Faltam 16 dias para o encerramento das inscrições para a mais importante premiação de trabalhos acadêmicos do setor, o IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar.
Você tem até 13 de setembro para inscrever gratuitamente seu trabalho de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado), com foco em saúde suplementar nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde e Qualidade de Vida e Gestão em Saúde não perca tempo e faça agora a sua inscrição. Confira o regulamento e ajude criar novas bases para o desenvolvimento do setor.
O Prêmio IESS tem limite de um estudo por autor, mas se você tiver mais de um trabalho, estiver na graduação (ao invés de pós) ou tiver desenvolvido o seu trabalho em uma empresa ou outra entidade não acadêmica, o espaço para exibição de pôsteres é ideal para você. Os detalhes também estão no regulamento e a inscrição é fácil e rápida, feita por meio de formulário aqui no site.
Quer se inspirar?
Confira as entrevistas que fizemos com três dos vencedores do Prêmio IESS 2018, Marília Raulino, José Maria dos Santos Jr. e Lucas Clemente. Você também pode ver o resumo dos pôsteres apresentados no ano passado e todos os trabalhos vencedores do Prêmio IESS.
Não deixe de acompanhar nosso blog com as próximas entrevistas e novidades sobre o Prêmio.
Se você desenvolver um trabalho com foco em saúde suplementar, pode contar conosco para divulgá-lo!
“Ser agente promotor da sustentabilidade da saúde suplementar pela produção de conhecimento do setor e melhoria da informação sobre a qual se tomam decisões” é a nossa missão. É por isso que produzimos estudos, análises, eventos e mantemos iniciativas como o Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, que busca fomentar a produção de conhecimento na academia, expandindo a base de informações para os gestores do setor tomarem decisões.
Nessa linha, outra importante iniciativa é, justamente, a seção Publicações Recomendadas. Um espaço pensado para promover troca de conhecimento e debates, ampliando a compreensão da saúde suplementar. Aqui, podem ser publicados trabalhos produzidos por pesquisadores em centros universitários, mas também de maneira independente, em empresas, organizações não governamentais (ONGs), órgãos do governo, entidades setoriais ou internacionais etc.
Estudo, monografia, position paper, artigos... não importa o formato. Você produz e nós divulgamos. Claro, todos os trabalhos recebidos são analisados por pesquisadores do IESS e consultores técnicos antes de serem publicados. Ação absolutamente fundamental para preservar a credibilidade e rigor técnico dos conteúdos disponibilizados em nossos canais.
Descubra como submeter trabalhos e ajude a desenvolver o setor de saúde suplementar.
Reconhecimento, legitimidade, autoridade. Esses são três dos incentivos mais básicos e, ao mesmo tempo, importantes que um pesquisador pode almejar. São prova de que seu trabalho contribuiu, efetivamente, para a produção de conhecimento, aperfeiçoamento do setor analisado e, no melhor caso, de ambos.
O Prêmio IESS só é capaz de incentivar a produção científica com foco em saúde suplementar por conceder esse reconhecimento. Claro, há outros diferenciais, como a possibilidade de aproximar pesquisadores de diversos segmentos, com interesses distintos (econômico, jurídico, qualidade de vida, promoção da saúde, gestão etc.) e criar um ambiente propício para a troca de conhecimento e experiências. Ou, ainda, a ligação entre a academia e o mercado.
Para falar do assunto, entrevistamos o autor do trabalho “Práticas administrativas para a sustentabilidade financeira de operadoras de planos de saúde médico-hospitalares: um estudo de múltiplos casos” e vencedor do segundo lugar da categoria Economia do VIII Prêmio IESS, Lucas Clemente. Confira.
Blog do IESS – Como você ficou sabendo do Prêmio IESS?
Lucas Clemente – Eu estava concluindo meu mestrado na Universidade de São Paulo (USP), em processo de inscrever meu artigo e, como faço parte de um grupo de pesquisa dedicado ao setor de saúde suplementar, recebi um comunicado da USP sobre o Prêmio IESS.
Blog – O que te levou a se inscrever no Prêmio IESS?
