Realização de cirurgias bariátricas cresce 84,3% na saúde suplementar entre 2015 e 2023
Procedimentos tiveram salto expressivo, no período, passaram de 28,4 mil para 52,4 mil, aponta novo estudo do IESS
Considerada uma pandemia mundial, a obesidade é um grave problema de saúde pública, que está associada ao desenvolvimento de muitas outras doenças. Dentro desse cenário, a realização de cirurgias bariátricas é uma realidade e tem crescido de forma expressiva na saúde suplementar do Brasil. Entre 2015 e 2023, o número de procedimentos passou de 28,4 mil, em 2015, para 52,4 mil, em 2023, alta de 84,3%.
As informações são do novo estudo especial do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o Texto para Discussão nº 106 – O papel das cirurgias bariátricas no tratamento da obesidade: perspectivas da saúde suplementar no Brasil, que tem como base dados do Painel de dados do TISS (D-TISS).
Ao longo do período analisado, foram realizadas 331,1 mil cirurgias em beneficiários de planos de saúde. Nota-se que, de modo geral, entre 2015 e 2020 houve crescimento gradual, passando de 28,4 mil para 33,4 mil, respectivamente. No entanto, nos anos seguintes, mesmo durante a pandemia de Covid-19, o crescimento foi bastante representativo – 43% entre 2020 e 2021 e 15% entre 2021e 2022. Já entre 2022 e 2023 houve leve queda de 4,7%.
Levando-se em conta a evolução do número de procedimentos por sexo do beneficiário, o estudo mostra que a grande maioria de cirurgias se deu entre as mulheres. Para se ter uma ideia, entre 2015 e 2023, houve crescimento expressivo de 99,5%, passando de 20,9 mil para 41,7 mil, respectivamente.
“A obesidade continua sendo um grave problema de saúde e a projeção não é muito animadora para o Brasil e para o mundo. Isso porque se estima que a taxa de prevalência cresça de forma substancial nos próximos anos, caso não sejam implementadas políticas públicas ou privadas efetivas, visando a sua redução e contenção. Por isso, é fundamental que o setor público promova educação e políticas para sua contenção e cada vez mais as pessoas entendam a importância de manter hábitos e estilo de vida mais saudáveis”, ponderou o superintendente executivo do IESS, José Cechin, ao lembrar que o custo por beneficiário representa R$ R$ 33 mil por ano e 22% dos sinistros, entre 2015 e 2021, (R$ 4,8 bilhões) estão relacionados a consequências diretas com a doença.
Em 2022 o IESS publicou dois estudos relacionados a esse tema, confira:
1 – Como o aumento da prevalência da obesidade entre beneficiários pode impactar a sustentabilidade da saúde suplementar
2 – Custos diretos e atribuíveis à obesidade grave e obesidade mórbida no sistema de saúde suplementar no Brasil
Para acessar o Texto para Discussão nº 106 na íntegra, clique aqui.
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
Mais informações
LetraCerta Inteligência em Comunicação
Emerson Oliveira – [email protected]
(11) 98231-8002