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Apresentação Telemedicina Telessaúde Prêmio IESS

Telessaúde e telemedicina: desafios para uma nova era de cuidados | Chao Lung Wen

Dezembro 2019

Apresentação do Dr. Chao Lung Wen, professor líder do grupo de pesquisa de telemedicina da Universidade de São Paulo (USP), durante o seminário “Transformação Digital na Saúde”, que realizamos em 11 de dezembro de 2019 no hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo.

Novembro 2019
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Convidamos um dos maiores especialistas do Brasil em telemedicina, o dr. Chao Lung Wen, professor líder do grupo de estudo de telemedicina da Universidade de São Paulo (USP), para responder a 3 perguntas: 

1. Quais as possibilidades e potenciais ganhos clínicos e econômicos da utilização de novas tecnologias para a telemedicina e teleconsultas? 

2. Qual o estágio atual de aplicação desses potenciais no Brasil? 

3. Quais as barreiras e entraves a superar para sair do ponto atual e atingir todo o potencial das novas tecnologias em saúde? 

Confira as respostas do Prof. Chao na palestra “Telemedicina e Telessaúde: Desafios para uma nova era de cuidados”, que acontecerá durante o seminário “Transformação Digital na Saúde”, dia 11 de dezembro, no hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo. Confira a programação e inscreva-se

Na ocasião também vamos apresentar os trabalhos vencedores do IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar e explicar como eles podem, na prática, ajudar a transformar o setor. 

Ah, se você também se interessa pelo assunto telemedicina, seu potencial para estender o atendimento assistencial para zonas mais afastadas dos grandes centros urbanos e, efetivamente, transformar as relações de pacientes com os serviços de saúde, não deixe de ler o TD 74 – “A Telemedicina traz benefícios ao sistema de saúde? Evidências internacionais das experiências e impactos” –, já comentado aqui

 

Outubro 2019
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O TD 74 – “A Telemedicina traz benefícios ao sistema de saúde? Evidências internacionais das experiências e impactos” – destaca o potencial de uso de telemedicina com base em sua utilização por outros países, como China e Estados Unidos, já comentadas aqui. Mas como isso poderia ser aplicado aqui, se as teleconsultas estivessem reguladas? 

Acreditamos que a tecnologia traria grandes benefícios para o sistema de saúde nacional, tanto público quanto privado. O mais fácil de ser notado seria a diminuição dos espaços ou, sendo mais preciso, a redução do tempo de deslocamento e das dificuldades enfrentas para conseguir uma consulta. Especialmente para os brasileiros que moram mais afastados dos grandes centros, em regiões rurais ou em meio à Amazônia, por exemplo. 

  

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Imagine ter que enfrentar horas de estrada, de barco ou precisar pegar um avião para se consultar em um centro médico. Se o problema for realmente grave, ok. Era algo necessário. Mas como saber se uma febre é motivada apenas por um resfriado ou outra doença mais perigosa? A resposta, claro, é “consultando um médico”. Exatamente por isso, acreditamos que é preciso democratizar o acesso aos serviços de saúde por meio da telemedicina. Imagine que ao invés de se deslocar 2 horas de carro você só precisou andar 15 minutos até o posto mais perto para ser atendido pelo mesmo profissional. Não parece bom? 

As experiências internacionais apontam que é possível equipar as regiões mais afastadas com centro de atendimento em que os pacientes sejam acompanhados por enfermeiros e recebam atendimento por telemedicina. E, então, caso seja necessário o deslocamento para um centro especializado, a remoção se daria de forma mais organizada e segura, com o paciente já recebendo cuidados médicos necessários. 

Outra vantagem é a redução de custos. Seja para o paciente, que não tem que gastar com deslocamento e, muitas vezes, estadia; seja para o sistema, que não tem que manter uma estrutura mais cara em diversas regiões. O que, acaba se revertendo em mais investimento para ampliar a qualidade assistencial de modo geral ou, ao menos, em uma redução do ritmo de reajustes dos custos de saúde. 

  

Outra vantagem do modelo é estimular a criação de grandes centros de excelência para a realização das teleconsultas e atendimento presencial, caso necessário. Espaços com uma elevada concentração de profissionais e tecnologia que poderiam propiciar o desenvolvimento de estudos e estimular a troca de conhecimento, melhorando a qualidade da saúde como um todo. Mas isso é assunto para outro blog. 

