Seminário IESS/HIS
Termina na próxima quarta-feira (26/7), o prazo para participar da consulta pública conduzida pela ANS para determinar os procedimentos, tratamentos e medicamentos que serão incluídos no Rol de cobertura mínima dos planos de saúde em 2018.
Até o momento, das 238 sugestões recebidas, apenas 21 têm recomendação de incorporação. Ou seja, a ANS está indicando que deve considerar a inclusão de apenas 8,8% dos serviços de saúde sugeridos ao Rol de procedimentos. Sendo que a justificativa para negar os outros pedidos, novamente, até o momento (a decisão final só será tomada após o termino da consulta), é manter a sustentabilidade do sistema.
A decisão nos parece razoável. Uma vez que, como já apontamos aqui no Blog, os recursos são finitos e não é possível oferecer tudo, o tempo todo, para todo mundo.
Contudo, há algumas questões que precisam ser mais profundamente debatidas. A principal delas é a falta de Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS), com critérios claros e uma análise de custo/efetividade capaz de indicar as vantagens e desvantagens de incorporação de procedimentos, como apontamos no seminário “Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar”, que realizamos no Rio de Janeiro no dia 31 de maio deste ano.
Sem isso, mesmo com as melhores das intenções, não há como ter certeza se a decisão de incluir um procedimento ou vetá-lo é correta ou não.
Para entender melhor como esses estudos funcionam e qual a importância deles para a sustentabilidade do setor, recomendamos assistir o vídeo da apresentação de Luciano Paladini, da Evidências.
Para entender como esses estudos funcionam e como são aplicados, sugerimos o vídeo de Sam Rossolimos, da Accenture África do Sul, explicando como se dá a incorporação de tecnologia em saúde naquele país.
Claro, os planos de saúde também podem oferecer aos seus beneficiários procedimentos e medicamentos que não estão cobertos no Rol da ANS. O que pode contribuir, do ponto de vista econômico, para atrair mais beneficiários e evitar ações judiciais. Mas, principalmente, com o objetivo de adotar tecnologias com melhor custo efetividade do que aquelas “exigidas” no Rol e, com isso, melhorar o atendimento aos seus beneficiários. Assunto que é explorado na apresentação de Reynaldo Rocha, da Planserv.
Se você não pode acompanhar o Seminário "Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar", que realizamos no dia 31 de maio, no Rio de Janeiro, mas gostaria de ver as palestras do evento, essa é sua chance. Se você esteve no seminário, agora pode rever as apresentações.
Além de fotos e das palestras, agora acrescentamos os vídeos com as apresentações dos palestrantes e o debate à página do evento. Se preferir, você também pode acessar diretamente pela lista abaixo:
Abertura: Luiz Augusto Carneiro, Superintendente executivo do IESS
Debate: Incorporação de tecnologias em saúde com sustentabilidade
Ontem, apresentamos o seminário "Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar” no Rio de Janeiro. O evento contou com grandes palestrantes que analisaram o uso de ferramentas de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), analisaram a situação do mercado brasileiro e apresentaram algumas práticas internacionais que podem proporcionar ganhos de eficiência ao setor.
Se você não pôde participar, mas se interessa pelo assunto, não deixe de ver as apresentações dos palestrantes no evento:
Apresentação - Luiz Augusto Carneiro, Superintendente executivo do IESS
Apresentação - João Paulo dos Reis Neto, diretor presidente da CAPESESP
Apresentação - Luciano Paladini, médico analista da Evidências
Apresentação - Sam Rossolimos, diretor da Accenture África do Sul
Apresentação - Rynaldo Rocha, coordenador de Gestão e Projetos em Saúde do Planserv
Em breve, disponibilizaremos também os vídeos com as apresentações do evento.
Seminário: Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar
A adoção de novas tecnologias é um dos principais fatores que impulsionam os custos de saúde no mundo. Na saúde suplementar brasileira, esse cenário é especialmente grave, uma vez que apesar de haver algumas discussões envolvendo estudos de efetividade e econômicos, a utilização da Avaliação das Tecnologias em Saúde (ATS) ainda é incipiente quando comparada ao setor público e não há qualquer sinal da ANS de que esses estudos devam se tornar obrigatórios no setor privado. “Hoje, infelizmente, no Cosaúde (da ANS), olhamos muito pouco para isso. Fazemos mais a análise de impacto orçamentário, o que não é suficiente", admitiu João Paulo dos Reis Neto, diretor presidente da CAPESESP, durante o seminário “Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar”, realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), na manhã de hoje (31/5), no Rio de Janeiro.
"Não dá para incorporar um novo medicamento, uma nova tecnologia, sem uma análise técnica que considere a complexidade dessa adoção, contemplando seus custos e benefícios”, afirmou Reis. A posição é corroborada pelo superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, que destaca que a adoção de novas tecnologias ao rol da ANS sem uma avaliação criteriosa, claramente, é um fator de expansão dos custos sem, necessariamente, vir acompanhada de ganhos de eficiência ou qualidade assistencial. “Não se trata de rejeitar o avanço tecnológico, mas assegurar que efetivamente ele represente ganhos de eficiência ao sistema e, na prática, nem sempre isso tem se comprovado”, pontuou.
