Como está a saúde do brasileiro?
Diversos fatores e hábitos impactam diretamente na saúde da população e preocupam órgãos responsáveis, tomadores de decisões e os variados participantes dos setores de saúde em todo o mundo. Isso tem ficado cada vez mais claro em função do momento que vivemos de pandemia pelo novo Coronavírus.
Como falamos aqui, o atual cenário serviu como um gatilho para acelerar tendências que estavam no horizonte, como de dar mais atenção para as doenças crônicas não transmissíveis. Envelhecimento populacional, aumento da incidência e prevalência de doenças crônicas, hábitos de vida e alimentação e outros temas estão na pauta dos interesses e preocupações.
Conhecer e entender a população nacional é mais que fundamental para agora e o futuro. É com bons olhos, portanto, que vemos a publicação da pesquisa Vigitel da Saúde Suplementar 2018 - Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, divulgada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na última semana, que apresenta os diferentes hábitos dos beneficiários de planos de saúde. Entre eles, informações sobre consumo de alimentos e bebidas alcoólicas, prática de atividades físicas, obesidade e excesso de peso, exames e diagnósticos médicos, entre outros.
O objetivo da pesquisa é monitorar a frequência e a distribuição dos principais determinantes das DCNT entre a população do país. Para tanto, utilizou uma amostra de adultos com plano de saúde extraída do Vigitel Brasil. Participaram da pesquisa 52 mil brasileiros, dos quais, 28.611 beneficiários de planos de saúde que responderam as entrevistas telefônicas.
A pesquisa traz um grande panorama dos hábitos dos brasileiros beneficiários de planos de saúde e pretendemos abordar em futuras publicações. Considerando o conjunto da população coberta, o Vigitel mostra que houve significativa variação entre indicadores relacionados ao tabagismo, excesso de peso e obesidade, consumo alimentar, atividade física e diagnóstico médico de diabetes
O consumo de tabaco, por exemplo, apresentou redução no período entre 2008 e 2018. A frequência de fumantes diminuiu em média 0,54 pontos percentuais (p.p.) ao ano. A frequência de fumantes passivos no domicílio e no local de trabalho (disponíveis na amostra a partir de 2009) diminuiu em média 0,50 e 0,46 p.p. ao ano, respectivamente.
Os indicadores de obesidade, no entanto, têm aumentado nas capitais brasileiras. A frequência de adultos com excesso de peso aumentou em média 0,85 p.p. ao ano e a de obesos, em 0,58 p.p. ao ano no período entre 2008 e 2018.
Continuaremos trazendo mais estatísticas do estudo para auxiliar na construção de conhecimento para o setor. Os dados podem ser acessados por meio do portal da Agência. Veja aqui.