Junho 2019
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Ontem, aqui no Blog, lançamos o TD 74 – “A Telemedicina traz benefícios ao sistema de saúde? Evidências internacionais das experiências e impactos” apresentado durante o Seminário Internacional de Saúde da População, organizado pelo Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da Fundação Getulio Vargas (FGV). Hoje, queremos apresentar duas das experiências reportadas no estudo e que demonstram a importância deste recurso, tanto para saúde suplementar quanto pública. 

A primeira delas aconteceu na China. Um projeto local que durou de 2003 a 2012 conectou 249 hospitais na região rural de Sichuan, que conta com uma população de 81,1 milhões de pessoas, a 112 centros altamente especializados localizados na capital. Durante o período, foram realizadas quase 12 mil teleconsultas dedicadas principalmente ao diagnóstico de neoplasias, lesões e doenças cardiovasculares. Como resultado, 39,8% dos diagnósticos originais realizados nos hospitais rurais foram modificados após a consultoria com os hospitais especializados e 55% dos tratamentos originais foram alterados. Ou seja, a telemedicina influenciou diretamente a qualidade assistencial. 

Do ponto de vista financeiro, o projeto também teve ótimos resultados: gerou uma economia líquida de cerca de US$ 2,3 milhões para pacientes (que não precisaram se deslocar para outros locais para serem atendidos) e de US$ 3,7 milhões para especialistas (que não precisaram se deslocar entre cidades para completar o diagnóstico ou validar o tratamento). 

Já os benefícios de teleconsultas (relação direta entre médico e paciente) – que ainda carecem de regulação no Brasil, vale lembrar –  podem ser observados em um projeto conduzido nos Estados Unidos, entre julho de 2012 e julho de 2014, que possibilitou que 296 pacientes veteranos de guerra que moram em zona rural da Flórida realizassem 755 consultas com especialistas em oncologia de grandes centros urbanos. Os pacientes tiveram uma redução de 80,7% na distância percorrida ao se consultar em um centro médico local ao invés de se deslocar para a instalação especializada em Miami. O que resultou em uma economia de US$ 155,6 mil (US$ 88, 4 mil em deslocamento e US$ 67,2 mil em hospedagem).  

Além disso, uma pesquisa de satisfação com os pacientes revelou que eles concordaram quase unanimemente que puderam receber todos os benefícios de uma consulta presencial por meio da telemedicina, incluindo a revisão de resultados de exames, aconselhamento adequado sobre sua doença e discussão dos riscos e benefícios de diferentes opções de tratamento. 

Nos parece claro que as novas tecnologias estão aumentando, cada vez mais, as possibilidades para a telemedicina, inclusive para a realização de teleconsultas. Por isso, apesar de entendermos a decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) de suspender a resolução 2.227/2018 em função do volume de mudanças sugeridas, acreditamos que é fundamental retomar agenda de regulação dessa possibilidade de atendimento. Ainda que em um primeiro momento alguns profissionais se incomodem com a nova realidade. 

Se considerarmos o potencial deste recurso para levar atendimento assistencial de qualidade para brasileiros em regiões afastadas, como áreas rurais e a Amazônia, por exemplo, a iniciativa se torna ainda mais importante não apenas para a Saúde Suplementar, mas também para o Sistema Único de Saúde (SUS).  

Resumindo, o Brasil precisa da telemedicina. 

Apresentação do IESS Telemedicina

A Telemedicina traz benefícios ao sistema de saúde? | José Cechin

Junho 2019

José Cechin, superintendente executivo do IESS, apresentou os resultados do TD 74 – “A Telemedicina traz benefícios ao sistema de saúde? Evidências internacionais das experiências e impactos”, durante o Seminário Internacional de Saúde da População, organizado pelo Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo, em 5 de junho de 2019.

Junho 2019
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“A telemedicina é um recurso importantíssimo para ofertar atendimento assistencial aos brasileiros, especialmente considerando as proporções continentais do País e as diferenças estruturais entre suas diversas regiões.” A opinião é de nosso superintendente executivo, José Cechin, que apresentou o TD 74 – “A Telemedicina traz benefícios ao sistema de saúde? Evidências internacionais das experiências e impactos”– hoje (05/06), durante o Seminário Internacional de Saúde da População, organizado pelo Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo. 

