Setor sente impacto da economia
Conforme divulgamos recentemente, o número de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares registrou ligeiro avanço em 2020. Segundo a mais nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), o total de vínculos nesta modalidade cresceu moderadamente (0,1%) na comparação entre abril de 2020 e o mesmo mês do ano anterior, gerando 53 mil novos contratos. No total, o setor conta com cerca de 47 milhões de beneficiários no Brasil.
Agora, na Análise Especial da NAB buscamos verificar o que aconteceu com a quantidade de beneficiários vinculados aos planos de saúde médico-hospitalares entre os meses de fevereiro e abril de 2020. Os números apontam para pouca variação no período analisado, não passando de um porcento.
A análise especial mostra, no entanto, que houve saldo positivo de 70,9 mil beneficiários em março de 2020 e saldo negativo de 70,8 mil vínculos em abril do mesmo ano. Esse é o maior resultado negativo desde julho do ano passado. Isso porque nesse último mês, o número de cancelamentos de planos de saúde foi maior do que o de adesões em praticamente todas as análises (por tipo de contratação, sexo, época de contratação, modalidade da operadora e titularidade), exceto entre os planos coletivos por adesão.
Vale lembrar, como divulgamos aqui, que houve um ligeiro aumento no primeiro trimestre do ano. Em março, mês de início da pandemia no Brasil, houve o maior saldo líquido positivo dos sete meses anteriores. Isso pode significar uma possível preocupação de ter a saúde afetada, pois houve crescimento trimestral e anual de planos coletivos por adesão e, também, um reflexo do crescimento econômico no início do ano com redução da taxa de desemprego, o que intensificou a busca por planos coletivos empresariais.
No entanto, apesar do desejo de permanência no plano de saúde, em abril a realidade do desemprego e da perda de renda levaram à redução do número de beneficiários. O mês também foi marcado pelo menor número de adesões aos planos médico-hospitalares dos últimos doze meses, o que demonstra uma desaceleração da economia como um todo.
Sabe-se que a maioria (81% ou 37,9 milhões) dos beneficiários de planos médico-hospitalares são vinculados a um plano coletivo. O número de beneficiários segue de perto o emprego formal. Assim, com o aumento do desemprego e da informalidade, o número de vínculos tende a cair.
Veja aqui os números completos da recente Análise Especial.
Ou acesse a Nota de Acompanhamento de Beneficiários na íntegra.