Futuro do setor de saúde após a pandemia
Todo o mundo e os mais diversos setores foram impactados pela pandemia do novo Coronavírus. Algumas áreas mais e outras menos. Alguns países mais e outros menos. E por diferentes motivos, circunstâncias, escolhas, características etc. O atual cenário gera muitas dúvidas e ainda é difícil fazer projeções para o futuro dos diferentes segmentos. O de saúde, claro, não poderia ser diferente, sendo diretamente afetado pelo atual momento.
A Covid-19 trouxe grandes mudanças ao setor de saúde e deverá aprofundar ainda mais algumas tendências que já eram observadas. Como mostramos aqui, esse cenário serviu para acelerar em algumas direções como a busca por mais atenção para as doenças crônicas não transmissíveis. Envelhecimento populacional, aumento da incidência e prevalência de doenças, hábitos de vida e alimentação e outros temas estão na pauta dos interesses e preocupações para agora e o pós pandemia.
Além disso, a reorganização da assistência, atualização de protocolos, cuidados com a força de trabalho, imagem da empresa. A parceria entre os setores, privado e público com a união de forças e conhecimentos também podem ser citados.
Ivana Maria Saes Busato, doutora em Odontologia, publicou um artigo recente no jornal Diário de Uberlândia no qual reflete sobre o setor após pandemia e quais os aprendizados deverão ser incorporados na rotina de serviços.
Para ela, é importante entender que a forma como as pessoas irão “consumir” saúde será diferente e os critérios de escolha dos serviços. “O atender tradicional, restrito às paredes dos serviços de saúde, exigirão mudanças na biossegurança, nos processos de trabalho, investimento na estrutura física, espaçamento dos atendimentos, a lógica da produção em escala não fará mais sentindo, por tudo isto, manter as estruturas custará mais caro”, aponta.
A reflexão vale, portanto, para o setor de saúde como um todo, seja ele público ou privado, médico-hospitalar ou odontológico, nos diferentes elos dessa cadeia de serviços. Uma outra questão, no entanto, vem à mente. O setor tem fôlego para se reinventar antes mesmo de chegar o “pós pandemia”? Continue nos acompanhando.