O TD mostra a experiência internacional com o uso do recurso em sete países além do Brasil (Albânia, Austrália, Bangladesh, China, Estados Unidos, México e Noruega) e destaca que o uso da telemedicina pode trazer benefícios como a redução de tempo de atendimento, dos custos de deslocamento de pacientes e profissionais de saúde e mesmo melhora na qualidade assistencial ao possibilitar o acesso a especialistas em áreas remotas que não contam com centros de referência em certas especialidades.  

Para possibilitar o uso de todo o potencial das novas tecnologias em favor da telemedicina e da qualidade de vida dos pacientes no Brasil, entretanto, é preciso regular seu uso entre profissionais de saúde e pacientes, já que a legislação atual prevê apenas seu emprego para teleconsultoria, programas que relacionam médicos com outros médicos ou com outros profissionais de saúde.  

Para a realização de teleconsultas, com o contato direto entre médicos e pacientes, é fundamental retomar os debates sobre a  resolução 2.227/2018, suspensa pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em função do volume de proposta de mudanças e críticas recebidas após sua divulgação, como já comentamos aqui no blog

A partir de amanhã, iremos detalhar as experiências internacionais apresentadas no TD 74 e como elas poderiam beneficiar o sistema de saúde brasileiro como um todo, tanto o Sistema Único de Saúde (SUS) quanto a saúde suplementar. Não perca. 

Junho 2019
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No Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (Medline, na sigla em inglês) da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, a maior parte dos estudos sobre telemedicina está relacionado a “Diabetologia”, o estudo da diabete. Justamente por esse volume, o estudo “Telemedicina e Diabetes”, destaque da seção Saúde & Tecnologia da última edição do Boletim Científico, buscou detectar como esse tipo de assistência tem se desenvolvido e sua aplicabilidade.  

O resultado mostra que a tecnologia é altamente efetiva para o acompanhamento de pacientes com diabetes, mas está longe de ser eficaz para a oferta de assistência direcionada. Ou seja, dados como o nível de glicose são transmitidos para um profissional capaz de interpretá-los, mas não retornam ao paciente ou seu cuidador como medidas que possam ser facilmente aplicáveis ao dia a dia, possibilitando melhora na qualidade de vida do diabético. 

Para que a efetividade da telemedicina não se limite ao telemonitoramento, os pesquisadores recomendam o desenvolvimento de ferramentas especiais que permitam a interação entre todos os envolvidos.  

Nesse sentido, o trabalho também detectou que é fundamental oferecer treinamento aos cuidadores dos dois lados do processo. Especialmente porque muitos deles foram sujeitos a um incremento expressivo de novas tecnologias e suas rotinas de trabalho sem qualquer assistência para se adaptarem a elas. Por outro lado, os pacientes costumam ser o “elo” mais aberto ao uso da tecnologia devido a praticidade e qualidade de vida que ela pode proporcionar.  

Para garantir uma transição mais suave e o melhor aproveitamento da telemedicina, o estudo aponta que as novas soluções deveriam incluir cuidadores ao longo de seu processo de desenvolvimento, o que aumenta sua chance de adoção pelos profissionais de saúde no futuro. 

Continue acompanhando nosso blog par saber mais sobre os demais estudos resumidos na última edição do Boletim Científico. 

Maio 2019
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A telemedicina deve movimentar até US$ 8 bilhões no Brasil até 2024, segundo levantamento do Healthcare Information and Management Systems Society (HIMMS). Dado que, em nossa opinião, deveria ser suficiente por si só para estimular o setor a avançar na regulação do serviço e retomar o debate da resolução 2.227/2018 – que, como apontamos aqui acreditamos que não deveria ter sido suspensa.  

Claro, “não adianta chorar o leite derramado”. 

Sempre buscamos fomentar debates e apoiar o desenvolvimento de melhores práticas no setor por meio de estudos e disseminação de conhecimento. Então, ao invés de ficarmos lamentando ou esperando, resolvemos fazer nossa parte. 

Por isso, no próximo dia 5 de junho, iremos apresentar o estudo inédito “A Telemedicina traz benefícios ao sistema de saúde? Evidências internacionais das experiências e impactos” durante o Seminário Internacional de Saúde da População, realizado pelo Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), em São Paulo. 

