O total de beneficiários de planos médico-hospitalares caiu 6,3% entre dezembro de 2014 e o mesmo mês de 2018, o que equivale ao rompimento de 3,2 milhões de vínculos, conforme detalha a Análise Especial da última Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB).
Apesar do recuo no total de vínculos, as despesas assistenciais (os gastos das operadoras com exames, consultas, internações, terapias e outros procedimentos dos beneficiários em suas carteiras) médico-hospitalares seguiu no sentido oposto. Em 2014, elas tiveram um gasto médio mensal por beneficiário de R$ 173,86. Já no fim do ano passado este gasto estava em R$ 281,81. Um aumento de 62,1%.
Vale destacar que o aumento não se deve à redução de beneficiários, mas a um efetivo aumento das despesas assistenciais totais. Em 2014, elas foram de R$ 105,2 milhões. Já em 2018, foram 159,8 milhões. Incremento de 51,8%.
Apenas como um exercício de projeção, se o setor não tivesse perdido beneficiários e tivesse mantido o crescimento do gasto assistencial médio mensal per capita, as despesas assistenciais totais em 2018 atingiriam o montante de R$ 170,6 milhões. Quase R$ 11 milhões a mais do que efetivamente foi registrado no ano passado.
O importante, contudo, são os fatores que fizeram as despesas assistenciais continuarem a avançar mesmo com a redução do total de vínculos com planos de saúde: incorporação de novas tecnologias sem avaliações criteriosas de custo efetividade; desperdícios e fraudes de cerca de R$ 28 milhões (em 2017); envelhecimento populacional; e judicialização. Todos assuntos que temos explorado aqui no Blog e que podem ser facilmente acessados por meio de nossa Área Temática.
Se você também se interessa pelo assunto e quer ver mais dados, uma ótima opção é acessar o IESSdata. Se o seu interesse se materializar em um trabalho acadêmico, fique atento, as inscrições para o IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar já estão para começar. Acompanhe nosso blog para não perder nenhuma novidade.
Como já mostramos, as operadoras de planos de saúde devem gastar R$ 383,5 bilhões com assistência de seus beneficiários em 2030. O montante representa um avanço de 157,3% em relação ao registrado em 2017 segundo a “Projeção das despesas assistenciais da saúde suplementar”, que lançamos no último ano. Esse valor representa mais do que o dobro do que foi gasto em 2017 e acende uma luz de alerta para o setor.
Um dos pontos fundamentais na busca por frear os crescentes gastos em saúde diz respeito à mudança do modelo da assistência, como de práticas que foquem na Atenção Primária à Saúde. Portanto, é com bons olhos que vemos ações que incentivem essa modalidade.
Uma delas vem da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que realizará o Seminário de Acompanhamento do Laboratório de Inovações em Atenção Primária na Saúde Suplementar no dia 30 de abril, no Rio de Janeiro. Voltado para operadoras de planos de saúde, o evento busca divulgar resultados, desafios e melhorias encontrados pelo Laboratório de Inovações da ANS em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
“Através de uma política indutora de práticas de cuidado integral, esperamos promover a interface necessária entre a promoção da saúde e a prevenção de riscos e doenças”, explicou o diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Rogério Scarabel, que participará do seminário.
Importante lembrar o trabalho vencedor da categoria Promoção de Saúde e Qualidade de Vida no VII Prêmio IESS, “Atenção Primária na Saúde Suplementar: estudo de caso de uma Operadora de Saúde de Belo Horizonte”, de Eulalia Martins Fraga, um dos primeiros no País sobre o tema.
Confira a programação completa do evento no site da Agência
Pôster sobre doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e índice de massa corporal (IMC) entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil, com base no TD 73 – Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, apresentado no Congresso Internacional de Qualidade em Serviços e Sistemas de Saúde (Qualihosp) em 20 de marços de 2019.
