Nas últimas décadas, o percentual de adultos fumantes no Brasil vem apresentando queda expressiva devido às inúmeras ações desenvolvidas, sobretudo pela Política Nacional de Controle do Tabagismo, do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A tendência também se confirmou entre os beneficiários de planos de saúde: o consumo de cigarro teve queda de 8,8% para 7,5% entre 2013 e 2019. Os dados são do “Texto para Discussão 82 – Hábitos alimentares e estilo de vida em beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares”, estudo do IESS produzido a partir da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.
A prevalência é maior entre os homens (10,3%) e em beneficiários de 21 a 59 anos (8,9%). Entre aqueles que afirmam fumar diariamente, a taxa é maior para pessoas com 60 anos ou mais (7,8%). Apesar da diminuição registrada no intervalo analisado, ainda há espaço para a elaboração de mais estratégias de combate ao hábito, sobretudo devido aos riscos do desenvolvimento de doenças crônicas ligadas ao cigarro.
Um estudo realizado no Canadá mostrou que, entre os homens, o tabagismo foi associado a casos de diabetes, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC). Já entre as mulheres, houve correlação com quadros de doença pulmonar crônica, câncer de pulmão, infarto do miocárdio, além de diabetes e AVC.
Consumo de bebidas alcóolicas também caiu
A ingestão de bebidas alcóolicas diminuiu entre os beneficiários de planos de saúde, passando de 8,8% para 8,5% entre 2013 e 2019. O predomínio do consumo regular é entre homens (10,8%) e pessoas com 60 anos ou mais (18,7%). Entre os beneficiários de 18 a 20 anos, a ingestão regular de bebidas seja de apenas 0,9%, um dado chama atenção. Esse grupo afirma tomar 8,6 doses no dia que consomem bebidas alcóolicas. De acordo com o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, é considerado como excesso o consumo por ocasião de mais de 4 doses para mulheres e 5 para homens.
Acesse o TD 82 na íntegra – clique aqui.
A contratação de planos de saúde segue aquecida e ultrapassou recentemente 48,4 milhões de vínculos – a melhor marca desde maio de 2016. Mesmo com a redução de beneficiários, entre março e junho de 2020, por conta do início da pandemia de Covid-19, o setor mostra sinais de crescimento contínuo. No intervalo de 12 meses encerrados em julho de 2021, mais de 1,6 milhão de novos contratos foram firmados, valor que representa alta de 3,4%. Os dados foram apurados pela Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 61, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Os números registrados pela NAB nesse intervalo revelam que muitos brasileiros conseguiram realizar o desejo de contar com esse benefício. Vale destacar que contar com um plano médico-hospitalar é o terceiro maior desejo do brasileiro, atrás apenas de casa própria e educação, conforme revelou a pesquisa Vox Populi realizada a pedido do IESS e divulgada em junho deste ano – relembre.
Já entre os planos odontológicos, o recorde histórico foi superado ao atingir a marca de 27,9 milhões de usuários em junho de 2021. O resultado foi puxado especialmente pela contratação de planos individuais ou familiares. No intervalo analisado, houve alta de 10,1%. Além disso, nas regiões Norte e Sul do país, a contratação de planos exclusivamente odontológicos foi superior a 13% – valor acima da média nacional. Os destaques foram Tocantins e Santa Catarina, com crescimento de 38,7% e 22,6%, respectivamente.
Por fim, tanto na contratação de planos médico-hospitalares ou exclusivamente odontológicos, houve saldo positivo nos 12 meses encerrados em julho deste ano. Para mais detalhes, acesse a íntegra da NAB 61 – clique aqui.