Os especialistas presentes no seminário do IESS concordaram que, sem uma ação do órgão regulador, um dos caminhos para mudar essa situação é informando melhor os pacientes. “O paciente tem sido um pouco alheio a todo o processo de adoção de novas tecnologias na saúde. Hoje, ele é muito mal informado e não sabe qual será o benefício de uma tecnologia em relação à outra. Isso gera uma pressão de custos, que também se transforma em pressão sobre os pagadores (operadoras)”, analisou Luciano Paladini, médico analista da Evidências.
A experiência internacional também fornece bons exemplos para o aperfeiçoamento do mercado local. “Na África do Sul, criamos comitês para aprovação das tecnologias, mecanismos de transparência de preços e seguimos políticas clínicas críveis, transparentes e coerentes, com base na medicina baseada em evidências, bem como a relação custo-benefício e acessibilidade econômica", explicou Sam Rossolimos, diretor da Accenture África do Sul.
As novas tecnologias oferecem inúmeras oportunidades, também para a saúde. Só é preciso garantir que seu custo não comprometa a sustentabilidade do setor.
O seminário Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar vai contar com um conjunto de especialistas renomados para analisar esse tema tão sensível para a sustentabilidade da saúde suplementar do Brasil. São profissionais com grande conhecimento e experiência, que podem apontar soluções para esse fator de grande impacto nos custos e na eficiência da saúde. Traremos também uma visão internacional, para que possamos aprender com as experiências externas. Participe desse importante encontro que envolve a saúde suplementar do Brasil.
Palestrantes
Otávio Clark, CEO e Chefe de Equipe da Evidências
Nome reconhecido no Brasil em assuntos relacionados a medicina baseada em evidências, farmacoeconomia, avaliação tecnológica de saúde e acesso ao mercado. Com cerca de 20 anos de experiência na área, publicou vários trabalhos em revistas médicas.
Luciano Paladini, Médico Analista da Evidências
Médico, desenvolve Avaliações de Tecnologias em Saúde (ATS), também fornecendo dados epidemiológicos para a alimentação de modelos de patient forecast. É coautor de vários artigos publicados em revistas médicas indexadas, nacionais e internacionais.
Reynaldo Rocha do Nascimento Júnior, Coordenador de Gestão e Projetos em Saúde do Planserv
Cirurgião geral e mastologista e diretor da DUOMED (Auditoria e Consultoria em Saúde), coordenador de Gestão e Projetos em Saúde do Planserv – BA e gerente-médico-executivo do Hospital Santa Isabel (Santa Casa de Misericórdia da Bahia).
Sam Rossolimos, Diretor da Accenture na África do Sul
Médico, pertence ao American College of Healthcare Executives, foi executivo e membro de conselhos de administração de diversas organizações de saúde na África do Sul.
Debatedoras
Karla Coelho, Diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS
Solange Beatriz Mendes, Presidente da Fenasaúde
Confira a programação completa e inscreva-se agora!
O IESS realiza, no próximo dia 31, um debate fundamental para analisar os impactos positivos e negativos das novas tecnologias sobre a saúde suplementar. Será uma grande jornada para analisar o uso de ferramentas de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), avaliar a situação do mercado brasileiro e conhecer algumas práticas internacionais que geraram ganhos e eficiência ao setor. Buscaremos respostas para os enormes desafios de sustentabilidade da saúde suplementar do Brasil e você é parte fundamental desse debate.
Serão debatidos assuntos como:
- Rol de cobertura da ANS e suas limitações;
- Processos de incorporação e desincorporação no Brasil e em outros países;
- Inflação médica;
-A sustentabilidade do Sistema de Saúde e o papel da tecnologia neste contexto;
- Passos para um processo de Incorporação de tecnologia inteligente;
- Modelo de decisão em Ambiente Multicritério;
- Como é o processo de ATS;
- Principais desenhos de estudo usados em ATS;
- Como um processo formal de ATS pode ajudar o mercado privado brasileiro
Confira a programação completa do “Seminário Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar”, que iremos realizar no dia 31 de maio, a partir das 8h, no Hotel Hilton Rio de Janeiro (Av. Atlântica, 1020). Inscreva-se gratuitamente, mas atenção, as vagas estão acabando!
Estudos internacionais estimam que, desde a década de 1960, a adoção de novas tecnologias representa até 48% do crescimento de custos na saúde dos Estados Unidos. No Brasil, essa situação pode ser mais grave, provocada, entre outros fatores, pela ausência de critérios técnicos que considerem os impactos econômicos na incorporação de novas tecnologias.
Nesse contexto, o uso de instrumentos de Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS) se torna um fator essencial na saúde brasileira.
É para analisar as consequências provocadas pela ausência de ATS no Brasil, entender como esse instrumento pode ser adotado e conhecer os benefícios obtidos internacionalmente que o IESS realiza um evento inédito com alguns dos mais importantes especialistas nesse tema. Um debate fundamental para garantir a sustentabilidade do setor.
Confira a programação completa e inscreva-se gratuitamente, mas atenção, as vagas estão acabando!