Na última quarta-feira (8/3), aqui no blog, apontamos que o total de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos encerraram janeiro de 2017 com acréscimo de 1 milhão de vínculos em comparação ao mesmo mês do ano anterior, o que representa um crescimento de 4,9%.
Hoje, como prometemos, vamos comentar os resultados das cinco grandes regiões do País. O resultado, como já mostramos, foi puxado pelo Estado de São Paulo, onde o total de vínculos desse tipo cresceu 6,1% no período analisado. O que equivale a 431,2 mil novos beneficiários. Contudo, o crescimento dos planos exclusivamente odontológicos na região Sudeste foi de 3,1%, abaixo da média nacional. O resultado foi afetado pelos números do Rio de Janeiro, onde 103,2 mil vínculos foram rompidos.
A região Nordeste foi a que apresentou o maior avanço proporcional de beneficiários deste tipo de plano. Entre janeiro de 2016 e o mesmo mês de 2017, o total de vínculos na região cresceu 6,7%. O que equivale a 264,9 mil beneficiários. Dentro da região, o Maranhão foi o Estado com o maior crescimento porcentual de beneficiários: 12,3%. O que significa 18,6 mil novos vínculos. Contudo, Pernambuco foi o Estado que registrou o maior crescimento absoluto, com 89,3 mil novos beneficiários. Aumento de 11,6%.
Por outro lado, o Centro-Oeste foi a região onde o total de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos menos cresceu, tanto proporcionalmente quanto em números absolutos. A região registrou 29,7 mil novos vínculos no período analisado, alta de 1,9%. O Distrito Federal, contudo, continua sendo o ente federativo com a maior taxa de cobertura deste plano no País: 26,6%. No Brasil, apenas 10,7% da população contam com um plano deste tipo.
No norte, o impulso registrado foi de 4%, o que significa 39,9 mil beneficiários nos 12 meses encerrados em janeiro deste ano. Já na região Sul, foram 42,8 mil novos vínculos, alta de 2%. Os números completos estão na última edição da NAB.
No mês passado, publicamos um especial aqui no Blog sobre o mercado de planos odontológicos, apontando seu tamanho, porque ele tem crescido e quais são os desafios do segmento.
Agora, a última edição da NAB, aponta que o total de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos começaram o ano de 2017 com novo acréscimo de beneficiários. No total, entre janeiro de 2017 e o mesmo mês do ano anterior, 1 milhão de vínculos desse tipo foram firmados. O que representa um crescimento de 4,9%. O crescimento do setor foi, novamente, puxado pelo Estado de São Paulo, que registrou 431,2 mil novos vínculos no período analisado.
O resultado só não foi melhor porque, no Rio de Janeiro, 103,2 mil beneficiários deixaram seus planos odontológicos. O estado foi um dos únicos quatro entes federativos em que o total de vínculos com planos exclusivamente odontológicos recuou no período analisado. Os outros quatro foram: Distrito Federal, com 13,1 mil vínculos rompidos no período (-1,6%); Paraná, onde 4,3 mil beneficiários deixaram os planos (-0,4%); e Acre, com 1,2 mil vínculos a menos (-9,6%).
No Espírito Santo, 151 beneficiários tiveram que romper o vínculo com os planos odontológicos. Apesar da redução no total de beneficiários, a variação não chegou a 0,1%.
Nos próximos dias iremos apresentar o comportamento dos planos exclusivamente odontológicos nas 5 grades regiões do País.
O mercado de planos exclusivamente odontológicos registrou alta de 3,8% em 2016. Um acréscimo de 815,3 mil novos vínculos, totalizando 22 milhões de beneficiários em um segmento que tem muito espaço para crescer, como vimos ontem aqui no Blog.
Apesar de acreditarmos, pelos fatores apresentados ontem (valorização dos planos, menor custo de acesso e aumento da valorização da saúde bucal entre os brasileiros), que o segmento deve continuar apresentando resultados positivos, também há razões para ficarmos atentos e nuvens pretas no horizonte.