Se você não conseguir acompanhar o evento, não se preocupe, o estudo será disponibilizado aqui no mesmo dia. 

Não perca! 

Fevereiro 2019
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Ao longo das últimas semanas, o setor de saúde (nós, inclusive) tem acompanhado a “novela” da resolução 2.227/2018, do Conselho Federal de Medicina (CFM), que normatiza o uso da telemedicina no País. Ontem, no mais recente capítulo dessa história, o CFM revogou a medida. Uma ação que levou em consideração as quase 1.500 propostas de mudança na resolução enviadas para a consulta pública aberta pela entidade e o descontentamento de boa parte dos Conselhos Regionais de Medicina (CRM). 

Entendemos que o volume de mudanças sugeridas é gigantesco e merece consideração. E claro, não é nada fácil “trocar o pneu com o carro em movimento”, então a decisão de suspender a normativa parece sensata, não é? Em nossa opinião, não. 

Como já apontamos aqui no Blog, a tecnologia tem avançado e continuará avançando. A telemedicina já é usada e a última resolução que trata do assunto é de 2002, 17 anos atrás, portanto. Acreditar que o recurso deixará de ser empregado e “o carro vai parar para trocarmos o pneu com segurança” nos parece um pouco ilógico. Pior, significa postergar ações que poderiam beneficiar milhares (provavelmente, milhões) de brasileiros (beneficiários de planos ou não). Na prática, ao invés de “parar o carro”, vamos “ignorar o pneu furado e continuar rodando”. 

A decisão nos parece ainda mais estranha quando consideramos que uma das principais críticas é a insegurança das informações médicas. Assunto que não depende dessa resolução, já que a nova Lei Geral de Proteção de Dados determina, também para o setor de saúde, padrões bastante rígidos que devem assegurar a privacidade e segurança dessas informações – outro assunto importantíssimo que estamos acompanhando e ainda vamos abordar aqui no Blog. 

Bom, a decisão foi tomada. Esperamos que, ao menos, o setor “aproveite a oportunidade” para debater o assunto mais a fundo e propor uma normatização prática e eficaz. Afinal, a tecnologia não para de avançar e nós também não podemos ficar parados observando o tempo passar. 

Fevereiro 2019
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Mesmo quem não é do setor tem sido impactado pelo assunto nas últimas semanas. As novas regras para uso da telemedicina definidas na resolução 2.227/2018, do Conselho Federal de Medicina (CFM), deverão entrar em vigor no mês de maio, mas já levantaram intensos debates entre especialistas.  

Isso porque, ao mesmo tempo em que a resolução foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), o CFM reabriu o debate público por mais 60 dias sobre as normas que determinam as regras para consultas online, telecirurgias e telediagnóstico, entre outras formas de atendimento à distância. Nós já falamos do tema aqui, mostrando como a Telemedicina pode auxiliar no contato entre médicos e pacientes. 

Entre os debates sobre o tema, um bom ponto foi apresentado por Sandra Franco, consultora jurídica e presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde. A especialista aponta o mesmo benefício que apresentamos, já que a norma permite que médicos atendam pacientes em áreas de difícil acesso, por exemplo, usando um computador ou smartphone. 

Doutoranda em Telemedicina, Sandra afirma que é o avanço da tecnologia no setor de saúde é inevitável. “Não podemos ser contrários ao uso da tecnologia responsável na saúde, em especial em um país com a nossa realidade. Esse não é o momento de se insurgir em críticas e tentar evitar o inevitável: o avanço da Tecnologia na Medicina. Em outros países, a Telemedicina já é uma realidade há muito tempo. Assim, devemos canalizar as energias para buscar as ferramentas necessárias para instrumentalizar a resolução da maneira mais ética, juridicamente segura e favorável aos pacientes e profissionais da saúde”, ressalta. 

A especialista vai além e lembra dos pontos positivos trazidos pelo modelo em outros países. “A Telemedicina (em um conceito amplo) existe há muito tempo em hospitais e planos de saúde de outros países do mundo como, por exemplo, EUA e Inglaterra. Estudos locais apontam que para resultados positivos e diminuição de custos. O uso da Telemedicina de forma adequada e regulamentada será favorável para os médicos e para a sociedade”, conclui. 

Veja a matéria publicada no Diário de Petrópolis.