Empregos na cadeia da saúde crescem acima da economia no Estado de São Paulo
Estudo do IESS mostra que número de vínculos representa 29% da cadeia no País
Seguindo a tendência dos indicadores do País, o volume de pessoas empregadas na cadeia produtiva da saúde apresentou alta no Estado de São Paulo (0,5%) e atingiu 1.341.793 trabalhadores formais, entre novembro de 2021 e janeiro de 2022 (em outubro eram 1.334.530) – número que representa 29% do montante do País (4,6 milhões). O indicador, apontado no “Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde – Edição Especial São Paulo”, publicação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), considera os setores públicos, privados e também empregos diretos e indiretos.
Do total de empregados na cadeia da saúde paulista, em janeiro deste ano, 1,2 milhão (87%) pertenciam ao setor privado com carteira assinada. Considerando o Brasil, a proporção no segmento é de 79%, demonstrando peso maior do emprego público no setor de saúde de outros estados. O desempenho positivo no estado de São Paulo foi puxado principalmente pelo setor privado, que em três meses cresceu 0,6%, porém teve registro de queda de 0,1% do emprego no setor público.
O saldo de empregos no segmento, em janeiro de 2022, foi de 7.221 vínculos, volume que representa 39% do saldo total da cadeia da saúde do País (18.708). O setor público teve registro de queda (-267) vagas. Já o saldo total da economia paulistana foi de 48,3 mil vagas e o da economia brasileira 155,1 mil.
No acumulado do ano, levando-se em conta os subsetores, o que mais gerou empregos formais na cadeia da saúde privada do estado de São Paulo foi o de prestadores (5,9 mi), seguido por fornecedores (1,2 mil) e operadoras (253). No total, o saldo do setor privado de saúde (7,4 mil) representa 15% do volume gerado pela economia paulista (48,3 mil).
“O período de pandemia demandou grandes esforços do setor de saúde, com novas contratações e todos os elos na cadeia de valor. Espera-se que esse aumento seja permanente dadas as grandes carências que o sistema ainda tem. E que não seja apenas nos serviços diretos de prestação da assistência à saúde, mas que se estenda à indústria supridora”, comenta o superintendente executivo do IESS, José Cechin.
Grau de instrução
O estudo com recorte de São Paulo também mostra que o maior saldo de contratações na cadeia da saúde, em janeiro, foi direcionado a pessoas com ensino médio completo (5,3 mil), seguido por formação com nível superior (1,6 mil). Os cargos com maior volume de contratações, de acordo com as ocupações foram de técnico de enfermagem (1,8 mil no segmento de prestadores), agente de microcrédito (51 no segmento de operadoras) e propagandista de produtos farmacêuticos (266 no segmento de fornecedores).
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
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