O Mercado de planos de saúde médico-hospitalares começou 2019 com crescimento de 226,7 mil vínculos, segundo a última edição da NAB, que acabamos de publicar. Com isso, o setor registrou alta de 0,5% na comparação entre janeiro de 2019 e o mesmo mês de 2018. No total, já são 47,4 milhões de beneficiários no País
O resultado está em linha com o mercado de trabalho que também apresentou crescimento em janeiro deste ano, com saldo positivo de 34,3 mil postos formais. Apesar de os números de emprego no País terem um crescimento menos expressivo que o de novos beneficiários de planos médico-hospitalares, os números reforçam nossa percepção de que há uma relação direta entre os dois indicadores. Em grande parte, esse movimento se justifica pelo desejo do brasileiro de possuir um plano de saúde, que fica atrás apenas do anseio pela casa própria e educação – como mostra a pesquisa IESS/Ibope e temos apontado aqui no Blog. O que explica porque este é um dos últimos bens que as famílias se desfazem quando em necessidade e um dos primeiros que readquirem assim que a renda começa a ser recomposta.
O avanço apontado pelo NAB foi mais forte no Sudeste do País, que registrou 112,2 mil novos vínculos, alta de 0,4% e no Centro-Oeste, que conta com 109,9 mil beneficiários a mais do que em janeiro de 2018, alta de 3,5%. Apesar de o total de novos vínculos nas duas regiões ser muito parecido, o crescimento porcentual foi mais expressivo no Centro-Oeste devido à base de beneficiários de planos médico-hospitalares em cada uma delas. Enquanto o Sudeste conta com 28,9 milhões de vínculos, o Centro-Oeste tem 3,2 milhões.
Analisando a contratação de planos por Estado, o maior número de novos vínculos foi firmado em São Paulo: 135,4 mil, o que equivale a alta de 0,8%. Por outro lado, o Rio de Janeiro teve a maior quantidade de vínculos rompidos: 32,3 mil, uma queda de 0,6%.
Quando analisamos os resultados por modalidade de Operadora de Plano de Saúde (OPS), as Medicinas de Grupo foram, novamente, as únicas a apresentar impulso. Foram 573,1 mil novos beneficiários na comparação de janeiro deste ano com o mesmo mês do ano passado. Alta de 3,2%.
Como já mostramos, o total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares teve a primeira alta na comparação anual desde 2014. Os dados que integram a última edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) mostram que o segmento encerrou 2018 com 47,4 milhões de beneficiários, alta de 0,4% em relação ao ano anterior. No total, foram firmados 200,2 mil novos vínculos de janeiro a dezembro.
Além disso, os planos de saúde exclusivamente odontológicos fecharam 2018 com 1,4 milhão de vínculos a mais do que em 2017. Avanço de 6,2%. Com isso, o segmento passou a atender 24,2 milhões de beneficiários.
Já a análise especial da NAB abordou a relação do mercado de trabalho com o total de beneficiários de planos médico-hospitalares. Como reforçamos periodicamente, a redução do número de vínculos nessa categoria foi observada entre 2015 e 2017, principalmente, pelo desempenho negativo do mercado de trabalho formal no país, que impacta diretamente no número de beneficiários de planos coletivos empresariais
Como é sabido, a contratação de planos de saúde coletivos empresariais é diretamente influenciada pelo mercado de trabalho com carteira assinada (esse tipo de contratação, representou 67,0% do total de vínculos de planos médico-hospitalares em 2018). Segundo dados da Pnad, do IBGE, a taxa de desocupação no 4º trimestre de 2018 foi de 11,6%, e essa foi a menor taxa desde o 1º trimestre de 2017, que registou 13,7%.
Embora esse seja um resultado positivo para a economia brasileira, esse resultado está atrelado ao crescimento do número de trabalhadores informais. A análise mostra que o número de trabalhadores informais chegou ao maior valor já registrado desde 2012, alcançando os 42,4 milhões.
Levantamentos feitos com economistas e analistas da Tendências, Ibre/FGV, GO Associados, Banco Fator, MB Associados e BTG Pactual apontam que, em 2019, de 590 a 870 mil novas vagas com carteira assinada devem surgir. No entanto, o trabalho informal deve continuar superando o emprego formal, e a taxa de desemprego ainda deve ficar acima de 10%.
A lenta criação de empregos com carteira assinada deve impactar diretamente no setor de saúde suplementar. Espera-se que 2019 apresente indicadores econômicos positivos, mas se isso não acontecer, o segmento pode permanecer estagnado por mais um tempo.