Lucas – Eu já usava bastante o portal do IESS para consultar dados do setor de saúde suplementar, então sabia da chancela que esse Prêmio poderia dar ao meu trabalho e ajudar em sua divulgação. Achei que fazia sentido me inscrever.
Blog – Você teve a visibilidade esperada? O que mudou após vencer o Prêmio?
Lucas – Eu participo do Grefic, que é um grupo de pesquisa na USP dedicado a estudar a eficiência de diversos setores. E dentro deste grupo, o primeiro trabalho com foco no setor de saúde suplementar foi o meu. Então, vencer o Prêmio IESS foi muito bom para dar credibilidade ao grupo dentro da instituição. Também usamos parte do prêmio para financiar outras pesquisas. Logo, no âmbito acadêmico, foi muito bom. Deu mais credibilidade e ajudou a legitimar uma iniciativa que tinha sido recém-criada. Foi uma chancela de qualidade que nos estimulou a produzir mais trabalhos que também têm sido reconhecidos.
Blog – E no âmbito profissional?
Lucas – Há mais de um ano, eu tenho uma empresa de consultoria que trabalha com gestão de governança corporativa e estruturação de fundos de investimentos mobiliários para a construção de hospitais, especialmente para as Unimeds.
O Prêmio IESS ajudou muito a aumentar nossa visibilidade e ganhar credibilidade. Além do resultado do trabalho da empresa, o Prêmio ajudou a consolidar meu nome e ganhar autoridade como profissional no setor de saúde suplementar.
Blog – Qual a ligação dessa atividade com o trabalho que te levou a vencer o Prêmio?
Lucas – O meu trabalho utiliza um modelo matemático para analisar a eficiência. No caso, avaliamos as operadoras de planos de saúde (OPS) nas esferas financeira e de satisfação do cliente.
Depois, comparamos quais eram as práticas que diferenciavam as operadoras que eram eficientes nessas duas frentes daquelas que conseguiam manter o beneficiário satisfeito, mas não tinham um bom resultado financeiro.
Blog – E qual é o diferencial entre elas?
Lucas – Basicamente, a profissionalização das equipes, com estruturas bem organizadas de gestão corporativa e governança.
Blog – Você planeja avançar nessa pesquisa?
Lucas – Em meu grupo de pesquisa da USP, há trabalhos sendo desenvolvidos a partir dessa metodologia para analisar segmentos específicos do setor, como as Santas Casas. Então essa é uma ramificação muito legal desse projeto.
Eu, especificamente, ainda não estou desenvolvendo nenhum estudo. Mas devo começar um processo de doutorado no próximo ano.
Blog – Quando esse novo trabalho estiver pronto, você pretende voltar a se inscrever no Prêmio IESS?
Lucas – Claro. Eu recomendo muito a inscrição no Prêmio IESS. É uma experiência muito interessante que possibilita fazer contatos importantes com pesquisadores de diversas áreas e dá bastante visibilidade e reconhecimento.
Se você está procurando um instituto comprometido com qualidade e geração de conhecimento, com mais de uma década de história, para validar e reconhecer o seu trabalho ao mesmo tempo que aumenta sua visibilidade para o setor, conheça o regulamento e inscreva-se gratuitamente no IX Prêmio IESS.
“Parece que uma boa maneira de alcançar ou manter um peso saudável é eliminar ou ao menos reduzir a quantidade de alimentos ultraprocessados na sua dieta, favorecendo uma alimentação mais balanceada, natural e rica em nutrientes.” A afirmação de Francis Collins, diretor do National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos, pode parecer lugar comum, mas a julgar pelo crescente consumo desse tipo de comida no mundo, a realidade é bem diferente.
De acordo com o levantamento Ultra-processed foods, diet quality, and health using the NOVA classification system (Alimentos ultraprocessados, qualidade de dieta e saúde usando o sistema de classificação NOVA, em tradução livre), feito recentemente pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o nível de obesidade deve avançar drasticamente se as tendências atuais forem mantidas. O artigo aponta que o total de pessoas obesas ou com sobrepeso deve avançar de 1,3 bilhão, em 2005, para 3,3 bilhões em 2030. O que equivaleria a um terço da população global, segundo projeções da Organização das Nações Unidas (OMS). O dado, ainda de acordo com o relatório, é especialmente preocupante porque não há registro de um País que tenha conseguido reverter o crescimento da obesidade uma vez que ele tenha se instalado.
