês, passou para 706 mil durante o isolamento. Ou seja, ao longo desse período, menos pessoas contrataram um plano exclusivamente odontológico.
E isso pode ser resultado da combinação de diferentes fatores. Houve tanto a queda de emprego e renda nesse cenário de pandemia quanto baixa adesão aos planos já que os pontos de venda estavam fechados e há o receio da população em função do momento de instabilidade.
A expectativa é que o segmento volte a crescer com o retorno gradual das atividades ao longo dos próximos meses, um sinal já observado pelo saldo positivo de 96,8 mil beneficiários entre junho e julho deste ano.
Nos últimos anos, o número de beneficiários odontológicos cresceu e bater recordes a cada ano e ainda há muito espaço para ampliar a cobertura nacional a longo prazo. Vale lembrar que apenas 12% da população brasileira possui um plano odontológico, o que é um pouco mais que a metade da taxa de cobertura dos planos médico-hospitalares, com 22,0%.
Acesse aqui a análise completa. Continuaremos trazendo novidades do setor. Fique ligado.