Veja a análise completa na recente edição da NAB.
O total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares teve a primeira alta na comparação anual desde 2014. De acordo com a última edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), que acabamos de publicar, o segmento encerrou 2018 com 47,4 milhões de beneficiários, alta de 0,4% em relação ao ano anterior. No total, foram firmados 200,2 mil novos vínculos de janeiro a dezembro.
Acreditamos que mesmo após a revisão periódica que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realiza, é provável que o setor tenha registrado uma alta real no número de vínculos entre 2017 e 2018.
O movimento foi impulsionado pelo resultado do setor no Nordeste do País. 82,8 mil novos vínculos foram firmados na região que conta com 6,6 milhões de beneficiários. Avanço de 1,3%.
Os números do Centro-Oeste também merecem destaque. A região registrou avanço de 3,6% ao longo de 2018. Apesar do aumento porcentual expressivo, em números absolutos o resultado foi semelhante ao do Nordeste. Foram firmados 111,8 mil novos vínculos no período e, como isso, a região passa a atender 3,2 milhões de beneficiários (pouco menos da metade do total de beneficiários na região Nordeste).
Apesar de o Sudeste ter registrado 0,1% mais vínculos em dezembro de 2018 do que no mesmo mês de 2017, a revisão futura da ANS ainda pode indicar que não houve um aumento real no número de beneficiários na região, mas redução. Ainda assim, avaliamos que o resultado é positivo na comparação com os anos anteriores.
Principalmente porque São Paulo, o maior mercado de planos de saúde do País, fechou o ano com impulso de 0,3% no total de vínculos médico-hospitalares. O que significa 58,3 mil novos vínculos firmados em um Estado que responde por mais de um terço (36,3%) do total do mercado nacional.
Ressalvamos, entretanto, que o processo de recuperação de beneficiários está atrelado ao desenvolvimento econômico e a geração de empregos formais, especialmente nos setores de comércio e serviço dos grandes centros urbanos. Esperamos ter indicadores econômicos positivos ao longo de 2019, mas se isso não acontecer o setor pode permanecer estagnado por mais um tempo.
Além de ser o terceiro maior desejo do brasileiros, atrás apenas da casa própria e educação, o plano de saúde é considerado como um fator decisivo para escolher entre um emprego e outro por 95% da população, segundo a pesquisa IESS/Ibope, já analisada aqui no blog. O que, por si só, já é um forte indicativo de quão importante é o setor no País.
A questão, contudo, vai muito além da satisfação daqueles que têm planos (80% estão satisfeitos ou muito satisfeitos) ou da expressiva proporção de não beneficiários que gostaria de contar com o benefício (74%). O assunto permeia questões complexas, como a relevância do sistema suplementar para desafogar o SUS; afinal, sem os planos de saúde, teríamos mais 47,2 milhões de brasileiros dependendo exclusivamente do já saturado sistema público, alongando suas filas e custos.
O assunto foi bem abordado em diversas frentes pelo advogado Antonio Penteado Mendonça no artigo “A importância dos planos de saúde”, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Apesar de discordarmos da opinião dele quanto à Lei dos Planos de Saúde – que tem defeitos e merece revisões e melhorias, mas, acreditamos, foi fundamental para avançarmos nos últimos 20 anos –, há muitos pontos interessantes e bem ponderados.
Por exemplo, a necessidade de avançarmos em agendas de melhoria dos controles, aumento da transparência e redução das fraudes e desperdícios, como apontamos recentemente no estudo especial “Arcabouço normativo para prevenção e combate à fraude na saúde suplementar no Brasil”, que produzimos em parceria com a PwC Brasil (também já abordado aqui no blog).
Modelo de pagamento de serviços de saúde, coparticipação, judicialização e mesmo questões como o uso indiscriminado de pronto socorro ou a necessidade de focar em programas de promoção da saúde e desospitalização, temas que nos são caros e, exatamente por isso, estão presentes em nossa Área Temática.
O total de beneficiários de planos de saúde exclusivamente odontológicos avançou 6,9% nos 12 meses encerrados em novembro de 2018, com 1,6 milhão de novos vínculos. Com isso, de acordo com a última edição da Nota de Acompanhamento dos Beneficiários (NAB), o segmento já conta com 24,2 milhões de beneficiários.