Para ajudar a mudar esse quadro e apoiar políticas de incentivo a uma dieta mais rica e balanceada, com o menor consumo possível de alimentos ultraprocessados, o trabalho da FAO apresenta o sistema de classificação NOVA que separa os alimentos em quatro categorias: não processados ou minimamente processados; ingredientes culinários processados (óleos, manteiga, gorduras, açúcares e sal); processados; e, ultraprocessados.
A ideia básica é que os itens no primeiro grupo podem (devem) ser consumidos com maior frequência enquanto o uso de ingredientes nos grupos subsequentes deve ser gradativamente mais controlado, sendo ideal que se evite ao máximo os alimentos ultraprocessados.
A metodologia foi elaborada com base especialmente no Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde (MS), tendo sido, inclusive, coordenada pelo mesmo pesquisador, Carlos Augusto Monteiro.
Além da classificação, o estudo faz um apanhado de referências sobre os impactos dos alimentos ultraprocessados na saúde das pessoas e sua ligação com as doenças crônicas não transmissíveis. Se você tem interesse pelo tema, vale ler também o nosso TD 73 – “Hábitos alimentares, estilo de vida, doenças crônicas não transmissíveis e fatores de risco entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil: Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013”, e acompanhe nosso blog. Esse é um assunto que sempre abordamos por aqui.
Ah, e se você tem uma pesquisa acadêmica sobre o assunto, não deixe de inscrevê-la no IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. Consulte o regulamento.
A saúde mental é um assunto importantíssimo e, felizmente, cada vez mais debatido. A confusão acerca da inclusão da Síndrome de Burnout – doença ocupacional caracterizada por exaustão ou esgotamento mental, usualmente acompanhada de sentimentos negativos ou cinismo relacionados ao próprio trabalho e perda de efetividade nas tarefas diárias – no Código Internacional de Doenças (CID 10) teve, ao menos, o efeito positivo de estimular debates sobre essa e outras doenças mentais.
Mesmo assim, ainda há muito a ser debatido para que a questão ganhe a relevância que merece, ao menos em nossa opinião. É preciso desmistificar o termo “doenças mentais”. Aliás, usado para classificar problemas de saúde muito diversos, que vão desde a demência até depressão, passando por transtorno bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), autismo, síndrome de Down, dislexia e muitos outros.
O assunto é especialmente importante se considerarmos que o Brasil é o País com a maior proporção de ansiosos no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% da população no País têm algum nível de transtorno de ansiedade. Além disso, ainda de acordo com a entidade, 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão. O que nos coloca como o quinto País com maior taxa de depressivos no mundo.
É fundamental entender que esses distúrbios não estão relacionados apenas ao indivíduo e suas faculdades mentais ou herança genética, mas também a questões socioculturais, cenário político-econômico, fatores ambientais e, inclusive, condições de trabalho.
Questões que ainda precisam ser melhor compreendidas em todo o mundo. Um levantamento da OMS indica que entre 35% e 50% das pessoas com transtornos mentais em países de alta renda não recebem tratamento adequado. Já nos países de baixa e média renda, o porcentual é ainda maior, ficando entre 76% e 85%.
Outro indicativo da relevância do assunto é o destaque dado ao tema nos relatórios de tendências para o setor de saúde da AON Hewitt, Willis Tower Watson e Mercer Marsh – já comentados aqui. Parece consenso que o valor gasto para o tratamento dessas doenças deve avançar nos próximos anos e se juntar à lista das enfermidades que mais “consomem” recursos no setor, ao lado de câncer, doenças cardiovasculares e musculoesqueléticas.
Se você quer contribuir para esse debate e tem um estudo sobre o assunto, não perca essa oportunidade de colaborar para o aperfeiçoamento do setor de saúde no Brasil e inscreva-se já no IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. Confira o regulamento.