Quais, afinal, são os principais desafios do setor? O primeiro deles é a crise econômica pela qual estamos passando. O País começa a dar os primeiros sinais de que irá deixar esse período para traz e voltar a crescer, mas isso não acontecerá de um dia para o outro. A previsão é que o PIB nacional avance modestos 0,2% este ano, o que pode ser considerado mais como estabilidade do que crescimento. Mesmo em 2018, o crescimento previsto pelo mercado é de apenas 1,5%, o que pode parecer ótimo comparado com os últimos anos, mas ainda está longe do patamar apresentado por outros países emergentes ou membros do BRICS (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Se o ano de 2017 for marcado por uma nova redução no total de postos de trabalho com carteira assinada ou redução da renda das famílias, o total e vínculos de planos odontológicos, ainda que mais baratos do que os médico-hospitalares, pode sentir algum impacto. Afinal, os planos coletivos empresariais, aqueles oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores, responde por 73,5% do total do mercado. Um risco que, naturalmente, tende a diminuir no próximo ano, se as previsões para o crescimento da economia estiverem corretas.
O outro grande desafio do setor está ligado a conscientização das pessoas quanto a importância da saúde bucal. Apesar de os brasileiros começarem a prestar mais atenção à saúde bucal, esse é outro desafio para o setor. De acordo com dados de 2015 do IBGE (ainda não há dados mais recentes), 55,6% dos brasileiros não se consultam regularmente com um dentista. Ou seja, a conscientização e a adesão a programas de promoção de saúde bucal são pontos que ainda precisam ser melhor trabalhados.
Em 2016, o total de beneficiários de planos médicos hospitalares recuou 2,8%, o que representa o rompimento de 1,4 milhão de vínculos. Um movimento que, como já apresentamos na última edição da NAB e comentados aqui no Blog, faz sentido frente a redução de 1,32 milhão de empregos formais registrada no Brasil ao longo do ano passado.
Contudo, no mesmo período, o mercado de planos exclusivamente odontológicos registrou alta de 3,8%, com o acréscimo de 815,3 mil novos vínculos. O que, então, justifica esse comportamento?
A primeira “vantagem” dos planos exclusivamente odontológicos é que, apesar de ter superado a marca dos 22 milhões de beneficiários em 2016, o segmento ainda conta com menos da metade do total de vínculos médico-hospitalares. Ou seja, ainda está longe de ser maduro e tem mais margem para crescer.
Os custos de planos exclusivamente odontológicos também são mais atrativos se comparados aos planos comuns, o que permite tanto as famílias acessá-los com mais facilidade, mesmo com a redução da renda média; quanto as empresas, mesmo em um momento de crise econômica, oferecer o benefício com menos impacto nos seus custos.
Aliás, esse é justamente um dos pilares do crescimento destes planos. Cada vez mais empresas têm oferecido o benefício como uma forma de reter talentos. A exemplo do que acontece com os planos médico-hospitalares, os planos coletivos empresariais (aqueles oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores) também respondem pela maior parte dos vínculos exclusivamente odontológicos: são 16,2 milhões ou 73,5% do mercado.
Os custos reduzidos em comparação com os planos médico-hospitalares também resultam em mais uma distinção: não é o acesso, mas a educação o principal determinante para que as pessoas mantenham cuidados adequados com sua higiene bucal. O fato é constado em pesquisas internacionais como a “Socio-Economic Determinantsof the Need for Dental Care in Adults”, apresentada na 14° edição do Boletim Científico com o título “Determinantes socioeconômicos da necessidade de assistência odontológica em adultos”.
Já que, de acordo com dados do IBGE, a escolaridade média do Brasileiros cresceu 29,6% entre 2001 e 2015 (o crescimento ultrapassou os 50% para certos grupos), é natural que também o cuidado bucal e a busca e valorização dos planos exclusivamente odontológicos cresça no País.
Esses fatores, somados, tem impulsionado a contratação desses planos nos últimos anos e indicam que ainda há espaço para continuar crescendo. Mas claro, há desafios no caminho. E esse é o tema de amanhã, no último dia do nosso especial sobre planos exclusivamente odontológicos aqui no Blog. Não deixe de ler.
Os planos de saúde exclusivamente odontológicos superaram, em 2016, a marca de 22 milhões de beneficiários. No total, 815,3 mil novos vínculos desse tipo foram firmados no ano passado, o que significa um incremento de 3,8% em relação a 2015. O resultado positivo se destaca ainda mais por seguir na contramão dos planos médico-hospitalares, que registraram queda de 2,8% em 2016.
Mas qual é, exatamente, o tamanho desse mercado, por onde ele se espalha, por que ele está crescendo e quais seus maiores desafios? Essas são as questões que vamos responder essa semana, no especial sobre planos odontológicos, aqui no Blog.
