A criação, em 2018, de um espaço para exibição de pôsteres de trabalhos (acadêmicos ou não) relacionados à saúde suplementar durante a cerimônia de entrega do Prêmio IESS é algo que muito nos orgulha.
A iniciativa cumpre a importante função de incentivar a criação de estudos e o interesse de pesquisadores pelo setor de saúde suplementar desde o começo da vida acadêmica, além de ser um espaço para empresas e outras instituições apresentarem o que têm desenvolvido nessa área. Claro, o grande diferencial deste projeto é possibilitar um canal de contato e troca de experiências entre estes públicos de interesses tão semelhantes, mas experiências tão distintas. O que só tende a enriquecer o diálogo.
Também por acreditar na importância dessas interações e da troca de conhecimentos que criamos uma página especifica para “hospedar” os Anais do Prêmio IESS. A partir de hoje, você pode consultar de forma ainda mais prática e rápida os pôsteres exibidos a cada ano.
Os pôsteres da edição 2018, que você já conhece, estão lá. E, agora, os de 2019 também. São 15 novos trabalhos para você conferir.
Tá esperando o quê? Leia já.
A telemedicina está sendo utilizada de forma pontual ou abrangente? Com objetivos apenas comerciais ou foco na qualidade assistencial? O Brasil está preparado para a nova era de segurança da informação? Os gestores, pesquisadores e demais profissionais do setor de saúde entendem o valor e os riscos relacionados à posse de dados de seus clientes?
As perguntas acerca da transformação digital são várias e o setor apresenta diferentes níveis de entendimento dos desafios que se desdobram a partir deste ano, com o processo de ajuste para atuar em conformidade com a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e as novas tecnologias que aparecem em ritmo crescente e com capacidade cada vez maior de transformar processos e relacionamentos entre os diversos elos dessa cadeia produtiva.
Pensando nesse contexto, durante o seminário “Transformação Digital na Saúde”, reunimos especialistas com diferentes interesses e experiências para um importante debate na busca de “Uma visão integrada dos desafios da transformação digital na saúde”.
Confira o resultado no vídeo abaixo e não perca, na próxima semana, nossas considerações a partir desta iniciativa.
No fim do ano passado, o seminário “Transformação Digital na Saúde” trouxe novos pontos de vista e reflexões importantes sobre questões que o setor de saúde como um todo tem debatido cada vez mais. Entre eles, o papel das novas tecnologias na oferta de serviços de saúde do futuro e como a crescente interação com inteligências digitais já está modificando a execução de atividades diárias nos sistemas de saúde do Brasil e do mundo.
Neste sentido, a palestra “Telessaúde telemedicina: desafios para uma nova era de cuidados”, do Dr. Chao Lung Wen, professor líder do grupo de pesquisa de telemedicina da Universidade de São Paulo (USP), nos mostra que a transformação está acontecendo em ritmo bastante intenso – segundo ele, já estamos na era da saúde 5.0 – e revela possibilidades animadoras para o futuro. Não só sobre os impactos tecnológicos propriamente ditos, mas também a respeito dos aspectos éticos relacionados a estas mudanças. Por exemplo, o Professor Wen é categórico ao afirmar que “a telemedicina não desumaniza (o atendimento)”.
Claro, temos nossa própria avaliação sobre as informações apresentadas e vamos compartilhar com você, leitor deste blog. Mas, hoje, gostaríamos de te convidar para ver esta “aula” e refletir. Aproveite.
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Apresentação do Dr. Chao Lung Wen, professor líder do grupo de pesquisa de telemedicina da Universidade de São Paulo (USP), durante o seminário “Transformação Digital na Saúde”, que realizamos em 11 de dezembro de 2019 no hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo.
“O setor de saúde suplementar ainda é carente de ferramentas de fomento de pesquisas e, por isso, lançamos o Prêmio IESS em 2011. À época, o País era outro, mas alguns problemas persistem. Premiações e eventos como esse são fundamentais para debater os desafios do setor e avançarmos em soluções.” A fala de José Cechin, superintendente executivo do IESS deu o tom da abertura do seminário “Transformação Digital na Saúde”, realizado esta semana em São Paulo. “Neste ano, tivemos recorde de inscrições no Prêmio e esse crescente interesse reforça sua importância. Queremos continuar nos reinventando e teremos novidades na edição 2020”, complementou.