Ah, se você quer saber um pouco mais sobre a história do tratamento de doenças mentais no Brasil e no mundo, recomendamos a leitura da entrevista do Dr. Valentim Gentil, psiquiatra responsável pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), no site do Dr. Drauzio Varella.
Na última semana, aqui no blog, trouxemos uma entrevista com a vencedora da categoria Economia da VIII Edição do Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, Marília Raulino.
Hoje, conversamos com José Maria dos Santos Jr., que conquistou a primeira colocação da categoria Direito, também no ano passado, com a pesquisa “O debate da qualidade regulatória em saúde suplementar a partir da implementação da metodologia de análise de impacto regulatório”.
Confira o que ele tem a dizer sobre o Prêmio, a importância de ter seu trabalho reconhecido e a regulação do setor de saúde suplementar no Brasil. Ah, e não se esqueça, se você também tem um trabalho de pós-graduação com foco no setor, não perca tempo: confira o regulamento e inscreva-se gratuitamente no IX Prêmio IESS.
Blog IESS: Como você ficou sabendo do Prêmio IESS?
José Maria dos Santos Jr.: Foi por recomendação do meu orientador, que indicou o prêmio como um meio de divulgar nosso trabalho e disseminar conhecimento.
Blog: Então a motivação para se inscrever foi a visibilidade do Prêmio?
José: Sim, porque acredito que os resultados do estudo são realmente o melhor para o mercado de saúde.
Blog: E como foi a experiência de vencer o Prêmio IESS, você alcançou o objetivo almejado?
José: Foi uma experiência única, muito positiva, e estou muito feliz de ter participado do evento no ano passado e ter ganhado esse prêmio. Conheci pessoas importantes, pude mostrar meu trabalho, dar continuidade e espero que esse ano tenha resultados ainda melhores.
Blog: Em seu trabalho, você trata sobre a análise de impacto regulatório como meio de fomentar a qualidade da regulação de saúde suplementar. Pode explicar um pouco melhor esse conceito para nós?
José: Esta é uma metodologia nova, que melhora a regulação econômica e está em ampla divulgação até pela própria Medida Provisória da Liberdade Econômica. Então, estudamos como essa metodologia responderia na área de saúde suplementar. Acredito que o Prêmio IESS veio justamente como uma valorização dessa iniciativa.
Blog: Você acredita que seu trabalho tem contribuído efetivamente para o aprimoramento do setor?
José: Olha, o meu trabalho é muito real. Por mais que seja feito na academia, acredito que é justamente a sua proximidade com a realidade de mercado o que mais chamou a atenção dos avaliadores do Prêmio IESS. Essa aplicabilidade da pesquisa no dia a dia do setor de saúde suplementar ajudou a construir resoluções normativas da ANS. Eu sinto que o meu trabalho contribuiu para o aperfeiçoamento do setor.
Blog: Na sua visão, há regulação de mais ou de menos no setor? Por quê?
José: Na verdade, é complicado falar que existe muito ou pouco. Esse é justamente o ponto do meu trabalho. Eu acho que há regulações necessárias, mas, na prática, há muita regulação sobre algumas questões e poucas sobre outras. A ideia do meu trabalho era apresentar uma ferramenta para avaliar o que é realmente necessário. Seja a regulação já existente ou aquela que ainda está sendo formulada.
Blog: Quais os planos para o futuro, pretende continuar estudando o tema?
Estou entrando em um doutorado para continuar essa pesquisa, pois eu gosto muito da área e acredito na metodologia que foi feita.
Blog: Vencer o Prêmio IESS influenciou nessa decisão?
José: Vencer o Prêmio traz aquela felicidade de ter o trabalho reconhecido. Você sente que valeu a pena as noites acordadas, as pesquisas, os livros em outros idiomas, a conversa, o desespero... é um reconhecimento enorme. Ainda mais que meus familiares estavam presentes na cerimônia, então proporcionar essa sensação de orgulho para os meus pais, não tem preço. Dá vontade de fazer mais.
Blog: Então pretende voltar a concorrer?