O setor tem se beneficiado de custos mais acessíveis em relação aos planos médico-hospitalares e tem crescido constantemente. Um movimento que deve se manter ao longo de 2019. Além dos custos mais atraentes, o setor ainda assiste apenas pouco mais da metade das vidas dos planos médico-hospitalares, o que demonstra que o mercado está longe de alcançar seu potencial. Para entender melhor, vale dar uma olhada em nossa Área Temática.
Em números absolutos, a região Sudeste foi a que registrou o maior número de novos vínculos: 1 milhão ou 65,6% dos contratos firmados entre novembro de 2018 e o mesmo mês do ano anterior. Com alta de 7,7%, a região já conta com 14,2 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos. Apenas em São Paulo foram registrados 423,8 mil novos vínculos e, no Rio de Janeiro, mais 405,7mil.
Proporcionalmente, contudo, as Regiões Centro-Oeste e Sul tiveram resultados ainda mais expressivos. Ambas cresceram 8,6% no período analisado. No Centro-Oeste foram firmados 120,7 mil novos vínculos, o que elevou o total de beneficiários desse tipo de plano para 1,5 milhão na região. Já no Sul, há 2,5 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos, 199,8 mil a mais do que em novembro de 2017.
Nos próximos dias traremos outros dados da NAB, inclusive sobre os planos médico-hospitalares.
O mercado de planos de saúde médico-hospitalares segue registrando tímido crescimento. O total de beneficiários desta modalidade apresentou ligeira variação positiva de 0,1% no comparativo entre outubro de 2018 e o mesmo mês do ano anterior, o que representa saldo de 34,6 mil vínculos no período. Os dados integram a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB).
Desde a última edição do boletim, adicionamos novos itens em nossa análise para mostrar um retrato ainda mais fiel do setor. Em outubro do ano passado, a quantidade de cancelamentos na variação anual estava acima dos 1,1 milhão. Os novos dados mostram que esse número está próximo de 945 mil. Mais do que voltar a firmar novos contratos nessa modalidade da assistência, o setor tem conseguido diminuir a saída de beneficiários.
Seguindo como uma tendência recente, o total de vínculos com pessoas de 59 anos ou mais continua crescendo. Essa é a única faixa etária a apresentar crescimento no período de 12 meses encerrado em outubro passado. O aumento de 167,3 mil beneficiários nesta faixa etária corresponde a um avanço de 2,5%. Esse fenômeno acontece tanto pela mudança de idade quanto por novos vínculos firmados.
A análise completa da NAB você poderá ver aqui nos próximos dias. Seguiremos trazendo novos números. Não perca.
O total de beneficiários de planos de saúde exclusivamente odontológicos continua subindo e já supera a marca de 24 milhões. Na comparação entre setembro de 2018 e o mesmo mês do ano passado, foram firmados 1,8 milhão de novos vínculos. Alta de 7,9%.
De acordo com os dados da última NAB 28, o crescimento foi impulsionado fortemente pela região Sudeste, que responde por mais da metade dos novos vínculos. No total, 1 milhão dos 1,8 milhão de novos beneficiários encontram-se na região, o que equivale a 59,1% do total.
Apenas no Rio de Janeiro foram 443 mil vínculos, alta de 15,5%. Com isso, o Estado concentra 3,3 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos. O Estado com o maior número de vínculos, contudo, continua sendo São Paulo, com 8,4 milhões. No período analisado, o Estado registrou 425,6 mil novos contratantes. Avanço de 5,3%.
O resultado dos dois Estados foi superior ao da região Nordeste – a segunda em quantidade deste tipo de plano –, que teve 402,3 mil novos vínculos nos 12 meses encerrados em setembro deste ano. Impulso de 9,5%.
O Centro-Oeste teve incremento de 8,3% ou 115,2 mil novos vínculos; o Norte, de 6,8% ou 66,2 mil beneficiários; e o Sul, de 7,2% ou 167,7 mil novos contratos.
Veja também, aqui no blog como se comportou o segmento de planos médico-hospitalares.