Assim como acontece com os planos médico-hospitalares, a maior parte dos vínculos se concentra no Sudeste do País. São 12,5 milhões. O montante cresceu 1,8% em 2016, acrescentando 222,1 mil novos vínculos na região. O resultado, contudo, poderia ter sido bem mais expressivo. O Estado de São Paulo, sozinho, registrou 285,8 mil novos beneficiários. Contudo, no Rio de Janeiro, 134,6 mil vínculos foram rompidos.
O estado do Rio de Janeiro é um dos únicos cinco entes federativos a registrar queda de beneficiários desse tipo de plano em 2016. Os outros quatro são: Distrito Federal, com queda de 2% ou 16,5 mil vínculos rompidos; Sergipe, com retração de 7,1% ou 14,7 mil vínculos; Acre, que perdeu 1,6 mil beneficiário ou 12%; e Amapá, com leve retração de 0,3%, o que pode ser considerado estável, apesar dos 1,4 mil vínculos a menos do que no ano anterior. Na Bahia, 270 beneficiários deixaram o plano, contudo, o resultado é considerado estável já que a variação porcentual não chegou a 0,1%.
O Nordeste é a segunda região com maior número de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos: 4,1 milhões. O total representa alta de 2,8% em 2016, o que equivale a 112 mil novos vínculos. A Bahia, apesar do resultado estável, concentra a maior parte desses beneficiários, 1,2 milhão, sendo que metade (1,1 milhão) destes está no Paraná.
No Sul, 43,6 mil novos vínculos foram firmados em 2016, o que representa alta de 2%. Com o resultado, a região encerrou o ano passado com 2,2 milhões de beneficiários.
O total de beneficiários destes planos cresceu 1% no Centro-Oeste, chegando a 1,6 milhão. Sendo que o Distrito Federal, novamente apesar da queda, concentra metade dos vínculos da região: 803,3 mil.
Já no Norte, 25,4 mil novos vínculos de planos exclusivamente odontológicos foram firmados em 2016. O que aumentou o total da região em 2,5%, chegando a 1 milhão de beneficiários
Os números detalhados de todos os estados e do Distrito Federal podem ser vistos na última edição da NAB. Amanhã vamos explicar porque esse segmento está crescendo. Não perca!
Ano passado realizamos, no Blog e nas redes sociais, uma enquete para saber sobre qual tema vocês gostariam de ler um especial aqui do Blog.
Tivemos 283 respostas, entre 28 de novembro e 12 de dezembro, e o tema vencedor, com 43 votos foi “Planos Odontológicos”
Por isso, para a próxima semana, preparamos uma série de posts sobre o segmento de planos exclusivamente odontológicos, apontando seu tamanho no Brasil, os motivos que o estão impulsionando e quais são seus principais desafios. Não perca.
Ao contrário dos planos médico-hospitalares, comentados aqui no Blog na terça, os planos exclusivamente odontológicos continuam atraído cada vez mais pessoas. De acordo com a última edição da NAB, já há 21,9 milhões de vínculos deste tipo no Brasil, um crescimento de 3,7% entre novembro deste ano e o mesmo mês de 2015.
A região Sudeste apresenta maior crescimento de vínculos de planos exclusivamente odontológicos. Nos 12 meses encerrados em novembro, houve adesão de 169,8 mil beneficiários. O que representa alta de 1,4%.
Apenas em São Paulo foram firmados 259,5 mil novos vínculos, alta de 3,6%. O resultado supera o total de novos beneficiários de todas as outras regiões do País somadas. Com isso, o Estado concentra 7,4 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos, o que representa um terço dos 21,9 milhões de beneficiários no País.
O resultado da região Sudeste só não foi mais expressivo porque no Rio de Janeiro foram rompidos 129,1 mil vínculos. Uma queda de 4,4%. Apesar de o Estado ainda concentrar o segundo maior número de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos (2,8 milhões), a retração acende uma luz amarela.
A região Nordeste também tem se destacado, apresentando o maior crescimento porcentual desses planos. Foram 111,4 mil novos vínculos no período analisado, um impulso de 2,8%.
Há algumas semanas, realizamos uma enquete sobre o tema dos próximos especiais aqui do Blog. Separamos 8 assuntos importantes e abrimos a votação, que aconteceu do dia 28/11 a 12/12.
O assunto mais pedido por vocês foi “Planos Odontológicos”. Na segunda posição ficou “Novos produtos para a saúde suplementar”, seguido de “Desafios para a sustentabilidade da saúde suplementar” e “DRG e outros modelos de remuneração”, que empataram em terceiro lugar.