José: Estou aplicando minha tese de doutorado em universidades de Portugal. Então, se der certo, espero que daqui uns anos eu possa concorrer ao Prêmio de novo. Será uma felicidade enorme.
Blog: O senhor recomenda a participação das pessoas na edição deste ano?
José: Sim, vale muito a pena. Principalmente, pela divulgação do conhecimento que precisa ser aplicado na realidade. Conseguir mostrar isso, sair da academia e ter essa ligação com o mercado é o mais importante diferencial do Prêmio IESS.
Na última semana, a Apple anunciou a nova versão de seu smartwatch e, junto com ele, um novo aplicativo para coleta de informações de usuários do wearable (tecnologias para usar no corpo) com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de pesquisas científicas com foco em saúde populacional. Mais do que isso, a gigante de tecnologia aproveitou para divulgar parcerias com renomados institutos como as Universidades de Harvard e Michigan, o National Institutes of Health (NIH), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Hospital Brigham para a produção de três estudos utilizando dados coletados por meio do aplicativo.
Os temas estudados serão: Saúde da Mulher, que irá analisar questões relacionadas ao desenvolvimento de ovário policístico, osteoporose, infertilidade, gravidez e menopausa; Coração e Movimento, que irá acompanhar como o ritmo de batimento cardíaco e atividades físicas cotidianas, como caminhar e subir escadas, influencia nos índices de hospitalização, quedas, desenvolvimento de problemas cardiovasculares e qualidade de vida; e, Estudo de Audição, que irá determinar como os sons a que as pessoas estão expostas no dia a dia podem impactar na capacidade auditiva.
Os temas, em si, não são novidade. Mas o potencial tamanho da amostra a ser estudada pode revelar informações importantes. Especialmente no campo de saúde da mulher, que ainda carece de estudos amplos e focados nas necessidades particularidades deste público e em suas diferenças fisiológicas.
Para participar dos estudos, os portadores de qualquer smartwatch da empresa poderão baixar o aplicativo e se voluntariar. Além da facilidade, a Apple garante que as informações serão disponibilizadas aos pesquisadores de forma anônima, sem que seja possível identificar indivíduos. Outra vantagem é que os usuários poderão escolher quais informações compartilhar e acompanhar.
Para nós, iniciativas como essa são muito importantes para incentivar o desenvolvimento de pesquisas capazes de colaborar para o aperfeiçoamento do setor e gerar efeitos positivos para a qualidade de vida da população em geral. Os mesmos motivos que nos levam a incentivar a pesquisa acadêmica com foco em saúde suplementar no Brasil por meio, por exemplo, do Prêmio IESS, que tem inscrições abertas até 15 de outubro. Confira o regulamento.
Com o avanço da medicina ao longo das últimas décadas, houve um ganho expressivo em expectativa de vida e, mais importante, expectativa de vida com qualidade. Ao mesmo tempo, logicamente, aumentaram as ocorrências de doenças crônicas e multimorbidade, já que, com a idade, tendem a aumentar os problemas de locomoção e cognição, bem como a necessidade de hospitalização por longos períodos. Especialmente nos chamados idosos longevos, aqueles com mais de 80 anos.
Com essa mudança de cenário, passaram a ganhar espaço algumas questões éticas como “quando é melhor tratar o paciente com cuidados paliativos?” ou, ainda, “quando um paciente deveria permanecer internado em domicílio ou em hospital?”. Questões que, em última análise, estão intimamente ligadas à dignidade humana e a capacidade de aproveitar a vida com qualidade junto aos parentes e amigos.
Já tratamos, aqui no blog, da questão dos cuidados paliativos: o Dr. Daniel Neves Forte, presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, deu uma aula sobre o tema no seminário “Decisões na Saúde - Cuidados Paliativos e Nat-Jus: Iniciativas da Medicina e do Direito que geram segurança ao paciente e sustentabilidade ao sistema”. Vale rever.
Assim como já abordamos a questão da desospitalização e suas vantagens quando bem executada durante nosso seminário no Healthcare Innovation Show (HIS) 2017, também já comentado aqui.