Além da apresentação dos vencedores do IX Prêmio IESS, o evento contou com palestra sobre telessaúde e os desafios para uma nova era de cuidados, do Dr. Chao Lung Wen, professor líder do grupo de pesquisa de telemedicina da Universidade de São Paulo (USP). Segundo o especialista, o setor tem caminhado, mas ainda enfrenta desafios para a ampliação da prática. “A Telemedicina não desumaniza. Do mesmo modo que estar face a face com o paciente não significa humanização. Isso está diretamente relacionado com a postura do profissional e sua formação”, comentou.
O debate contou com a participação do Dr. Carlos Alfredo Lobo Jasmin, diretor da Associação Médica Brasileira (AMB); Leandro Fonseca, diretor presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); e, Luiz Alberto Ortiz, CIO da Orizon. “A inovação não é só tecnológica. É de processos. Temos que rever práticas, métodos e custos de troca de informações em prol de um sistema mais sustentável na relação entre operadoras de planos de saúde, reguladores, prestadores de serviços e beneficiários”, disse Fonseca.
Já Ortiz lembrou de outro importante elo do setor. “É fundamental que o empregador também entre na cadeia de cuidados que envolvem o paciente, garantindo programas mais efetivos de promoção de saúde e prevenção de doenças”, afirmou. “Além disso, o engajamento da sociedade e dos beneficiários com sua própria saúde representa um importante pilar para a ampliação da qualidade da assistência”, concluiu Jasmin.
Continuaremos apresentando detalhes do evento nos próximos dias. Não perca. Ah, se ainda não conheceu os vencedores do Prêmio IESS, essa é a hora. Acesse!
Não é de hoje que falamos de como o avanço tecnológico representa ganho de eficiência também para o setor de saúde. Já falamos, por exemplo, da frequência, eficiência e economia no uso do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) nos Estados Unidos ou ainda sobre como o recebimento de exames por meios digitais facilita a vida de pacientes, médicos e clínicas.
Mais do que tendência, as diferentes tecnologias empregadas na assistência já são uma realidade para diversas finalidades e começam a ganhar maior disseminação também em nosso país. A boa notícia dessa vez vem do Tribuna Online por meio de reportagem que mostra como a medicina a distância tem auxiliado na redução da espera no setor público e agilizado o diagnóstico de pacientes com consultas e relatórios online.
A reportagem mostra a Telessaúde, ferramenta do Ministério da Saúde que proporciona atendimento ao paciente sem que ele tenha que se deslocar para outro município contando com médicos, enfermeiros, dentistas, nutricionistas e psicólogos, entre outros profissionais.
Por meio dos princípios da atenção primária em saúde, o programa busca reduzir a lista de espera fornecendo atendimento básico prévio aos pacientes. “O maior benefício é a possibilidade de o paciente ter o seu caso resolvido na própria cidade. Não vai ter deslocamento, não vai atrasar o diagnóstico, o problema dele é resolvido de forma eficiente e rápida. Só é internado quem realmente precisa”, contou a chefe da unidade de e-saúde da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a fonoaudióloga Carmen Barreira-Nielsen.
A Atenção Primária à Saúde e a telemedicina são temas frequentes aqui em nossas publicações. As duas modalidades são fundamentais para o bem-estar do paciente e o desenvolvimento dos setores de saúde no país. A importância do tema repercute nas nossas publicações e nos trabalhos inscritos e laureados com o Prêmio IESS, auxiliando na ampliação do debate pela sociedade e o setor.
Nesse sentido, você pode conhecer o trabalho vencedor da categoria Promoção de Saúde e Qualidade de Vida no VII Prêmio IESS - “Atenção Primária na Saúde Suplementar: estudo de caso de uma Operadora de Saúde de Belo Horizonte”, de Eulalia Martins Fraga.
Já sobre a telemedicina, mostramos no Boletim Científico como a aplicação de teleodontologia resultou em redução significativa nos gastos com essa modalidade da assistência no sistema de saúde australiano.
É bom conhecer iniciativas e casos que resultem em melhora da qualidade para o paciente e de eficiência ao sistema. A redução dos custos com viagem e hospedagem, além da melhora e do aprimoramento na verificação de exames e rapidez no encaminhamento para outros profissionais especializados, pode ser usada, por exemplo, em áreas rurais ou de difícil acesso. A redução de custos garante a possibilidade de investimento em outras áreas da saúde em prol do paciente.