Confira o resultado da votação:
Planos odontológicos 43
Novos produtos para a saúde suplementar 38
Desafios para a sustentabilidade da saúde suplementar 37
DRG e outros modelos de remuneração 37
Promoção da saúde 36
Judicialização da saúde 33
Aplicação de TI no mercado de saúde suplementar 31
Envelhecimento populacional 28
Fiquem ligados que nas próximas semanas iremos publicar sobre o assunto vencedor aqui no Blog. Não percam!
O total de beneficiários de planos médico-hospitalares continua caindo. Entre setembro deste ano e o mesmo mês de 2015, houve recuou de 3,1%. O que significa a perda de 1,5 milhão de vínculos, de acordo com a última edição da NAB.
A maior parte dos vínculos rompidos se concentra no Sudeste do País: foram 1,1 milhão nos 12 meses encerrados em setembro. Retração de 3,4%. Apenas no Estado de São Paulo, 449 mil beneficiários deixaram de contar com o plano de saúde. O número é maior do que a soma de vínculos rompidos em todas as outras regiões do Brasil.
O Norte registrou o maior porcentual de pessoas que deixaram de contar com o benefício. Queda de 6,4% ou 120,5 mil vínculos desfeitos.
O Sul teve mais beneficiários deixando os planos do que o Norte. Foram 149,8 mil. O que representa recuo de 2,1%.
Já o Centro-Oeste teve o menor número absoluto de beneficiários tendo que deixar seus planos: 62,4 mil. Uma queda de 2% no período analisado.
Curiosamente, o Nordeste do País, que apresentou o maior crescimento de planos de saúde exclusivamente odontológicos (conforme mostramos aqui no Blog), também apresentou o menor recuo de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares. Entre setembro de 2015 e o mesmo mês desse ano, 76,5 mil vínculos foram desfeitos na região, o que significa retração de 1,1%.
Não é estranho, portanto, que dos 5 estados que apresentaram crescimento no total de beneficiários, 4 são do Nordeste. No Piauí, 8,6 mil pessoas passaram a contar com o benefício, um avanço de 3,1%; Em Sergipe, foram 3,2 mil novos vínculos, alta de 1%. Alagoas teve acréscimo de 0,7% no total de beneficiários, com a chegada de 2,7 mil novos vínculos; e, na Paraíba, o total de beneficiários cresceu 0,2%, o que representa 900 vínculos a mais do que que setembro de 2015.
O único estado fora do Nordeste que registrou aumento no total de beneficiários foi Tocantins, com 1,1 mil novos vínculos. Alta de 1,1%.
Os planos exclusivamente odontológicos têm atraído cada vez mais pessoas, conforme temos apontado aqui no Blog. De acordo com a última edição da NAB, já há 22,2 milhões de vínculos deste tipo no Brasil, um crescimento de 2,7% entre setembro deste ano e o mesmo mês de 2015. Um crescimento que está sendo impulsionado fortemente pela contratação de planos odontológicos no Nordeste do País.
Nos últimos 12 meses encerrados em setembro, o total de beneficiários desse plano cresceu 2,9% na região. Mais do que a média nacional. O aumento representa 115,9 mil novos vínculos.
Na região, alguns estados merecem destaque. A Paraíba registrou o maior aumento proporcional de beneficiários: 13,9%. O que significa acréscimo de 31 mil vínculos. Contudo, olhando os números absolutos, Pernambuco e Ceará têm resultados ainda mais chamativos. Em Pernambuco o crescimento do total de vínculos foi de “apenas” 6%, mas isso representa 47,4 mil novos vínculos. Já o total de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos no Ceará avançou 10%, o que significa 73,3 mil novos beneficiários.
Os resultados de outros dois estados, dessa vez no Sudeste, também merecem destaque. São Paulo, com crescimento de 2,1% entre setembro de 2015 e o mesmo mês deste ano, registrou mais novos vínculos do que todo o Nordeste somado: foram 149,7 mil. O Estado concentra 7,4 milhões de beneficiários desses planos, o que representa um terço dos 22,2 milhões de beneficiários no País.
Por outro lado, e de forma negativa, no Rio de Janeiro foram rompidos 244,1 mil vínculos. Uma queda de 7,7% no período analisado. Apesar de o Estado ainda concentrar o segundo maior número de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos (2,9 milhões), a retração acende uma luz amarela.