Agora, contudo, o estudo “Condições de saúde e necessidades de cuidado de idosos assistidos no domicílio em programa do sistema de saúde suplementar”, publicado na última edição do Boletim Científico, demonstra que para ser efetivo, o modelo de internação domiciliar, em que o paciente é tratado no próprio lar e acompanhado de profissionais de saúde, precisa ser muito bem estruturado para ser eficaz.
O estudo analisou 92 pacientes internados no próprio domicílio em Florianópolis, Santa Catarina, sendo 67,5% deles idosos longevos, e detectou que metade da amostra encontrava-se acamada, dependendo do auxílio de outras pessoas para realizar atividades básicas a sua sobrevivência. Além disso, 32% dos idosos tinham dependência total para essas atividades e 54% apresentavam perda de cognição severa.
Resultados que indicam que a rede de suporte e apoio a esta prática precisa ser fortalecida para que esse método de desospitalização possa cumprir seu propósito de entregar dignidade para esses pacientes.
Você também tem uma pesquisa acadêmica? Não deixe de inscrever seu trabalho de pós-graduação no IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. Caso seu trabalho não seja de pós, você pode inscrevê-lo no espaço para pôsteres. Veja o regulamento e inscreva-se gratuitamente.
A regulação do setor de saúde suplementar é um dos principais assuntos debatidos em nossos estudos, análises e, de forma geral, em todos os nossos canais de comunicação. Acreditamos que, assim como acontece em qualquer setor, no Brasil ou no mundo, a regulação pode ser tanto indutora de políticas bem estruturadas e comportamentos virtuosos, quanto é capaz de estrangular uma atividade econômica.
Um exemplo claro de como a regulação pode ajudar o setor a se desenvolver é a Resolução Normativa (RN) 443 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que determina padrões mínimos de gestão corporativa e controle interno para as Operadoras de Planos de Saúde (OPS) com o objetivo de garantir sua solvência e, consequentemente, a capacidade de honrar compromissos com os beneficiários.
A questão da regulação como motor de políticas capazes de aprimorar a saúde suplementar no País é, justamente, o campo de expertise de Marília Raulino, vencedora do VIII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, na categoria economia, com o estudo “A regulação como propulsora de práticas de controle interno na saúde suplementar”.
Confira, abaixo, a entrevista que realizamos com a pesquisadora sobre o Prêmio IESS, sua carreira e a importância de ter uma regulação bem estruturada. Se quiser conhecer mais trabalhos da pesquisadora, ela também tem escrito para o nosso blog esporadicamente, tratando de temas como “Governança corporativa e a assimetria informacional na saúde suplementar” e “Controle interno e sustentabilidade na saúde suplementar”.
E continue acompanhando nosso blog para saber o que vencer o Prêmio IESS significou para cada um dos laureados de 2018.
Blog do IESS – Como você ficou sabendo do Prêmio IESS?
Marília Raulino – O IESS sempre foi um dos portais que eu consulto para ficar em dia com indicadores e novidades do setor de saúde suplementar, além de ler as análises sobre esses fatos. Então, fiquei sabendo do Prêmio IESS pelo próprio site.
Blog – O que te levou a se inscrever no Prêmio IESS?
Marília – Primeiro, o know-how do IESS. O IESS tem um histórico de fomentar pesquisas acadêmicas e o respaldo por já estar (à época) no 8° Prêmio. Além disso, vi que as pesquisas premiadas nos anos anteriores eram todas de ótima qualidade e os avaliadores extremamente conceituados e credenciados.
É uma iniciativa muito bem organizada.
Blog – E o que mudou após vencer o Prêmio?
Marília – A partir do momento que soube da notícia, já pude sentir o reconhecimento na minha instituição, a Universidade Federal da Paraíba (UFP). O resultado também foi divulgado pelo IESS e pela UFP aqui, regionalmente, e isso trouxe um reconhecimento. É algo importante para os pesquisadores interessados no setor.
Também recebi contatos de OPS interessadas nos resultados e participei de alguns eventos para divulgar a pesquisa em outros centros acadêmicos, dando palestras. Então, tive retornos positivos e ainda espero colher mais frutos.
