Risco de Coronavírus nas capitais brasileiras
Sabemos que o momento exige cuidados e apreensão. Por isso, em um esforço de auxiliar o sistema de saúde na construção de conhecimento durante a pandemia, publicamos o Estudo Especial “O novo Coronavírus no Brasil e fatores de risco em beneficiários de planos de saúde”. A pesquisa utiliza estatísticas nacionais sobre o tema, mostra a prevalência encontrada em inquéritos de saúde mais recentes disponíveis para estimar a quantidade de beneficiários com risco para a doença em todo o País.
No período analisado, mais da metade, 54,4%, dos óbitos relacionados com a nova doença foram de homens, 69% de pessoas acima dos 60 anos de idade e 64% apresentaram pelo menos um dos fatores de risco da doença (cardiopatias, obesidade, imunodepressão, doença neurológica, doença renal, pneumopatia, diabetes e asma). Por isso, apresentamos os dados sobre a prevalência desses problemas. Publicado aqui.
Vale lembrar também que esses números valem para os cerca de 47 milhões de vidas que contam com a saúde suplementar. Ou seja, entre os mais de 210 milhões de brasileiros o número é muito maior.
A publicação também apresenta os dados regionais de quantidades de beneficiários com hipertensão arterial, obesidade e diabetes nas capitais de todos os Estados brasileiros extraídos do Vigitel Saúde Suplementar 2017.
Foi possível detalhar o percentual de beneficiários adultos (acima de 18 anos) com diagnóstico médico de hipertensão arterial, obesidade e diabetes por faixa etária e nas capitais. Nesses três fatores de risco, verificou-se que houve aumento da prevalência com o decorrer da idade e está mais alta nas faixas etárias acima de 55 anos, justamente o grupo com o maior risco de ter uma complicação mais grave da Covid-19.
No caso dos beneficiários com 65 anos ou mais, mais da metade (57,1%) relataram diagnóstico de hipertensão arterial por exemplo, e quase 1 a cada 5 tiveram o diagnóstico de diabetes (20,0%) ou obesidade (18,6%). Além disso, as estimativas demonstraram que metade dos beneficiários que receberam diagnóstico para hipertensão, obesidade e diabetes residiam nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
Para se ter uma ideia, 6,9% dos beneficiários referiram diagnóstico médico de diabetes. A menor prevalência foi observada em Manaus, com 3,9%, e a maior no Rio de Janeiro, que registrou 8,8%. As estimativas demonstraram que cerca de 1,0 milhão de beneficiários estariam com diabetes em fevereiro desse ano, sendo quase sete em cada dez com idade acima de 55 anos e mais da metade residindo nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
Vale reforçar que essas estimativas do número de beneficiários com fatores de risco são baseadas nas prevalências apontadas em anos anteriores, estando, portanto, sujeitas a variações nos percentuais. No entanto, são os dados mais recentes disponíveis.
Entendendo a gravidade do momento e a necessidade de atenção, realizamos na última semana o webinar “Promoção da saúde e qualidade de vida – A importância de hábitos saudáveis” para auxiliar na manutenção de uma boa saúde por parte dos brasileiros. Veja abaixo.
Você também pode acessar o estudo “O novo Coronavírus no Brasil e fatores de risco em beneficiários de planos de saúde”.