Estratégias para superar a crise
Desde que o novo Coronavírus chegou ao Brasil, uma série de cirurgias, consultas e exames foram cancelados ou adiados em função das medidas restritivas e do isolamento social. Para se ter uma ideia, em junho o Portal UOL mostrou que aproximadamente 70% das cirurgias foram suspensas no País, de acordo com dados do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
À época, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo (SindHosp) projetava que o prejuízo de hospitais, clínicas e laboratórios chegaria aos R$ 18 bilhões —R$ 6 bilhões ao mês que os planos de saúde deixaram de repassar.
Recentemente, a Associação dos Hospitais Norte-Americanos (AHA) divulgou estimativa que aponta que nos EUA, os estabelecimentos de saúde deverão perder US$ 323 bilhões em receita em 2020 (aproximadamente 29% das receitas de 2019). Desse montante, US$ 203 bilhões consolidados no primeiro semestre do ano e US$ 120 projetados entre julho a dezembro.
Segundo os números da AHA, no primeiro semestre, os estabelecimentos de saúde tiveram um declínio médio de quase 20% no volume de internações e de 35% no de procedimentos ambulatoriais estimados para 2020. O que gerou uma perda de 1,4 milhão de empregos na saúde, dos quais 135 mil em hospitais, até o mês de abril de 2020.
André Medici, economista social e da saúde, se debruçou sobre esses e demais dados em artigo publicado no portal da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), no qual apresenta aspectos do setor estadunidense e ainda aponta as medidas e restrições em relação ao funcionamento dos hospitais.
“A superação da crise financeira dos hospitais tem sido vislumbrada através do uso de ferramentas de inteligência artificial para maior nível de controle das despesas, monitoramento dos contratos e cobrança por serviços. Estas ferramentas permitem rastrear espaços para a geração de receita, ganhos de eficiência, renegociação de contratos, interação com pacientes e estimativas de preços para serviços prestados pelas unidades”, aponta o especialista.
Algumas das questões colocadas pelo autor servem de reflexão e aprendizado para o cenário brasileiro. Confira aqui na íntegra.