Até por isso, eu sempre faço questão de apresentar o Prêmio IESS como um reconhecimento ao trabalho da pesquisa científica, especialmente para os pesquisadores que estão ingressando nesse mercado.
Blog – Falando do seu trabalho, você estudou como a regulação poderia incentivar mecanismos de controles internos nas OPS. O que pode nos dizer sobre o assunto?
Marília – De fato, essas estruturas ainda são frágeis e embrionárias, mas um dos resultados mais relevantes do meu trabalho foi detectar que essas práticas precisariam de uma regulação própria e não apenas um incentivo mencionado dentro de outro tema.
Blog – E isso foi algo que a ANS fez pouco depois de você apresentar o seu trabalho e ganhar o Prêmio.
Marília – Exatamente. A RN443 foi publicada no início deste ano e eu pude ajudar no período de consulta pública a partir dos meus estudos e, de fato, há sugestões contempladas na norma.
Agora, acho que o IESS premiar um trabalho com esse foco antes de a ANS emitir uma regulação sobre o assunto demonstra a credibilidade do IESS e a capacidade do Instituto detectar assuntos que precisam ser analisados e debatidos para o aprimoramento do setor.
Blog – E você está continuando a pesquisa que lhe rendeu o Prêmio IESS?
Marília – Sim, estou ampliando a pesquisa e pretendo torná-la o tema do meu trabalho de doutorado. Além disso, estou trabalhando com algumas empresas para desenvolver mecanismos de controle interno para as Operadoras, mas isso ainda não posso revelar.
Blog – E sobre a nova pesquisa, qual sua pretensão?
Marília – Ah, ainda está muito no começo, mas com certeza vou submetê-la ao Prêmio IESS quando estiver pronta!
O IX Prêmio IESS tem inscrições abertas até 13 de setembro. A mais importante premiação de trabalhos de pós-graduação com foco em saúde suplementar irá conceder R$ 45 mil em prêmios aos melhores estudos de três categorias: Economia; Direito; e Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde. São R$ 10 mil a cada um dos primeiros colocados e R$ 5 mil para os segundos.
Não perca tempo! Veja o regulamento e inscreva-se agora.
Há pouco tempo, aqui no blog, publicamos uma análise especial acerca dos dados de planos exclusivamente odontológicos a partir dos dados contidos no Mapa Assistencial 2018, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Na ocasião, contudo, focamos apenas na frequência de uso desses serviços: foram realizados mais de 176 milhões de procedimentos odontológicos no Brasil ao longo de 2018. O que equivale a 10 milhões de procedimentos a menos do que no ano anterior, como pode ser visto na “Análise do mapa assistencial da saúde suplementar no Brasil entre 2011 e 2017”.
Ao mesmo tempo, dados do Documento de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde (DIOPS), da ANS, indicam que as despesas assistenciais pagas pelas operadoras deste tipo de plano para o atendimento de seus beneficiários totalizaram R$ 1,7 bilhão em 2018. Um incremento de 10% em relação ao registrado em 2017.
Acreditamos que essa variação pode ter ocorrido por uma conjunção de dois fatores. O primeiro é o aumento no valor médio de cada procedimento odontológico, o que pode se atribuir ao aumento de preços dos insumos. O segundo é a migração do perfil de uso desses serviços, agora com procedimentos complexos se tornando mais comuns do que eram antes.
Apesar do aumento nas despesas simultaneamente a redução da frequência de uso e seus eventuais impactos na contraprestação dos beneficiários, os custos para adquirir um plano exclusivamente odontológico ainda são bem mais atraentes do que os de planos médico-hospitalares. O que, somado a satisfação dos beneficiários – vale lembrar, a pesquisa IESS/Ibope indica que 86% deles afirmam estar satisfeitos ou muito satisfeitos com o serviço contratado – tem feito a busca por esse tipo de plano continuar crescendo ao longo de 2019.
Só no primeiro semestre deste ano, de acordo com a última edição da NAB, já foram registrados 526,9 mil novos vínculos com planos exclusivamente odontológicos, alta de 2,2% em relação a dezembro do ano passado. E acreditamos que o mercado deve ultrapassar a marca de 25 milhões de beneficiários ainda em 2019.